segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Existirão vidas exóticas no espaço, além da vida que conhecemos?



Vidas diferentes

Cientistas de um novo instituto de pesquisas interdisciplinares na Áustria estão trabalhando para descobrir como a vida poderia evoluir com uma bioquímica exótica, com solventes como ácido sulfúrico em vez de água.

O grupo de pesquisa, batizado de Solventes Alternativos como Base para Zonas de Sustentação da Vida em Sistemas Exo-Planetários, foi instituído em maio de 2009, na Universidade de Viena, sob a coordenação de Maria Firneis.

Zona habitável

Tradicionalmente, a busca por planetas que possam sustentar vida tem-se concentrado na chamada "zona habitável," a região em torno de uma estrela em que planetas semelhantes à Terra, com dióxido de carbono, vapor de água e atmosfera de nitrogênio poderiam manter a água em sua superfície na forma líquida.

Com isto, os cientistas vêm procurando biomarcadores (sinais de vida) produzidos por uma vida extraterrestre que tenha um metabolismo parecido com o da vida terrestre, onde a água é usada como um solvente e os blocos básicos de construção da vida, os aminoácidos, são baseados em carbono e oxigênio. Entretanto, estas podem não ser as únicas condições sob as quais a vida pode evoluir.

"É hora de fazer uma mudança radical na nossa mentalidade geocêntrica atual para a vida tal como a conhecemos na Terra," disse Johannes Leitner, um dos membros do grupo. "Mesmo que este seja o único tipo de vida que conhecemos, não se pode excluir que outras formas de vida tenham evoluído em algum outro lugar sem se basear em um metabolismo à base água nem de carbono ou oxigênio."

Vida como não a conhecemos

Um dos requisitos para que um solvente sirva de apoio à vida é que ele permaneça líquido ao longo de uma grande faixa de temperaturas. A água é líquida entre 0 °C e 100 °C, mas existem outros solventes que são líquidos até acima de 200 °C. Um solvente assim permitiria um oceano em um planeta mais próximo de sua estrela.

O cenário inverso também é possível - um oceano líquido de amônia poderia existir a distâncias muito maiores de uma estrela. Além disso, o ácido sulfúrico pode ser encontrado no interior das camadas de nuvens de Vênus e agora sabemos que lagos de metano e etano cobrem partes da superfície da lua Titã, de Saturno.

Consequentemente, a discussão sobre o potencial de vida e as melhores estratégias para sua detecção é uma questão em aberto e não se limita apenas às chamadas "zonas habitáveis" e aos exoplanetas.

Questão de tempo
O recém-criado grupo de pesquisa, juntamente com colaboradores internacionais, irá investigar as propriedades de uma série de outros solventes, incluindo sua abundância no espaço, suas características termais e bioquímicas, bem como sua capacidade de servir como base para metabolismos que suportem a origem e a evolução da vida.

"Ainda que a maioria dos exoplanetas já descobertos até agora sejam provavelmente planetas gasosos, é uma questão de tempo até que sejam descobertos planetas menores, de dimensões parecidas com as da Terra," prevê Leitner.

Fonte: Inovação Tecnológica

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Você está preparado para conviver com os humanos aprimorados?


Humanos aprimorados versus humanos comuns

Com os avanços da robótica, da nanotecnologia, da biologia e da genética, criando implantes neurais e próteses inteligentes, além de uma série de novos avanços em um campo agora conhecido como biomecatrônica, torna-se cada vez mais urgente discutir aspectos da ética e da bioética envolvidos com a ampliação das capacidades humanas mediante o uso de tecnologias já disponíveis e em desenvolvimento - algo que eventualmente resultará nos assim chamados "humanos aprimorados," ou "humanos melhorados," pessoas dotadas de capacidades físicas e mentais acima das capacidades dos humanos "normais."

Enquanto a convivência entre robôs e humanos já tem sido alvo de atenção dos pesquisadores há alguns anos, a possibilidade de convivência entre seres humanos "normais" e seres humanos "aprimorados" somente agora começa a chamar a atenção de alguns estudiosos.

Iniciando estas discussões, o ObservatoryNano, um projeto de pesquisas bancado pela União Europeia, entrevistou a Dra. Daniela Cerqui, uma antropóloga especializada no estudo de tendências em nanotecnologia, tecnologias convergentes e em outras tecnologias de melhoramento das capacidades biológicas do ser humano que poderão vir a influenciar o significado prático da questão "O que é ser humano."

A entrevista foi feita por Ineke Malsch, outra renomada especialista em avaliação de novas tecnologias, participante do ObservatoryNano, trazer o assunto para discussão não representa qualquer tipo de concordância com as posições adotadas pelas especialistas, mas também de mostrar os contrapontos envolvendo o desenvolvimento atual e futuro da ciência e da tecnologia.

Ineke Malsch: O que significa ser um humano?

Daniela Cerqui: Se eu tivesse pelo menos umas quatro horas, talvez eu pudesse responder essa questão! Como antropóloga, eu posso dizer que há algumas teorias antropológicas que afirmam que um ser humano é algo específico de um ponto de vista paleontológico.

Contudo, parece-me que o ponto de vista social é mais importante do que o ponto de vista paleontológico. Em minha visão, o ponto principal é que os seres humanos são flexíveis, devido ou graças ao nosso cérebro, que nos permite pensar sobre o nosso futuro.

Se eu precisasse dar uma única característica de um ser humano, então seria a de que temos um cérebro desenvolvido, que nos permite fazer projetos sobre o nosso futuro. Nós somos a única espécie que pode fazer projetos. Eu acho que este é o principal critério que define a humanidade.

Ineke Malsch: Os neuroimplantes que estão sendo desenvolvidos por Kenin Warwick poderiam, e como, mudar a autoconsciência humana?

Daniela Cerqui: Isto está mais relacionado com a primeira dimensão que eu mencionei. Com relação ao que é um ser humano, você tem definições antropológicas e paleontológicas, que se supõe serem científicas, mas que não importam aqui.
Cada sociedade tem sua própria definição do que significa ser humano. É aí que a coisa começa a ficar interessante para nós. Em nossa sociedade, nós acreditamos que os humanos são definidos por sua sensibilidade e racionalidade, então lá vamos nós de volta para o cérebro. Mas isto nos leva de volta à definição paleontológica.
Um antropólogo francês, André Leroi-Gourhan, deu a seguinte definição: "Nós temos um relacionamento mediado com o meio ambiente. A primeira mediação é a linguagem e a segunda mediação é a tecnologia. Nossa natureza como seres humanos deve-se ao fato de podermos ser sensíveis e racionais graças a essas mediações. Nós podemos voltar atrás graças a essas mediações."
Voltemos ao que Kevin Warwick está tentando fazer. Esse tipo de relacionamento direto com nosso meio ambiente físico e com outras pessoas, com a ideia de comunicação cérebro a cérebro, está tentando anular essa mediação. Isso poderá se voltar contra a humanidade porque nós não teríamos essa capacidade de voltar atrás - nossa autoconsciência poderia estar sendo modificada.

Ineke Malsch: Você vê outras tendências na nanotecnologia ou em suas aplicações que já são ou poderiam ser usadas para o aprimoramento humano ou em outras aplicações polêmicas? Quais seriam essas tendências e quais seriam seus aspectos problemáticos?

