domingo, 10 de outubro de 2010

Meditação reduz a ansiedade e o estresse e auxilia na cura de doenças

Pacientes do hospital da Unifesp estão aprendendo a estimular o cérebro através da meditação. Na UnB, uma pesquisa está avaliando os efeitos da meditação no cérebro de pacientes que tiveram câncer de mama.
por ISABELA ASSUMPÇÃO Cotia, SP

Existe um mundo de possibilidades ao nosso redor. Como perceber cada detalhe, se é uma enxurrada de informações inundando nosso cérebro o tempo todo? E nem sempre estamos atentos. Qual o melhor caminho a seguir? Como ativar determinadas áreas do cérebro que podem nos ajudar a viver mais e melhor? Passo a passo, vamos tentando descobrir.

Os cientistas já têm o mapa e estão pesquisando os benefícios de uma técnica milenar que veio do oriente: a meditação. Ela pode ser um guia muito útil.

Fomos a um sítio a poucos quilômetros da cidade de São Paulo. Nesse encontro, vamos conhecer voluntários de um estudo clínico que está sendo desenvolvido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Eles são pacientes do Hospital de São Mateus, um bairro pobre na periferia da cidade.

O pedreiro Paulo Pedrosa da Silva, de 76 anos, conta que nunca tinha ouvido falar em meditação.

“Não vou falar para senhora que é fácil, mas também não é difícil, porque tudo vai depender de cada um de nós”, comenta.

Esses senhores e senhoras estão aprendendo a estimular o cérebro através da meditação. “Eu comecei a fazer a meditação e comecei enxergar dentro de mim. O que eu precisava fazer para mim. Eu sou diabética, hipertensa, tenho colesterol altíssimo. Aprendi a me alimentar, aprendi a esperar e a ouvir. E eu fui melhorando. Não tive mais crise de diabetes, não tive mais a hipertensão que subia”, revela Nilda Maria de Jesus, de 64 anos.

Nilsa de Souza Silva, de 76 anos, conta ainda que até aposentou a bengala. “Hoje, eu estou outra. Dois anos atrás, eu fiz o exame. Tinha coluna desviada, bico de papagaio e artrose. Um mês atrás, fiz o exame novamente, e o médico me garantiu que eu não tenho nada na coluna. E eu estou toda feliz”, diz.

“A pessoa passa a encarar a realidade de outro jeito. Disso, decorre uma mudança postural, uma mudança na vitalidade, na imunidade, porque isso atua no que hoje se chama de um único sistema psico-neuro-imuno-endócrino. Então, na medida em que você atua na nascente desse rio, ele cascateia de forma diferente, e o resultado final é outra água, é outro resultado. E no final, você vai ter saúde”, explica o médico gerontólogo Fernando Bignardi, da Unifesp.

Na Universidade de Brasília (UnB), outra pesquisa está avaliando os efeitos da meditação no cérebro de pacientes do hospital universitário, que tiveram câncer de mama.

“Ela (a meditação) deprime as emoções negativas, reduz os hormônios do estresse, aumenta os hormônios como a melatonina, que é um hormônio que ativa o sistema imunitário, deprime as células tumorais. Então, o sistema de defesa, os três sistemas das pessoas começam a funcionar de maneira normal, de maneira equilibrada, de maneira harmônica, de maneira plena. E vem a cura”, aponta o professor titular de Imunologia Carlos Alberto Tosta, da UnB.

“Vinha aquela bateria de exames de A a Z. De primeiro, quando falavam em cintilografia, petscam, esses nomes davam medo. Você está sempre em alerta”, conta a geógrafa Eliane de Nascimento Pinto.

Tudo indica que a prática da meditação reduz a ansiedade e o estresse. “Cortisol é o hormônio do estresse. Com a diminuição do cortisol, há também a diminuição desse estresse, no caso, não só psíquico, com a luta contra a doença, mas também do estresse físico. O organismo é muito atingido por esses tumores que começam a se reproduzir”, declara o psiquiatra Juarez Castellar, da UnB.

É importante frisar que todas as pacientes fizeram o tratamento convencional para combater o câncer. “Não é uma alternativa ao tratamento convencional. É um complemento ao tratamento convencional”, ressalta o professor Carlos Alberto Tosta, da UnB.

“Eu levei a sério. Eu fazia de manhã e à noite, como se fosse um remédio que eu estava tomando”, conta a professora aposentada Janes Castro Teixeira.