Daniela Cerqui: Quando você fala sobre tecnologias convergentes há alguma coisa errada. Nós estamos falando como se essas tecnologias permanecessem as mesmas, mas não é assim. Se nós pensamos sobre Tecnologias da Informação, Biotecnologia e Ciências da Cognição, nós estamos falando sobre tecnologias definidas pelo objeto sobre o qual elas trabalham.

Quando nós pensamos em Nanotecnologia, nós pensamos sobre a escala na qual a tecnologia está trabalhando. Nós podemos aplicar nanotecnologia para qualquer outra tecnologia.

Em meu ponto de vista, é desnecessário falar sobre tendências em nanotecnologia. Nós podemos falar sobre todos os campos, implantes, próteses, genética, medicamentos, cirurgias, todos os campos envolvidos no aprimoramento humano, e pensar sobre como eles podem ser melhor aplicados com o uso da nanotecnologia.

Quando eles funcionam em nanoescala é mais fácil porque não há diferença entre elementos vivos e não-vivos em nanoescala. Todos os campos do aprimoramento humano podem avançar graças à nanotecnologia. Todos os aspectos problemáticos de todos os campos podem se ampliar graças à nanotecnologia.
Ineke Malsch: Sobre o que essencialmente é o debate sobre aprimoramento humano hoje? Quais são as questões e quais são os interesses em jogo? Quem está envolvido ou deveria estar envolvido?

Daniela Cerqui: A resposta está na questão. Quando nós falamos sobre "aprimoramento humano," há um "humano" no aprimoramento. O debate atual está focado em o que o aprimoramento humano pode trazer ou não em termos de riscos e benefícios para os seres humanos.
Em meu ponto de visto, nós deveríamos voltar e pensar qual é, em essência, a noção de "humano" que está em jogo. Normalmente isto não é levado em conta. Na Suíça há um centro da avaliação de tecnologias que publicou um edital chamando propostas de pesquisas sobre Aprimoramento Humano. O que eles querem que seja estudado são os riscos e benefícios em termos dos humanos.
Se nós não nos distanciarmos da questão e tomarmos consciência de que o objetivo final é alguma outra coisa que não a humanidade, então nós estamos muito próximos do problema para olharmos para ele da maneira correta. A questão que está realmente em jogo não são apenas os benefícios e os riscos para os humanos agora, mas que amanhã e no dia depois de amanhã, nós continuaremos humanos.
Há dois níveis a considerar. O primeiro é o nível individual. Mas o importante é o nível social. A questão é o tipo de direitos sociais que nós teremos amanhã quando houver humanos aprimorados. Em termos de emprego, aposentadoria e estrutura social em geral. Nós devemos pensar sobre qual é a melhor sociedade para que os humanos aprimorados vivam. Eu não estou certa de que estejamos fazendo isto. Nós estamos dando um passo muito inicial, por exemplo, no projeto de humanos aprimorados da Suíça que eu mencionei. É uma questão inteiramente social considerar que continuará havendo humanos nessa sociedade. É importante pensar sobre essa sociedade.

Mas, em meu ponto de vista, nós devemos também envolver mais filósofos e antropólogos. Nós devemos pensar a longo prazo. Parece que as questões discutidas agora são apenas as questões de curto prazo.

Ineke Malsch: Mas há um monte de gente pensando nas questões de longo prazo, como os transumanistas.

Daniela Cerqui: Sim, mas pessoas como os transumanistas estão envolvidas no processo. Normalmente, quando você fala com pessoas com uma posição política, eles dizem que isto não é importante, que há apenas alguns poucos transumanistas.
Essas pessoas deveriam ser levadas muito mais a sério e nós não estamos fazendo isto. É por isto que eu estou falando sobre filósofos e antropólogos. No meio você tem pessoas que estão envolvidas em decisões empíricas e práticas. Eu posso entendê-los perfeitamente. Eles precisam ter habilidades muito práticas. Eles estão interessados na sociedade que teremos amanhã. Quando eu converso com os políticos sobre o transumanismo, eles dizem: "Os transumanistas não são pessoas sérias, por isso não precisamos dar ouvidos a elas." Ou então dizem: "Eles podem estar certos, mas isto só no longo prazo e não estamos tão interessados em questões de tão longo prazo."
Em minha visão, a fim de entender as questões de curto prazo nós temos que tentar entender as questões de longo prazo. Mais tarde nós podemos retornar às questões de curto prazo. É por isto que nós precisamos de antropólogos e filósofos capazes de pensar sobre os cenários que poderão acontecer no futuro, sem dizer o que os transumanistas dizem: "É um futuro brilhante." Mas pessoas que possam dizer: "Se mantivermos o curso atual, aqui está onde iremos chegar." Com isto, poderemos tomar a decisão correta agora, dizendo se queremos ou não continuar na direção em que estamos.

Ineke Malsch: Então você quer pessoas que não estejam envolvidas na criação do Aprimoramento Humano para pensar sobre ele?

Daniela Cerqui: Se você falar com alguém como Kevin Warwick, ele lhe dirá: "Sim, nós nos aprimoraremos, nós seremos uma outra espécie e isso significará um futuro brilhante para todos."

Ele pode estar certo, mas também pode estar errado. Nós precisamos de alguém para dizer: esse cenário é plausível, mas há também outros cenários mais catastróficos que também são plausíveis. Se nós queremos tomar a direção correta, nós teremos que tomar a decisão correta agora.

Como é muito fácil quando você tem transumanistas dizendo que o futuro será brilhante, nós estamos muito felizes em ficar acomodados. É mais fácil para os transumanistas do que para as pessoas que têm uma visão mais crítica, como eu.

Para resumir: o debate atual está focado demais nos humanos. Nós devíamos pensar também nos pós-humanos que podem aparecer.

Ineke Malsch: Há um limite na aplicação dessas tecnologias que, para você, não deveria ser cruzado? Qual seria esse limite e com quais argumentos você gostaria de convencer Kevin Warwick ou outros que querem avançar nessa direção de que você está certa?

Daniela Cerqui: Eu acredito que é muito pessoal. Eu acho que não há um limite formal. Novamente, se nós falarmos ao nível social, há claramente um limite além do qual nós teremos pessoas que serão aprimoradas e pessoas que não serão. As diferenças sociais atuais serão ainda maiores.

É muito difícil dizer exatamente onde está a fronteira. É menos uma questão de limites claros e formais do que uma questão de graus. Parece-me que nós já estamos em uma sociedade... você vê no sistema de saúde. Nós temos os que têm e os que não têm acesso à saúde. Pelo menos em termos de países europeus, nós tínhamos sistemas nacionais de saúde muito bons. Repentinamente eles estão se tornando uma catástrofe. Tudo está ficando mais caro, tenha você dinheiro ou não.

É óbvio que, com os humanos aprimorados, as coisas irão piorar. Nós podemos até mesmo dizer que o limite já foi ultrapassado se levarmos em consideração o nível social. É uma questão de grau e nós estamos simplesmente avançando em uma situação na qual nós já estamos envolvidos.

Nós também podemos considerar o nível humano. Deixe-me voltar ao transumanismo. Se você é um transumanista você está muito feliz com a ideia de um limite e quer que ele seja ultrapassado o quanto antes. Pode haver um limite, mas eu não estou certa. Como eu disse, os seres humanos são flexíveis.

Minha questão é outra: Até que ponto somos flexíveis? Seremos tão flexíveis a ponto de melhorarmos a nós mesmos e continuarmos humanos? Eu não estou certa. Meu medo é que um dia nos demos conta de que cruzamos a fronteira e que já é tarde demais. Eu sou incapaz de dizer se há um limite e onde ele está. É necessário estar atento ao fato de que pode haver um limite e que nós não sabemos exatamente onde ele está.

Ineke Malsch: Você acha que há aprimoramentos que deveriam ser permitidos ou que seriam desejáveis? Quais seriam? Com quais argumentos você tentaria convencer pessoas que se oponham a qualquer aprimoramento?

Daniela Cerqui: Se considerarmos o nível individual, nós estamos em uma sociedade na qual todos os aprimoramentos são desejáveis. Há dois ou três séculos, nós podemos ver muito bem que queremos melhorar a nós mesmos. Agora nós temos a capacidade tecnológica que nos permite fazê-lo, mas eu acho que a ideia é muito mais antiga. Eu não sei se poderia dizer que isto é natural aos humanos. Voltando a André Leroi-Gourhan, nós poderíamos até mesmo dizer que os seres humanos sempre usaram a tecnologia para melhorar eles próprios. Nós podemos dizer que todos os aprimoramentos são desejáveis de um ponto de vista individual.

Voltando ao nível social, a coisa é muito diferente. Se você pensar sobre uma pessoa sendo aprimorada, pode ser muito legal se você for essa pessoa. Mas você tem de se preocupar o que significa para a sociedade se todos forem aprimorados. Isso significa que você precisará de mais emprego e mais aposentadorias. Nós não estamos trabalhando para construir uma sociedade na qual os humanos aprimorados possam viver. Esses são meus argumentos.

Ineke Malsch: Você acredita que há necessidade de alguma regulamentação em particular, ou medidas voluntárias, para dirigir o desenvolvimento responsável das nanotecnologias e das tecnologias relacionadas? Em que nível essas medidas deveriam ser tomadas, nacional, global?

Daniela Cerqui: Eu não tenho uma resposta clara porque eu não sei onde está o limite. Até que saibamos, é muito difícil regulamentar.

O primeiro passo é trabalhar no nível nacional, mas também devemos trabalhar no nível europeu e global. Se não trabalharmos em todos os níveis, as pessoas continuarão não tendo consciência do problema.
Eu comecei a trabalhar com o aprimoramento humano há 15 anos. Eu me lembro muito bem quando eu estava em Bruxelas com a Comissão Europeia e afirmei isso; eles me olharam muito estranhamente e perguntaram? "Então você está trabalhando com ficção científica?"

Eu disse: "Não, eu não estou trabalhando com ficção científica. Eu estou trabalhando com o que está acontecendo agora nos laboratórios. Talvez nós não estejamos falando muito a esse respeito, mas há um movimento, isto está sendo feito agora." As pessoas não acreditaram.

Agora nós estamos começando a falar sobre isso. A chamada suíça é um exemplo. Repentinamente, parece que finalmente o assunto está sendo levado a sério. Mas eu temo que estejamos começando um pouco tarde.
É o mesmo debate sobre o meio ambiente. Agora as pessoas estão preocupadas com o meio ambiente, mas os cientistas estão alertando sobre os problemas ambientais há 50 anos. Ninguém ouvia. Agora os cidadãos estão se dando conta de que as coisas estão ficando caras para eles, então começamos a pensar nisso como sendo um problema.
Em geral, é um problema com grandes riscos para a humanidade. Nós não nos envolvemos em um movimento enquanto não nos dermos conta de que há um problema lá. Talvez seja muito tarde quando houver um problema. Talvez isto esteja começando a acontecer com o aprimoramento humano. Nós devemos agir em todos os níveis, porque ter consciência do que está acontecendo é a melhor forma de prevenir os efeitos indesejáveis.

Ineke Malsch: Como você vê o seu próprio papel nos desenvolvimentos e nas discussões?

Daniela Cerqui: Isto tem a ver com o que eu disse. Eu acredito que é minha tarefa ajudar as pessoas a se tornarem conscientes do que está acontecendo. Se você pensar sobre o homem ou a mulher na rua, aquele que lê os jornais, eles não têm uma ideia clara do que está acontecendo.

Se você for ao médico e ouvir: "Agora é possível fazer isto, você quer fazer?" todos verão unicamente seu caso individual. É meu papel parar e colocar todos os casos juntos, e avaliar que tipo de sociedade e que tipo de humanidade nós estamos construindo.

Ineke Malsch: Então é uma pesquisa antropológica e uma participação no debate público?

Daniela Cerqui: Sim, eu acredito que não há o bastante das duas coisas. Algumas vezes eu sou convidada para fazer apresentações em escolas de tecnologia. Eu acredito que o debate público não se desenvolveu o suficiente e que os antropólogos e filósofos deveriam se envolver muito mais. Já está melhor do que há 10 anos.

Ineke Malsch: Qual você acredita que seja o grande gargalo nessa falta de envolvimento? Não há financiamento suficiente para pesquisas antropológicas e filosóficas sobre essas questões?

Daniela Cerqui: Não, não é uma questão de financiamento. É uma questão de cultura. As pessoas que estão envolvidas com a tecnologia normalmente não veem claramente o que é a antropologia. Mesmo que vejam, não percebem o que ela pode trazer para a reflexão.

Há uma ideia de que a tecnologia seja, como a ciência, algo neutro. Se você está convencido de que a tecnologia é neutra, você não enxerga o que um antropólogo pode acrescentar à discussão. Se você sabe que um antropólogo estuda valores culturais, e acredita que a tecnologia é neutra, você não entende os valores culturais por trás dela.

Se nós quisermos que os antropólogos sejam convidados para as discussões, nós primeiro temos que fazer as pessoas entenderem o que a antropologia pode acrescentar. É uma espécie de problema sem fim.

Não é uma questão de financiamento, mas de entendimento do que a reflexão pode trazer. Eu acredito que isto seja normal, porque se você estudar qualquer tecnologia, você ouvirá que a tecnologia é neutra. Você ouvirá que o que está sendo feito é bom se for usado para objetivos bons; e poderá ser ruim, mas somente se for-lhe dado um uso ruim. Quando isto lhe foi dito durante todos os seus anos de escola e, de repente, alguém começa a lhe dizer que há valores culturais envolvidos, não é fácil assimilar.

Ineke Malsch: Então diz respeito mais à educação dos cientistas naturais?

Daniela Cerqui: Exatamente. Eu acredito que uma solução seria introduzir mais cursos de antropologia no currículo das pessoas que estudam tecnologia. Deveríamos começar nas universidades.

Fonte Inovação Tecnológica

Demonstrada comunicação cérebro a cérebro usando o pensamento



Interface cérebro-cérebro

Cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, demonstraram que é possível a comunicação entre duas pessoas utilizando apenas os impulsos cerebrais, sem nenhum outro tipo de interação.