“No final, quando nós fizemos o levantamento desses minutos meditados, as que meditaram maior tempo tiveram resultados melhores”, revela o psiquiatra Juarez Castellar.

Foi o que mostrou também aquele o clínico feito com os idosos de São Mateus, que começou em fevereiro deste ano. Mais de 70% melhoraram a postura. Quase 60% passaram a dormir melhor e a sentir menos dores.

“Com dois meses da efetiva prática, nós fizemos uma avaliação, com entrevistas individuais. E foi uma surpresa, porque o depoimento das pessoas mostrava essa mudança, mudança na postura, mudança no humor, que é uma coisa maravilhosa”, afirma a diretora Maridite Oliveira, do Hospital Geral de São Mateus.

Desligar dos problemas e fazer uma viagem para dentro de nós mesmos em um sítio não parece tão difícil. Mas será possível esquecer completamente o mundo exterior, se concentrar e meditar estando no meio da cidade grande, com todos os ruídos que ela tem, mais a pressa, o movimento e a poluição?

A psicóloga Helena Fontes garante que sim. Foi em um momento de crise que ela começou a meditar. “Eu estava passando por uma fase muito doída da minha vida, estava me separando e foi doído. Quando eu medito, não vou para nenhum lugar. Eu fico na minha presença, comigo mesma”, conta.

“Quando você vê, por exemplo, um ventilador em movimento, você não consegue ver rápido aquelas hélices. Você sabe que tem lá, e a meditação ela te dá uma pausa para a vida. Você consegue ver na sua vida sutilezas da vida, mas isso quem te traz é a prática de uma meditação. Isso não é místico. Não tem nada a ver com isso. É apenas a atenção”, ressalta a psicóloga. “As guerras internas se acalmam. Você vê a hélice do ventilador direitinho e você se refresca”.

Uma pesquisa, realizada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, avaliou os efeitos da meditação intensiva no cérebro. “Tem muitos benefícios imunológicos, muitos benefícios psicológicos, tem muitos benefícios psiquiátricos, cardiovasculares, sem dúvida nenhuma. Provavelmente, tudo beneficia na meditação”, afirma o neurologista João Radvany, do Hospital Albert Einstein.

Os voluntários foram divididos em dois grupos: os que estavam habituados a meditar, como a Helena, e os que nunca haviam meditado antes. A neuropsicóloga Ivanda Tudesco participou do estudo e se surpreendeu.

Apesar das dores no joelho e da dificuldade para começar a meditar, ela acha que valeu. “Eu acho que eu saí diferente. A palavra seria: ‘mais focada’, nos meus objetivos, no que eu estou fazendo aqui e agora”, aponta Ivanda.

Para um iniciante, o grande ganho é aprender a relaxar e ao mesmo tempo manter a atenção. Não é simplesmente relaxar para dormir, mas é relaxar a tal ponto que você consegue desempenhar as suas atividades e, muitas vezes, desempenhar as atividades até melhor do que antes que você não praticava a meditação”, conta a pesquisadora Elisa Kozasa, do Instituto do Cérebro, do Hospital Albert Einstein.

Os primeiros resultados indicam que a área do cérebro responsável pela atenção fica bastante ativada nas pessoas que meditam. Conhecendo o caminho, fica mais fácil chegar lá.

domingo, 12 de setembro de 2010

Multiversos

Uma entrevista em 3 partes com o físico Michio Kaku, especulando sobre a existência de Universos Paralelos, que é o que os cientistas estão à procura agora mesmo. Michio é professor e co-criador da Teoria de campos de corda (um ramo da teoria das cordas), e atualmente está pesquisando a "Teoria de Tudo".






sábado, 11 de setembro de 2010

Modelo Econômico Baseado na Solidariedade

Historiadora Riane Eisler propõe modelo econômico baseado na solidariedade

A respeitada feminista austríaca-americana Riane Eisler apresenta uma nova teoria. Em seu livro mais recente, 'A Verdadeira Riqueza das Nações', ela ressalta a busca por uma economia baseada na solidariedade, e não na individuaidade. Para ela o “novo feminismo” é capaz de oferecer um modelo alternativo de desenvolvimento econômico capaz de evitar crises profundas.