As interfa cérebro-computador já não são nenhuma novidade, sendo utilizadas para o controle de computadores, robôs, sistemas de realidade virtual e até de cadeiras de rodas.

Mas o que a equipe do professor Christopher James desenvolveu agora é uma interface cérebro-cérebro, ainda que a conexão seja mediada por computadores.
"Enquanto a interface cérebro-computador não seja mais uma novidade e a comunicação pessoa a pessoa pela atuação única do sistema nervoso já tenha sido demonstrada antes, aqui nós mostramos, pela primeira vez, uma interface verdadeira de um cérebro a outro," afirma o Dr. James.

Cientistas demonstram que é possível a comunicação entre duas pessoas utilizando apenas os impulsos, cerebrais sem nenhum outro tipo de interação. (Imagem: Christopher James)

Comunicação cérebro a cérebro

No experimento, uma pessoa utiliza uma interface cérebro-computador tradicional, na qual eletrodos colados sobre seu crânio capturam os sinais cerebrais e os traduzem em dígitos na tela do computador.

A seguir, o programa envia os sinais captados para um outro computador, via Internet. Este computador recebe os sinais e os transforma em pulsos elétricos que fazem piscar um pequeno conjunto de LEDs. Essas piscadelas são captadas pelo equipamento ligado ao cérebro do segundo participante, que decifra a mensagem.


Embaixo, à direita, pode-se ver a pequena lanterna de LEDs que pisca para transmitir os sinais para o receptor da mensagem. (Imagem: Christopher James)

Eletroencefalograma

A demonstração consistiu na transmissão de quatro algarismos - 1011. Um aparelho de eletroencefalograma ligado ao usuário transmissor captura os dígitos conforme ele pensa em mover seu braço - pensar em mover o braço esquerdo gera um dígito 0, enquanto pensar em mover o braço direito gera um dígito 1.

Não há movimento efetivo, apenas a intenção é suficiente para gerar os sinais no aparelho de eletroencefalograma. Esses sinais são enviados ao computador, que os decodifica e os transmite automaticamente para o segundo computador.

O computador receptor recebe os dígitos e faz o conjunto de LEDs piscarem. As piscadelas são sutis demais para que possam ser detectadas e interpretadas conscientemente pelos olhos do usuário receptor. Mas são fortes o bastante para interferirem com os eletrodos que estão monitorando seu córtex visual. Detectando as alterações no cérebro do usuário receptor por meio desses eletrodos, o programa de seu computador interpreta os sinais recebidos e os imprime na tela.

Transmissão de pensamento

A demonstração teria sido um pouco mais didática se fossem usados dois computadores no lado do usuário receptor - um para receber os sinais pela Internet e fazer os LEDs piscarem, e outro para interpretar os sinais dos eletrodos e mostrar a informação decodificada.

Mas o princípio de funcionamento é o mesmo, e as duas tarefas são feitas por programas diferentes rodando no mesmo computador. Embora demonstre de fato uma comunicação cérebro a cérebro verdadeira, é importante salientar que não se trata, pelo menos não ainda, da transmissão de pensamentos, mas da utilização da interpretação dos sentidos atuando no cérebro - o pensar no movimento do braço, no caso do transmissor, e a sensação visual gerada no receptor.

"Nós ainda temos que compreender todas as implicações de tudo isto, mas há vários cenários nos quais a comunicação cérebro a cérebro poderá ser benéfica, como ajudar as pessoas com sérias deficiências motoras a se comunicarem. E há também a possibilidade de usar a tecnologia para jogos," diz o Dr. James.

Fonte: Inovação Tecnológica

Cientistas descobrem geometria da música

A figura mostra como a teoria geométrica da música
representa acordes de quatro notas - as coleções de notas formam um tetraedro,
com as cores indicando o espaço entre as notas individuais em uma seqüência.
(Imagem: Dmitri Tymoczko)

A conexão entre música e matemática tem fascinado os estudiosos por séculos. Mais de 2000 anos atrás, Pitágoras descobriu que os agradáveis intervalos musicais podem ser descritos utilizando proporções simples.

E a chamada musica universalis, ou música das esferas, emergiu na Idade Média por meio da idéia filosófica de que as proporções nos movimentos dos corpos celestiais - o Sol, a Lua e os planetas - poderiam ser visualizadas na forma de música, inaudível, mas perfeitamente harmoniosa.

Teoria geométrica da música

Agora, três professores de música - Clifton Callender da Universidade Estadual da Flórida, Ian Quinn da Universidade Yale e Dmitri Tymoczko da Universidade de Princeton - descobriram uma nova forma de analisar e categorizar a música que aproveita a profunda e complexa matemática que eles descobriram imersa na sua estrutura mais interna.

Em um artigo publicado na revista Science, o trio descreveu um método chamado "teoria geométrica da música," que traduz a linguagem da teoria musical na linguagem da geometria contemporânea. Eles pegaram seqüências de notas, acordes, ritmos e escalas e os categorizaram, agrupando-os em "famílias."

Espaços geométricos complexos

Eles descobriram uma forma de associar uma estrutura matemática a essas famílias, o que permite representá-las por meio de pontos em espaços geométricos complexos, da mesma forma que as coordenadas "x" e "y", no sistema muito mais simples da álgebra ginasial, correspondem a pontos em um plano bidimensional.

Diferentes tipos de categorizações produzem diferentes espaços geométricos, e refletem as diferentes formas pelas quais os músicos têm entendido a música ao longo dos séculos. Eles esperam que sua descoberta permita aos pesquisadores analisar e entender a música de forma muito mais profunda e satisfatória.

Novos instrumentos musicais

O método, segundo seus autores, lhes permite analisar e comparar vários tipos de músicas ocidentais (e eventualmente algumas não-ocidentais). O método foca-se no estilo ocidental de música porque conceitos como "acorde" não são universais em todos os estilos. Ele também incorpora vários esquemas anteriores utilizados por teóricos musicais para representar a música em formato matemático.

"Você pode criar novos tipos de instrumentos musicais ou novos tipos de brinquedos," diz o professor Tymoczko. "Você pode criar novos tipos de ferramentas de visualização - imagine ir a um concerto de música clássica onde a música está sendo traduzida visualmente. Nós podemos mudar a forma como educamos os músicos. Dispor de um poderoso conjunto de ferramentas para conceitualizar a música lhe permitirá todos os tipos de coisas que não eram possíveis antes."
Fonte: Revista Science

Visão através da pele: esoterismo ou revolução na captura de imagens?


O Prof. Leonid Yaroslavsky, da Universidade de Tel Aviv, Israel, acredita que os humanos têm uma capacidade para "ver" cores e formas por meio da pele. E que essa capacidade inata pode ser explorada para criar novos tipos de câmeras e telescópios espaciais e terrestres com capacidade muito além do que a tecnologia atual permite.

Imagens não-ópticas

Esse modelo de imageamento não-óptico foi apresentado na forma de um capítulo de um novo livro - Avanços em Óptica da Informação e Fotônica - e poderá levar a uma nova tecnologia de imagens não-ópticas que supera as câmeras atuais baseadas em lentes.

Seu modelo também pode explicar como esse controverso instinto primordial - a capacidade de percepção visual através da pele - que é observável em algumas plantas e animais, pode ter evoluído ao longo de milhões de anos.

Visão extra-ocular para cegos

"Algumas pessoas têm argumentado que possuem uma capacidade para ver com sua pele," diz o Prof. Yaroslavsky. Embora os biólogos normalmente neguem essa possibilidade, há provavelmente uma explicação científica razoável para a "visão da pele." Uma vez compreendida, acredita ele, a visão da pele poderá levar a novas terapias para ajudar as pessoas cegas a recuperar a visão e até mesmo a ler.

A visão pela pele não é incomum na natureza. As plantas orientam a si mesmas para a luz, e alguns animais - como serpentes que utilizam a visão infravermelha, e répteis, que possuem sensores na pele - podem "ver" sem o uso dos olhos.

A visão pela pele em humanos é provavelmente uma capacidade natural inata envolvendo células sensíveis à luz em nossa pele conectadas com os neuromecanismos no corpo e no cérebro, explica o Prof. Yaroslavsky.

Sensores de radiação e motores de naves espaciais

Engenheiro e cientista, o Prof. Yaroslavsky trabalha no desenvolvimento de equipamentos mais avançados de captura de imagens, nos quais a óptica é substituída por computadores.

Ele está atualmente desenvolvendo teorias de simulação de captura de imagens utilizando programas de computador, teorias estas que poderão no futuro levar a equipamentos com aplicações práticas. Esses equipamentos, afirma ele, poderão ter significativas vantagens sobre as câmeras convencionais à base de lentes.

As aplicações poderão incluir sensores especiais para detectar a radiação, novos dispositivos de visão noturna e novos mecanismos de captura de imagens em telescópios, que devem observar os céus em comprimentos de onda muito além daqueles que os olhos humanos conseguem enxergar.

Câmeras biônicas para telescópios espaciais

As lentes das câmeras tradicionais funcionam somente em uma faixa limitada da radiação eletromagnética. Elas são muito caras e limitadas pelo seu peso e campo de visão.
Sem necessitar de lentes, dispositivos de captura de imagens sem óptica poderão ser adaptados para qualquer tipo de radiação eletromagnética, de qualquer comprimento de onda, diz o pesquisador.

Hoje, diversos tipos de sensores já são utilizados em telescópios espaciais para capturar faixas do espectro eletromagnético que nossos olhos não conseguem enxergar. As câmeras baseadas no princípio da captura de imagens sem óptica fariam isso naturalmente e de forma mais eficiente do que esses sensores.

Visão "biônica"

Essas câmeras sem lentes poderão essencialmente funcionar com um ângulo de visão "biônico" de 360 graus e sua capacidade de captura de imagens será determinada pela capacidade do computador, em vez de o ser pelas leis da difração da luz. Isso significa equipamentos muito menores, mais leves e mais fáceis de se fabricar.

Antes que as aplicações práticas possam ser desenvolvidas, no entanto, o Prof. Yaroslavsky espera convencer os biólogos a darem um crédito de fé e mergulharem fundo nos mecanismos da visão sem óptica. Essas pesquisas poderão levar a pesquisa na área de captura de imagens a um novo patamar, acredita ele.

Fonte: Inovação Tecnologica.

sábado, 5 de dezembro de 2009

CAMPANHA PELA PRESERVAÇÃO DA ESPÉCIE

ECOLOGIA MENTAL/EMOCIONAL - PESSOAL/TRANSPESSOAL - MULTIDIMESNIONAL



Não é de espantar que estejamos depredando nossa casa planetária em nome de um progresso absurdo voltado para a neura da competição; pois baseado no consumo desmedido dos recursos naturais. Estamos tornando Gaia num imenso lixão a universo aberto. Será que os vizinhos galáticos vão tolerar? O lar cósmico que nos abriga está prestes a chegar num ápice de caos sem possibilidade de retorno; exceto através de uma cirurgia drástica, radical mesmo. Para quem ainda não parou para observar, ela já está em andamento, através dos efeitos do estresse crônico e das mortes em massa decorrentes de velhas e conhecidas doenças que recebem a ajuda de outras novinhas em folha; algumas até recém saídas dos laboratórios da vida. Será que para salvar o planeta seja preciso erradicar as células cancerosas (nós mesmos)?

Nosso assunto de hoje: O estudo da Ecologia Planetária deve obrigatoriamente começar pelo conhecimento da Ecologia Íntima.

Impossível separar a Unidade do Todo; essa atitude gera uma, até certo ponto, saudável discrepância de posturas com seus paradoxos travestidos de paradigmas. Algo do tipo: convictos defensores da preservação do meio ambiente que ainda comem carne e que consomem açúcar e produtos á base de soja – ou os paladinos da preservação dos valores da ética e da moral que ainda vivem em regime de parasitismo social desfrutando de privilégios. Achamos essa postura normal: pois, conhecimento para nada serve até que o coloquemos em prática; nada impede que quem já percebeu avise, mesmo que não consiga praticar – Será?

Na qualidade de trabalhador em prol da causa ecológica pura e do desenvolvimento sustentável ético - Nossos bate papos, a seguir, terão como assunto a Ecologia Íntima/Transpessoal e sua relação com a auto-ecologia; biodiversidade, ética, saúde, doença, cura, evolução, ciência, religião, etc.


Do macro ao micro; assim como é em cima é em baixo...

Cada um de nós é um sistema ecológico completo; multidimensional.

O conhecimento atual cada vez mais interativo e holístico nos mostra que, em cada um de nós convivem células, órgãos, pensamentos, emoções e sentimentos de toda ordem que interagem com os da coletividade; tanto a próxima quanto distante.

O antigo estudo da Ecologia Íntima apresentado de forma simples por Sócrates na velha Grécia casa bem com o conceito: Ecologia Íntima. A origem do termo ecologia vem do grego “oikos” casa e “logos” estudo. Sob múltiplos e variados aspectos analisar e estudar nossa casa mental é um passo importante na busca do desenvolvimento sustentável ético e responsável (progredir sempre).

Qual a diferença entre componente ativos e passivos num sistema ecológico?

É possível ser cobaia e cientista ao mesmo tempo? – Marketeiros e consumidores? – Doentes e curadores? – Vítimas e algozes? – Juízes e réus?

Sim; e somos o tempo todo aprendizes e mestres – conforme dissemos em nosso livro “Educar para um mundo novo”, somos educandos e educadores simultaneamente. E não apenas entre seres humanos e seus companheiros de habitat terreno; pois, um assunto palpitante e interessante, é o estudo da Ecologia Cosmológica (assunto para o futuro).

As relações do homus sapiens-sapiens consigo mesmo, com o meio; e, em conseqüência com outros humanos ou quase; pois, a maior parte de nós ainda não pode considerar-se como tal; é um sistema ecológico pleno; que pode apresentar relações harmônicas ou não; conforme veremos durante nossas conversas – nesta primeira abordagem focaremos alguns tópicos que podem ser esmiuçados e debatidos; ou não; através da participação dos amigos leitores interessados no assunto.

Ecossistema.