Assista ao vídeo em:

http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1613904-17665,00.html

domingo, 29 de agosto de 2010

Uma breve mensagem...

Olá,

É com grande alegria que viemos saudar este projeto tão belo intitulado SEVA!

Diariamente são potencializadas energias de Amor sobre o Instituto a fim de elaborar melhores transmissões nos dias de atendimento material.

De feixe, se tornou polo de referência luminosa e está fadado ao crescimento diante da boa vontade de seus voluntários físicos e espirituais.

Harmonia, conscientização e trabalho serão as chaves para o contínuo sucesso de cura e elevação espiritual.

Não se devem esquecer dos necessidades espirituais, que nem um segundo se quer houve ausência de paciêntes, o trabalho não pode parar.

Fé no que não se pode ver!

A Paz, a Caridade, a Harmonia, a Felicidade são conquistas nutridas pela dedicação do Amor!

Luz a TODOS!

San-Tan-Nai.
(Canalizado por Gustavo)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Um Mundo Real Imaginário

de Emanuelle Andrade (Manu)


Não faz muito tempo quando eu e minha irmã tivemos a idéia de criar um blog, o qual denominamos de “Mundo Real Imaginário”, na época colocávamos idéias, exemplos do mundo imaginário que nós gostaríamos que fosse real.

Cansadas de ver os dramas e as tramas em que a maior parte das pessoas se acostumou a vivenciar, e ainda admitir nas próprias vidas, queríamos propor algo que pudesse, ao menos, ilustrar uma realidade, que apesar de imaginária, faria com as pessoas pudessem refletir, e quem sabe um dia, efetivamente tornar uma bela realidade.

Hoje, sendo uma voluntária do Instituto Seva, e participando ativamente das atividades desenvolvidas pelo Instituto e pelo Espaço de Terapias Integrativas, percebo que a realidade que um dia estava apenas na minha imaginação, está se tornando real. E o que é melhor, outras pessoas compartilham a mesma idéia!!!

Viver entre pessoas que buscam o crescimento em todos os aspectos da vida, que contribuem para a evolução do ser humano, como um ser cósmico e integrado ao Todo, apenas pelo simples fato de sentir e acreditar que é possível vivenciar um “Céu” aqui mesmo na Terra; que buscam transmitir esse sentimento de Humanidade, de Fraternidade, de Justiça, de Solidariedade, de União e de Amor, a todas as pessoas sem qualquer distinção, é uma dádiva que pude receber graças a perfeito movimento Universal da Sincronicidade.

A cada dia percebo que há um novo padrão de vida que está se revelando de um modo maravilhoso, mesmo que a “realidade” diga ao contrário, sinto que estamos nos tornando uma Nova Terra e Uma Família da Humanidade, uma bela rede conectada pelos Universos sem fim.
E o Instituto Seva e o Espaço de Terapias Integrativas, não é apenas mais um grupo de idealistas, ansiosos para mudar o mundo sem nada fazer. Pelo contrário, nós somos uma Família que faz do quadro imaginário, uma bela obra na realidade!!!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Um Toque de Trombeta para os Servidores do Mundo

Arcanjo Miguel através de Ronna Herman

Amados mestres, aqueles que são Sementes Estelares*, responderam a um toque de trombeta retumbante que repercutiu por todo este Universo. Sementes Estelares* (algumas vezes chamadas de Almas Antigas): Uma Semente Estelar é uma Alma/pessoa que teve muitas existências ao longo deste Universo e talvez até mesmo do Omniverso. Isso significa que nós chegamos em nossa consciência individualizada há muito tempo, e tivemos muitas, muitas existências e experiências como cocriadores. As Sementes Estelares são os que estão na vanguarda do processo de ascensão e que estão ancorando as frequências superiores de Luz na Terra. Extraído do Glossário de Referências e Revelações * Glossário e Ilustrações. R.H.).

Vocês vieram de sistemas estelares, galáxias e sistemas solares muito distantes, e trouxeram consigo uma riqueza de informações cósmicas, que estavam armazenadas em sua Mente Sagrada, para acesso futuro. Precisaram passar por exigências rigorosas e fazer votos solenes. Concordaram em vir à Terra durante estes tempos importantes de evolução, e encarnar em circunstâncias grandemente diversificadas e amiúde muito difíceis. Firmaram um compromisso de que, quando chegasse o momento para vocês trilhar o caminho da ascensão, permitiriam que nós anulássemos o seu livre arbítrio para que pudéssemos tomar quaisquer medidas que fossem julgadas necessárias para despertá-los. Para muitos, isso resultou em uma fusão de Alma, e para outros, que já haviam despertado para o Eu-Alma, estavam prontos para uma fusão com uma faceta do Eu Superior. Quando a Alma finalmente se funde, de maneira plena, com o Coração Sagrado, ocorre uma grandiosa reunião de proporções monumentais. Quando suas intenções são compostas de sabedoria revestida com o amor e projetadas com pureza, vocês se transformam em uma fonte poderosa de energia do Fogo Sagrado.

Esse despertar redundou em um descontentamento divino em massa entre essa guarda avançada. Todos vocês vivenciaram algumas das transformações significativas que ocorreram entre as massas, e observaram também ou foram afetados pelas mudanças aceleradas da Terra, que ocorreram e estão continuando a ocorrer em uma base regular. A maioria de vocês que fez um esforço consciente para reivindicar sua Divindade, mediante quaisquer meios pelos quais se sentiram atraídos, estão no meio desse grupo. Concordaram em ser exemplos e fazer tudo ao seu alcance para facilitar o caminho para os demais, por tornar-se sentinelas de luz, sinalizadores e Servidores do Mundo. Em épocas passadas, o processo de ascensão estava disponível apenas para aqueles que encarnaram como iniciados resolutamente no caminho, e como discípulos cuja missão era ancorar tanta Luz Divina e trazer tanta sabedoria cósmica quanto fosse possível. Esse tempo passou. Agora é o momento da ascensão em massa, para todos os planetas, sistemas solares e galáxias deste Universo estarem envolvidos ativamente em um processo de ascensão. As Rodas da Criação já estão movimentando-se em espiral para baixo, para cima, para dentro e para fora, a depender do grande ciclo cósmico do tempo.

Ao longo dos últimos anos do tempo da Terra, demos instruções detalhadas acerca de como construir Pirâmides de Luz/Poder na quinta dimensão. Há disponível, agora, uma Pirâmide Mundial magnífica, que milhões de almas queridas visitam fielmente, para respirar as Partículas Adamantinas, a pura Essência Divina do Criador. Ao pedir pelo bem maior de toda a humanidade, da Terra e de toda a Criação, ativa-se esse Elixir da Vida por meio da sua amorosa intenção e sopra-o em direção aos enormes receptáculos de luz, dentro da grande pirâmide. Sua Essência Amorosa é então multiplicada por mil e utilizada pelos Elohim e as forças angélicas da forma mais benéfica. A Lei Universal autoriza que deverá chegar uma época em que todas as Almas conscientes devem começar a recuperar uma parte dos dons divinos de Amor/Vida que lhes foram atribuídos. Quando vocês participam ativamente em compartilhar sua cota de Partículas Adamantinas, via Pirâmide Mundial, estão cumprindo sua obrigação com nosso Deus Pais como um cocriador ativo e cuidadoso. Essa é a forma mais elevada e mais eficaz de dízimos. É importante compartilhar suas riquezas terrenas, porém é ainda mais importante compartilhar seus dons e talentos espirituais.

Com o passar do tempo, muitos se uniram na construção de Pirâmides de Grupo, na quinta dimensão, em muitos locais estratégicos ao redor da Terra. Muitas vezes, as instruções que lhes demos eram em preparação para uma plano maior a manifestar-se em algum tempo futuro. Agora é a hora para concentrar-nos na criação de um ambiente para a reunião do grupo de Servidores do Mundo. Com essa finalidade, as pirâmides de grupo ao redor do mundo foram lentamente se fundindo para criar uma grande pirâmide nos níveis mais elevados da quinta dimensão. Essa pirâmide não é tão grande quanto a Pirâmide Mundial, porque há uma diferença decisiva entre as duas. A Pirâmide Mundial foi criada para toda a humanidade de modo que alguém que deseje ir até lá para comungar com nosso Deus Pai/Mãe, os Grandes Seres de Luz e as forças angélicas possam fazê-lo. É um lugar para se expressar gratidão e prestar reverência ao nosso Deus Pais, o Supremo Criador, e as poderosas forças dos reinos celestiais. É um local sagrado na forma mais elevada, e todos que desejem experienciar a felicidade da Unicidade, e compartilhar sua abundância espiritual e seu amor incondicional têm ali um lugar garantido. Vocês poderiam chamá-lo de uma grande Catedral no Céu, porque no futuro tomará o lugar de muitas casas de adoração à medida que as religiões do mundo começarem a aceitar os ensinamentos de sabedoria avançada autorizados por nosso Deus Pai/Mãe.