A compreensão de quem somos e como atuamos sobre nós mesmos e sobre o ambiente em si; dobra a cada dia – Quer percebamos ou não; fazemos a diferença no ecossistema do planeta com implicações antes nem sonhadas. Só para brincar de pensar: Imaginem a cara de espanto das pessoas até pouco tempo atrás; se alguém aventasse a possibilidade de um ecossistema bioeletrônico gerado por pensamentos e sentimentos humanos afetando o campo magnético, a grade energética planetária e que o conceito de ecossistema extrapolasse a visão da biologia tornando-se um tema multidisciplinar. Por exemplo, a discussão sobre consciência individual e coletiva; propostas através das teorias: inconsciente coletivo (Jung); inconsciente social (Erich Fromm); inconsciente pessoal (Freud) não deixa de ser o estudo de um ecossistema individual inserido noutros formando um ecossistema coletivo; mas, algo muito primário á luz de novos dados e teorias em vias de se tornarem um novo saber.

Fazendo um mix desses conhecimentos com outros mais “modernos” de física quântica e ciências afins (os velhos registros akásicos; por exemplo); podemos imaginar que somos seres interdependentes; mesmo fora da relação tempo e espaço que estamos acostumados a perceber. Á medida que a consciência se expande aumenta o coeficiente de responsabilidade pessoal e coletivo. Será que seremos capazes de rasgar as dobras do tempo?

Pessoas dotadas de um mínimo de senso crítico já perceberam que:

Nossas escolhas afetam o planeta inteiro em todos os aspectos e dimensões:

Enquanto seres apenas reativos; á primeira vista, essa realidade é contestada pela interpretação primária da lei do livre arbítrio: Escolha minha; problema meu!

Ilustrando: Vida minha problema meu!

Imaginemos um jovem que começou a usar drogas – foi alertado por algum conselheiro ético de plantão (ás vezes, um sólido “marketeiro” da falácia: “beba com moderação”): Cuidado filho; essa prática pode virar isso ou aquilo! – Nesse momento, qual a resposta habitual? – Vida minha problema meu! – Certo? – Não; errado – Esse jovem não faz idéia da sua participação no sistema de ecologia mental/emocional e afetiva dos grupos a que pertence – Qual o resultado dessa escolha que afetará o meio em que vive? – Claro que nos “sistemas ecológicos normais de relações afetivas”; a primeira vítima será sua mãe; que ainda engatinha no saber a respeito do manejo sustentável do afeto; pois, ela vai assumir esse distúrbio causado pela escolha do filho como “sua preocupação e até razão de viver de ora em diante” (doença evolutiva extremamente contagiosa); e ela vai ficar sem dormir e até adoecer. Na seqüência da interação ecológica: Seus familiares mais próximos serão mais ou menos afetados dependendo de sua condição de soberania emocional e afetiva já conquistada. Sua relação e de seus familiares com a vizinhança será alterada. A mãe de seu melhor amigo imagina que o filho possa estar fazendo o mesmo e sua relação, no mínimo, vai azedar. Seus colegas de escola ou de trabalho podem ser rotulados. Estendendo o processo á comunidade; se está preso, recursos da sociedade que poderiam ser usados com mais proveito; estão sendo consumidos para mantê-lo recluso. Caso, seu problema tenha ido á mídia muito mais pessoas serão afetadas gerando um efeito dominó de expansão do medo e até de julgamentos precipitados.

Misture todo o velho saber com conceitos do tipo: “Onda Gravitacional”, “Evento Anômalo”...

Sabia que o pessoal que brinca com o acelerador LHC (Large Hadron Collidor) manipulado pela turma do CERN em subterrâneos na Suíça podem ser os responsáveis pelo novo apagão, classificado pela ANE como um evento anômalo?

Estudo do comportamento – Etologia – Ecologia Comportamental.

Um dos componentes do estudo da ecologia é a análise do comportamento de indivíduos e grupos na sua relação com o meio ambiente através de seu metabolismo ou capacidade de adaptação ao Habitat para determinar quantos indivíduos e populações podem habitar o mesmo nicho ecológico; no caso humano, as cidades, por exemplo.

Uma de suas vertentes de análise humanizada é a ecologia comportamental; e a do ser humano é diferenciada; tanto na relação consigo mesmo quanto na influência produzida no meio externo. Todos os seres vivos afetam e transformam o ambiente em que vivem; mas nós somos agentes transformadores dotados de várias ferramentas; dentre elas: a capacidade de pensar e de atuar rápida e fortemente em si mesmo e no meio. Um dos instrumentos de controle dessa capacidade é a consciência; balizada pela lei de causa e efeito; daí a necessidade de sua expansão para amplificar a responsabilidade.

No caso da nossa espécie, o conceito metabolismo vai determinar entre outras coisas quais os indivíduos podem ou não sobreviver em cada nicho ecológico; ele é representado pela atitude de pensar. Os mais lentos no pensar devem adequar-se ao momento sob risco de desaparecimento; os muito lentos e até os muito mais rápidos que os outros podem excluir-se – Numa analogia com as doenças os lentos no pensar são os depressivos e os mais rápidos que a normalidade; representam bem os em pânico.

Além do instinto de preservação, a falta de desenvolvimento do senso de responsabilidade somada ao egoísmo e orgulho gera a violência urbana; somos capazes de lutar e até de matar apenas para preservar nossos interesses mais imediatos.

Numa primeira fase criamos a doença social da exclusão, logo seguida da violência dos excluídos sobre os mandatários e detentores do poder, atenuada pela panacéia da esmolas e bolsas adjutórias oficiais; criando bolhas de paz e tranqüilidade cada vez mais fugazes; mas, devemos nos preparar para dias de trovão: - Já foi assaltado hoje? – Estou bem; fui assaltado apenas duas vezes!

Biosfera – Psicosfera.

Biosfera é a soma de todas as regiões do planeta capazes de conter vida segundo nós a imaginamos. Porém; nossa imaginação em boa parte das vezes, não vai além do próprio umbigo.

Psicosfera é o conjunto de emanações mentais e emocionais geradas por nós e, podemos denominá-la, a aura do planeta. A contaminação da psicosfera gerada por pensamentos de ódio, medo, ansiedade, raiva, inveja, terror, pânico é mais grave até do que a contaminação do meio ambiente físico. Pois, ao que parece a vida não é exclusiva a 3D – Ainda bem; perdem-se os anéis; mas ficam os dedos – Neste lindo manicômio que é a Terra; nós, os neuróticos hi-tec, psicóticos, esquizóides, podemos destruir e contaminar 3D - Mas, vamos continuar lidando com a mesma falta de qualidade em 4D? – Tudo leva a crer que sim; daí, o problema do lixo mental/emocional e afetivo lançado na psicosfera das comunidades e do planeta é mais grave do que o lixo urbano e industrial; pois, afeta a precária capacidade de discernir da maioria, levando a escolhas tão absurdas quanto a comportamentos perigosos – Será que seremos capazes de destruir a 4D?

Relações ecológicas.

Assim como as outras espécies; nós nos relacionamos conosco, com o meio que nos acolhe e entre nós de forma semelhante; claro que com a ressalva das ferramentas disponíveis para cada espécie. Neste final de ciclo nossa espécie está em vias de ser consolidada como humana para tomar posse do planeta; o processo de humanização está a todo vapor; porém, até que o expurgo seja finalizado nossas relações ecológicas continuarão no estilo que aprendemos na velha biologia.