A Pirâmide dos Servidores do Mundo será reservada para aqueles que estão de maneira apropriada no caminho da Automestria, e que obtiveram o direito de compartilhar seus conhecimentos integrados/sabedoria com as outras pessoas. Assim como ocorre com as Cidades de Luz, vocês são os primeiros a entrar em sua pirâmide pessoal e então, de lá fazer a jornada para a Pirâmide dos Servidores do Mundo. Daremos mais instruções no futuro próximo a respeito da finalidade e dos benefícios da Pirâmide dos Servidores do Mundo. Basta dizer que esta é uma das maiores oportunidades que vocês jamais terão para servir a humanidade e a Terra.

Lembrem-se, a iniciação agora é um evento grupal, e não uma consecução individual. Devem estar dispostos a ajudar os que estão no caminho, atrás de vocês, de alguma forma, de modo que à medida que forem elevados, toda a humanidade também o seja. A Alma possui uma inclinação natural para a consciência de grupo. É a Alma que busca a reunificação e não a personalidade egoica. O avanço no caminho aumenta a consciência da Alma e a percepção de grupo.

Milhões de Almas queridas estão ainda no meio do que pode ser chamado de um processo de iniciação; todavia, queremos deixar claro que essa é uma parte natural do processo de ascensão. Conforme vocês provavelmente já ouviram antes, a ascensão é um processo evolucionário contínuo, sempre em andamento e não um destino. Devem também estar cientes que vivenciaram estágios diferentes do processo de ascensão muitas vezes antes e em uma infinidade de lugares e realidades.

Como aspirantes no caminho, cada vez mais lhes serão reveladas as verdades cósmicas. Contudo, vocês deviam estar cônscios de que os menores princípios de sabedoria imutável serão expandidos de maneira constante, para incorporar as regras, leis e verdades exclusivas do próximo nível da existência no ciclo interminável da ascensão na consciência. Lembrem-se, o conhecimento deve ser integrado e utilizado de uma forma adequada e eficaz a fim de ser preservado como sabedoria. Os Seres Humanos/Espirituais são os que desenvolveram suas capacidades Superconscientes de modo que possam começar a atrair a riqueza de informações armazenadas em sua Mente Sagrada. Finalmente, eles obtêm a capacidade de atrair inspiração e informações avançadas das dimensões superiores, mediante os muitos fragmentos do seu Eu-Alma, que estão espalhados por todo o Universo.

A Mente Superconsciente/Eu Superior é a ligação com os reinos espirituais. Primeiro, vocês podem começar a obter lampejos de informações/inspiração por meio de suas capacidades intuitivas e durante a meditação. Os poderes da mente são significativamente aumentados à medida que um aspirante no caminho se torne mais eficiente e confortável em utilizar os padrões de freqüência superior da Mente Sagrada. Como resultado da conexão com os reinos superiores da estrutura cerebral, uma boa parte da sua memória de eventos passados começará a desvanecer-se à medida que sair da esfera do cérebro instintivo/mente para o domínio da Mente Superior. A ascensão é expansão da mente, um processo de passar de um estado de consciência para outro. A percepção se expande para incluir toda a humanidade, a Terra, o sistema solar e seu funcionamento. O foco não é mais no pequeno eu. O objetivo final é transformar-se em um Ser galáctico e finalmente alcançar uma consciência universal.

Amados, estamos constantemente nos empenhando em dar-lhes as informações mais apropriadas para ajudá-los a compreender o que está ocorrendo, uma ampla visão geral do que esperar, bem como métodos, ferramentas e exercícios para auxiliá-los a passar pelo processo evolucionário com o mínimo de desconforto por meio do dom da graça (que é a energia refinada do Karma). Como sempre, no entanto, advertimos que vocês só aceitem aqueles conceitos que ressoem internamente como verdade para o seu coração e a sua alma. Não devem mais seguir qualquer um de forma descuidada, porque vocês devem ser mestres do próprio destino, e como tal, devem exercer constantemente o dom do discernimento. Há muitos devotados mensageiros da sabedoria superior, que dedicaram suas vidas para trazer-lhes os ensinamentos de sabedoria da consciência terrena expandida para os tempos atuais e futuros. Eles estão se esforçando para produzir a maior sabedoria e as informações mais benéficas possíveis, e para isso, eles devem sempre se empenhar pela precisão e impecabilidade. Pelos seus trabalhos, serão conhecidos. Nenhuma quantidade de negatividade poderá dissuadi-los ou impedi-los de cumprir sua missão.

É agora o tempo para aqueles que recuperaram o espectro de Luz e Sombra a um nível aceitável de dualidade, começar o processo de abertura das vias de comunicação com os Seres dos Reinos Superiores. Isso significa que vocês realizaram a enorme tarefa de remover a maior parte do seu debito cármico e que a sua Assinatura Energética está irradiando principalmente padrões favoráveis e positivos de freqüência vibracional. Também significa que vocês restabeleceram de maneira bem sucedida a conexão com a Mente e com o Coração Sagrado, bem como entre a Mente e o Coração Sagrados mutuamente. Muitos de vocês estão começando a receber impulsos, mensagens de inspiração e informações avançadas do seu Eu Superior, dos seus guias ou de assistentes angélicos especializados. Queremos avisá-los que é muito raro conectar-se com os padrões vibracionais e começar a receber informações de um dos avançados Seres de Luz, os Senhores de Luz ou dos reinos angélicos superiores, onde habitam os Arcanjos, sem um período de treinamento e de testes. Pedimos-lhes que prossigam vagarosamente e deixem o seu Eu Superior guiá-los através do processo. Ao fazer isso, vocês vão estabelecer uma conexão firme com as freqüências cósmicas da inteligência superior, e progredirão de maneira gradual e segura em direção aos professores mais avançados da sabedoria cósmica .

Meus valentes, peço-lhes para fortalecer sua armadura espiritual com as qualidades e virtudes do Primeiro Raio da Vontade e do Poder Divinos: integridade, coragem, verdade e firmeza, enquanto caminhamos juntos como Servidores do mundo. Eu prometo liderar o caminho e protegê-los até os limites que a lei universal permite. Como Servidores do Mundo sob a orientação do Conselho Cósmico de Luz, juntos, não podemos falhar.

Estamos bem satisfeitos com vocês.

EU SOU Arcanjo Miguel.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Implantes Alienígenas

Entrevista com o Dr. Roger Leir














quinta-feira, 13 de maio de 2010

Como perceber melhor o que é Joio, e o que é Trigo

por Carlos Cardoso Aveline




Certos ditados populares contêm uma sabedoria verdadeiramente imortal, quando nos advertem sobre as relações surpreendentes entre o que é ilusão e o que é realidade:

“O essencial é invisível aos olhos.”

“As aparências enganam.”

“O hábito não faz o monge.”

“Quem vê cara não vê coração.”

Apesar de todos os avisos e conselhos nesse sentido, é normal que muitos se deixem levar pelas aparências. Afinal, como explica outro ditado popular, “o que os olhos não vêem, o coração não sente”. As pessoas necessitam do apoio da visão externa. Há muitos São Tomés modernos exigindo ver para crer, e quando eles vêem algo, acreditam naquilo, mesmo que a visão seja falsa e enganosa e os leve a um beco sem saída.

Cecília Meireles escreveu:

"Os teus ouvidos estão enganados.

E os teus olhos.E as tuas mãos.

E a tua boca anda mentindo

Enganada pelos teus sentidos.

Faze silêncio no teu corpo.

E escuta-te.

Há uma verdade silenciosa dentro de ti.

A verdade sem palavras.

Que procuras inutilmente,

Há tanto tempo (...)". [1]

A dificuldade de distinguir mitos de verdades deve-se também ao fato de que, em certas ocasiões, a verdade não é agradável.

O ditado popular afirma que "o pior cego é aquele que não quer ver", mas o ditado ignora o fato de que quase sempre há um motivo forte para manter os olhos fechados. A aceitação da realidade pode derrubar e destruir as ilusões mais agradáveis.