Competição.

Muitas espécies competem entre si obedecendo á lei de conservação e de preservação. Entre nós a exacerbação dessas leis levou á sociedade da neurose cada vez mais hi-tec. Essa doença evolucional levará certamente a maioria dos humanos de todas as idades á morte em poucos anos vitimados pelos efeitos da praga “estresse crônico”. Alô, alô colegas de trabalho!

Predação.

Os predadores fazem parte do conjunto de seres que trazem equilíbrio a determinados nichos ecológicos. Em virtude das ferramentas que temos para intervir poderosamente em nós e no meio; somos os únicos predadores de nós mesmos, suicidas em potencial (algo do tipo: doenças auto-imunes) e predadores da própria espécie. O canibalismo dos interesses é algo aparentemente insuperável. Alô, alô políticos e empresários!

Simbiose.

Quando a relação entre espécies é vantajosa para ambas. Essa, em teoria deveria ser a marca registrada das relações entre humanos e outras espécies. Olá pastores e rebanhos religiosos!

Comensalismo.

A relação comensal, em teoria, processa-se entre indivíduos de espécies diferentes; quando um indivíduo se alimenta dos restos deixados pelo outro. Na espécie humana esse tipo de relação é para lá de habitual e até recebe o nome de caridade. Olá todos nós!

Parasitismo.

Para manter o equilíbrio dos nichos ecológicos, parasitas têm seu papel; mesmo causando prejuízos ao hospedeiro que deverá aprimorar seu DNA para que sobreviva.

Entre humanos é uma relação típica de manutenção de poder sobre o outro; seja na relação entre nações e dentro da sociedade; como a relação de cidadãos comuns com alguns grupos de servidores públicos. Entre nós, uma relação cada vez mais mortal é o vampirismo especialmente na vampirização da energia vital levando á sensação de esgotamento. Olá para os pendurados nos cabides de emprego e genéricos aposentados ad eterno!

Conservação - Preservação.

Incontáveis milênios foram necessários para desenvolver o instinto de conservação do individuo interligado ao de preservação da sua espécie; usando dentre outros recursos, a ferramenta da arte da reprodução.

Entre nós, a encrenca parece eterna pela intensa corrupção dos instintos. Entre os que atuam segundo a pureza das Leis Naturais, não há avareza, orgulho, egoísmo, cultura do orgasmo.

Muitas ferramentas á disposição de quem se interessar devem ser usadas para corrigir os desvios. Elas devem ser incorporadas ao instinto de preservação humano para continuar habitando Gaia.

Controle de natalidade.

Nas espécies que agem apenas pelo instinto o controle da natalidade é feito por circunstâncias do meio ambiente para manter o equilíbrio; entre nós, o controle pode ser voluntário e sujeito ao bom senso e ás Leis da ética e da moral.

Na nossa espécie, em alguns grupos não há controle algum; noutros o controle pode ser um exercício de livre arbítrio (consciência); auxiliado por fatores quase voluntários (fármacos, camisinhas, etc.); ou outros mais drásticos e modernos inseridos no DNA de alimentos transgênicos e vacinas; á revelia das pessoas.

Multiplicidade das espécies.

Convivemos com incontáveis espécies de seres biológicos e até extrafísicos.

Mesmo entre nós, o planeta comporta indivíduos em estágios quase opostos de evolução. Aqui, entre nós, convivem seres que, ainda vivem quase que na idade da pedra com outros que já enviam artefatos para explorar a vizinhança do planeta. No terreno da ecologia da ética e da moral; em nossos nichos ecológicos interagimos com pessoas que nos dão um tiro apenas porque olhamos para elas; com outras que dedicam sua vida a ajudar o próximo e a conservar o planeta.

Morte e vida – Destruição e reconstrução.

Nascer, morrer, renascer. Na natureza nada se cria tudo se transforma bem disso o sábio Lavoisier. Esse ciclo natural na vida dos seres que ainda estão sem possibilidades aparentes de dominar o processo, não implica em sofrer; faz parte do jogo da vida.

Tirando nossos animais de estimação que nos copiam; nós somos os únicos que conseguimos morrer em vida (depressivos; angustiados; em pânico; esquizofrênicos; etc.). Arejar as idéias e reformar a postura pode ser verdadeiro renascer? – Dogmas e idéias fixas podem ser o embalsamar do cadáver da humanização? – Será que algumas raças de ET nos consideram seus animaizinhos de estimação?

Padronização.

Á medida que a evolução se processa a individualidade assume contornos divinos cada vez mais nítidos. A tentativa de padronizar pessoas, idéias e conceitos; é uma tentativa de domínio típica de candidatos a humanos. Nós não somos padronizáveis e quando o permitimos abrimos mão de nosso direito de livre escolha – uma das origens da doença e do sofrer dos humanóides.

Mutações de DNA.

Sob a ação de certas circunstâncias o DNA de várias espécies é modificado de forma abrupta ou lenta.

Nossas ferramentas evolutivas nos ofertaram a possibilidade de mudanças no DNA de espécies que imaginamos sejam nossas cobaias. Até mesmo entre nós, alguns seres de mente mais avançada; porém sem a ferramenta da consciência; mudam o DNA das pessoas através de idéias transgênicas (ação da mídia); mudança no DNA de alimentos e através de vacinas.

Desertificação.

Difícil mensurar com os dados de que dispomos a respeito da ação do homem sobre o meio ambiente criando desertos - Será que todos os desertos de Gaia foram criados por nós? – Quando se trata da criação de desertos na evolução das pessoas e dos grupos devemos ressaltar a ação da mídia que promove uma lavagem cerebral, empobrecendo o solo das boas idéias, tal e qual ao cultivo da cana, soja, e criação extensiva de gado destroem o meio ambiente físico. É vital cuidar da diversidade tanto biológica em 3D quanto da diversidade mental, emocional e afetiva em 4D.

A fome e a pobreza humana decorrem principalmente da preguiça de pensar e pelo desejo de ser conduzido para justificar a principal doença da espécie: alergia á responsabilidade que conta com a ajuda do pensamento mágico.

Desenvolvimento x crescimento.

Para que uma sociedade cresça e se desenvolva, é preciso que as outras que formam seu meio ambiente também estejam pujantes. Exemplo, para que uma sociedade de leões esteja em franco desenvolvimento e crescimento é preciso que sua cadeia alimentar também esteja.

Entre nós, a mixórdia de instintos, tendências e desejos fazem com que as pessoas e grupos se auto-exterminem. Exemplo, governantes ávidos na manutenção de mordomias e riqueza sobrecarregam suas “vítimas” (empresas e cidadãos que pagam impostos) e matam a galinha dos ovos de ouro (produtividade), século, após século; daí a reciclagem das civilizações que surgem, prosperam, definham e morrem.

Na vida contemporânea, essa relação entre o homem e o meio (valores e desejos) traz á tona uma luta mortal: Consumo x preço a pagar; em todos os sentidos da vida possíveis, imagináveis; e ainda inimagináveis.

Poluição.