A ilusão é como uma couraça protetora. A verdade torna o indivíduo interiormente forte, mas externamente vulnerável. Com ela, o ser humano é forçado a deixar de lado situações sobre as quais antes comodamente enganava a si mesmo – e aos outros. Assim, o cego mais astucioso é aquele que prefere não ver, e uma boa parte das pessoas está nesse caso. É como se o indivíduo pensasse: “é melhor não saber de certas coisas”. Todo conhecimento direto implica uma responsabilidade e um perigo. Às vezes o indivíduo foge do perigo − e da sua verdadeira força interior − buscando refúgio na falsa segurança do não-saber.

Há ainda outro aspecto no processo de produção de brumas e ilusões. É mais fácil seguir as velhas trilhas do pensamento conhecido, das ações repetidas, dos pontos de vista estabelecidos. Muita gente vê a vida como algo imóvel, ou como algo cujo movimento é sempre o mesmo e não admite inovações. E há inúmeros cidadãos que querem que seja assim. Apenas gostariam de trocar alguns poucos fatos isolados, para que suas ambições pessoais se tornassem realidade.

Quase tudo o que é rotina parece real. O que rompe a rotina parece irreal e até inaceitável. O caminho estreito e íngreme de que fala Jesus no Novo Testamento (Mateus, 7: 13-14) consiste em ir contra a correnteza e olhar os fatos colocando a verdade acima das outras considerações.
Esse caminho precário força o ser humano a pensar, e nele os tombos e os tropeços são inevitáveis. A roupa fica rasgada. A sola dos sapatos fura. O futuro é incerto, e o caminhante é visitado pelo medo e pela incerteza –; mas sua alma cresce, e nem as corporações multinacionais, com todo o seu inquestionável poder tecnológico, puderam inventar até hoje algo tão importante quanto o simples crescimento da alma.

É verdade que a caminhada do autoconhecimento não se dá em terreno asfaltado, sob o aplauso constante das pessoas mais queridas do peregrino, enquanto ele avança feliz entre seus admiradores. O caminho é íngreme. Ele é percorrido solitariamente em uma paisagem complexa, em meio a luzes e sombras, sons e silêncios, orientações verdadeiras e falsas indicações.

A chave da vitória do peregrino está sobretudo na sua capacidade de aprender com as derrotas.

A espiritualidade não existe afastada da vida. O que há no mundo externo, há também no mundo da busca espiritual. Existem espertalhões que mentem no âmbito das relações sociais e econômicas, e outros tantos “espertos” geram mitos no universo da busca espiritual. Os indivíduos honestos são a maioria em ambas dimensões da vida; mas eles devem viver com os olhos abertos e com os ouvidos atentos, porque a vigilância é um preço a pagar pelo progresso, em todos os aspectos da caminhada.

O grau de honestidade de qualquer indivíduo em relação aos outros é uma decorrência do seu nível de honestidade com si mesmo. Quem engana os outros engana a si. E quem engana a si mesmo não tem motivos − nem meios ou instrumentos − para ser sincero com os outros.

Por isso, um dos primeiros passos de toda caminhada espiritual é a decisão de ser honesto com sua própria consciência interior.

A jornada em busca do conhecimento sagrado é uma obra de alquimia em que você troca o tempo potencial de sua vida física por experiência acumulada e sabedoria. Você transmuta tempo, e energia, em conhecimento. O tempo que lhe é dado viver e a energia vital correspondente a cada uma das suas faixas etárias são recursos naturais. Mais do que isso: são recursos naturais não-renováveis − pelo menos do ponto de vista da sua atual encarnação. Para o alquimista espiritual, o tempo e a vitalidade são as matérias-primas do seu trabalho, e não podem ser desperdiçados. Para evitar o mau uso desta matéria-prima, uma coisa é indispensável: o discernimento.

É ele que permite identificar o que é mito e o que é verdade, o que é folclore e o que é fato, o que é jogo de cena e o que é lei eterna.

Deste modo o indivíduo evita jogar fora o tempo de vida que lhe pertence. É certo que haverá outras encarnações no futuro: mas a qualidade do ponto de partida que lhe será dado nelas dependerá de saber aproveitar as oportunidades de agora.

O Desafio da Prática

O que se pode fazer, então, para diminuir o problema da perda de tempo?

Esta pergunta coloca alguns desafios que, quando enfrentados com seriedade, têm lições valiosas a ensinar.

A prática é um critério da verdade. É ela, e não o discurso, que revela a diferença entre o tonto e o sábio. Mas a prática é algo bem maior e mais complexo que os fatos físicos externos. A prática é também a vida psicológica, emocional e contemplativa ou intuicional.