Na cadeia das relações ecológicas natural não há poluição. Tirando nossas criações de brincadeiras transgênicas; parece que somos a única espécie não natural do planeta – Somos uma experiência genética que não deu certo? – Claro que alguns animais colaboram de forma decisiva para a emissão de CO2, por exemplo, os porcos e as vacas cada vez que soltam um pum detonam com a camada de ozônio; mas, de quem é a responsabilidade?

Alguns de nós com a simples presença já poluímos muitos ambientes; daí, para bom entendedor, meia palavra basta – Se a natureza quiser se despoluir, vai precisar mandar muita gente para 4D.

Fome.

Nas espécies naturais a fome é decorrente de desequilíbrios e ajustes externos ao grupo; como a superpopulação de uma espécie. Entre nós a fome é real em algumas sociedades; mas em outras, é psicótica: usamos o alimento como fonte de prazer; comemos sem ter fome e 80% acima do que seria natural para cada pessoa; conseguimos ter apetite seletivo – em alguns lugares até a fome é seletiva; as pessoas têm fome de guloseimas manipuladas pela mídia.

Mudanças climáticas.

Somos os únicos capacitados a realizar mudanças climáticas cada vez mais rápidas e intensas. A capacidade tecnológica de alguns grupos, hoje, já é capaz de realizar grandes e intensas catástrofes climáticas seletivas.

Agrotóxicos.

Na tentativa de aplacar a fome do ego e a sede de lucros; somos a única espécie em Gaia que se suicida através do envenenamento do próprio alimento; e que promove suicídios coletivos (através da comilança) e assassinatos quase premeditados em nome da geração de empregos e do lucro.

Desculpas e justificativas.

Essa é uma de nossas especialidades. Nesse quesito somos imbatíveis – Esperamos que no tribunal da consciência, no final deste ciclo planetário, elas funcionem como atenuantes e que o álibi da ignorância não se volte contra nós.

Reforma.

Sentimos um orgulho danado em dizer que no planeta somos os únicos capazes de reformar alguma coisa; de alterar, modificar, melhorar, piorar, criar, destruir – nesse conceito não estamos errados; particularmente acho mais ecologicamente correto substituir o conceito reforma por reciclagem; afinal na natureza nada se cria e tudo se transforma. Cá entre nós, por exemplo, não jogue todo seu orgulho fora, pois pode descambar para a perda da auto-estima; melhor reciclar uma parte em humildade e outra em valorização pessoal.

Submissão.

Nós nos achamos os tais; mas, ainda conservamos alguns traços de nosso passado evolutivo: adoramos fazer parte de rebanhos: religião, sistema de crenças..., o pior, é que sempre escolhemos mal nossos líderes, chefes de manadas, representantes. Mesmo que nos sintamos ofendidos, a maior parte de nós se assemelha a uma manada adormecida (para piorar as coisas) sendo conduzida ao precipício da destruição; os que acordarem terão o trabalho de sair para as beiradas (diferenciar-se dos normais) e afrontar códigos, normatizações, modismos (andar na contramão, na boa e inteligente marginalidade). Ao contrário de nossos colegas de evolução planetária somos submissos aos interesses dos outros; mas, insubmissos, ás leis da vida e da natureza. Claro que progredimos, pois o preço a pagar hoje é mais barato do que antes nessa sociedade de consumo – hoje somos vistos com desdém, excluídos do sistema; antes os que ousavam desgarrar-se da manada eram queimados, mortos, vilipendiados...

Falta de identidade.
Mais uma paulada em nosso ego: somos a única espécie sem identidade ainda definida; somos os “manos” da cadeia evolucional em Gaia - Falou e disse bicho!

Crescimento demográfico sem planejamento.

Os outros têm a vantagem de reproduzir-se segundo a influência do meio e no momento adequado; entre nós a ferramenta do livre arbítrio causa a superpopulação.

Confinamento.

Nós nos achamos os tais e criamos muitos bichos em regime de confinamento para fazer uso deles. Somos piores, vejamos a forma como são criadas as crianças da atualidade: em regime de confinamento e de engorda. O espaço publico foi deteriorado pela ganância; daí o espaço onde as crianças são mantidas é cada vez mais reduzido; a “ração” de engorda é cada vez mais barata e acessível (bolachas, miojos e outros farináceos, guloseimas) tudo sob o olhar mortiço dos agentes controladores – Mas, como nossa capacidade de criar desgraças é ilimitada, estressamos as crias com excesso de informações e divertimentos malucos para comerem sem parar e engordarem até estourar para que depois outros engordem as contas bancárias com regimes malucos e mutilações cirúrgicas inomináveis.

Respeito á natureza.

Fora alguns malucos como os ecochatos e os ongueiros cuidadores de bichos; a maior parte não respeita nem a si mesmo.

Educação ou treinamento?

Claro que para manter os interesses dos chefes de rebanhos a confusão entre educação, instrução e treinamento vêm bem a calhar.

Se analisarmos com um mínimo de senso crítico o que chamamos de educação, chegaremos á triste conclusão que ele é um treinamento muito mal executado – Tal e qual, nós fazemos com nossos bichinhos de estimação. Conforme colocamos em nosso livro: “Pequenos descuidos – grandes problemas” Ed, Petit – a educação atual está baseada em quatro pilares principais: medo, mentira, suborno e chantagem.

Se você comer tudo; vai ganhar a sobremesa! – Se não se comportar vou chamar o homem do saco prá te levar! – Ás vezes, nós treinamos nossos bichinhos com mais amor, cuidado e inteligência.

Perdemos a grande sacada da vida: Educação íntima com amplas possibilidades de gerar: Educação no lar; social; política.

Arte de viver em sociedade – Política.

Até mesmo a convivência entre predadores, caça e caçador, na natureza é feita com respeito ás leis da vida. Entre nós, dizimamos populações inteiras. Animais não fazem limpezas étnicas nem excluem por interesses de armazenar.

Cadeia de consumo.

A lei da oferta e da procura é natural e eterna – nossos colegas de evolução não a deturpam. Nós inventamos para engordar o ego: o capitalismo atrelado aos bens de consumo e, nos consumimos dia a dia.

Copiando a natureza, nós também somos consumidores:

Primários. Secundários. Terciários. Decompositores.

Biodiversidade.

Esperamos que os engenheiros siderais tenham se lembrado de guardar em seus arquivos de banco genético o DNA das espécies que o predador Homus quase sapiens já conseguiu extinguir.

Desenvolvimento sustentável.

Provavelmente nem a “Poliana” acredite na possibilidade desta safra atual de candidatos a seres humanos tornem-se capazes de abrir mão de seus egoísticos interesses – Então, para o bem do planeta; só nos resta continuar a luta e torcer, até pedir, quem sabe implorar para que o desfecho da terra sacudir para 4D as pulgas que a consomem.

Amém.

Melhor; vamos tirar o acento: AMEM - se.

Claro que há muito mais para ser discutido; estes tópicos foram apenas prá puxar um dedinho de prosa - Zinfius!

Participem da nossa campanha:

PRESERVAÇÃO DA NATUREZA ÍNTIMA PARA A CONTINUIDADE DA VIDA

Texto de Américo Canhoto
 

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