Assim, para ver como anda o processo de iluminação da alma de alguém que assumiu um compromisso espiritual consigo mesmo, é preciso examinar quanto há de força e de responsabilidade próprias na decisão tomada, e qual é o poder real que o compromisso assumido tem de mudar para melhor − ainda que lentamente − a vida diária do indivíduo.

A Ação Individual

Algumas pautas de comportamento individual são típicas da religiosidade não dogmática dos novos tempos. Entre esses costumes e recomendações éticas estão:

*A leitura reflexiva de obras da teosofia original e da filosofia clássica;

*A ajuda mútua e a solidariedade na caminhada espiritual;

*O apoio a ações altruístas no plano econômico-social e cultural;

*Uma alimentação natural, sem aditivos, corantes, flavorizantes, conservantes, e sem uso de defensivos agrícolas;

*Uma alimentação integral, sem uso de grãos refinados;

*Uma alimentação vegetariana, ou lacto-ovo-vegetariana, isto é, que não implique a morte de animais;

*A abstenção de cigarro e bebidas alcoólicas;

*A prática diária de exercícios físicos moderados, como caminhadas, plantio de mudas de árvores, tai-chi-chuan, ou artes marciais como judô e ai-ki-dô;

*A auto-observação diária e a gradual purificação de pensamentos e sentimentos;

*O estudo livre e não-dogmático dos melhores textos de cada religião, sem que o estudante esteja preso a dogmas ou rituais.

Esses, entre vários outros itens, caracterizam um novo tipo humano, e também uma nova cultura emergente. Abre-se espaço assim para o cidadão e a humanidade da era de Aquário. O novo indivíduo escuta seu próprio coração. Ele já não coloca fama, poder e dinheiro acima de todas as coisas.

Sua espiritualidade não se prende a seitas, rótulos, crenças cegas ou conceitos inquestionáveis. Ele não pensa que pode comprar sabedoria indo a caros seminários de final de semana.

A Liturgia da Espiritualidade

Cada etapa da vida nos capacita para romper com um certo tipo de armadilhas e ilusões. Mas algumas delas são as mesmas de etapas anteriores, apenas de cara nova. Não basta passar a falar de temas filosóficos e universais, por exemplo, para que morra o velho hábito de pensar mecânica e superficialmente. Astucioso, discreto, o hábito da preguiça mental nos acompanha fielmente, de modo quase imperceptível, como um cachorro envergonhado que teima em seguir o dono, disfarçando para não ser visto porque sabe que recebeu ordens de ficar em casa.

É recomendável examinar algumas questões: os nossos pequenos rituais diários, aquilo que poderíamos chamar de liturgias da nossa espiritualidade, serão todos resultado de decisões realmente responsáveis e conscientes? Esse conjunto de práticas é conseqüência natural de uma compreensão ampliada da vida? E, sobretudo, usamos de bom senso? O mito e o folclore rodeiam e encobrem a verdade, e há uma antiga história zen que ilustra esse tema.

Certo dia, séculos atrás, um grande mestre budista recolheu da rua um gato abandonado e passou a cuidar dele. Quando meditava, em sua cela, o monge amarrava respeitosamente o animal no pé da mesa, para que não o atrapalhasse. Passaram-se vários anos. O monge morreu e pouco depois o gato desapareceu do monastério. O sucessor do velho mestre − zeloso seguidor das suas técnicas de meditação − buscou então um gato e o amarrou ao pé da mesa durante as suas meditações. Com o tempo, a prática institucionalizou-se. Já muitos praticantes amarravam gatos a pés de mesas no momento da meditação. Surgiram polêmicas entre doutores sobre qual devia ser a cor do cordão que amarrava o gato. Novas seitas passaram a alegar que o gato deveria ser dessa ou daquela raça. Caso contrário, a meditação seria apócrifa e ineficaz. O dogma e o mito haviam transformado o meio em fim, a aparência em essência, e a circunstância externa em fato central.

O mesmo pode ocorrer – e ocorre freqüentemente – com as modernas técnicas de meditação e oração, o vegetarianismo, o respeito aos animais, e a atitude de valorizar pensamentos construtivos. Tudo pode ser visto com olhos supersticiosos e transformado em dogma, rotina e ritual.

A verdade, porém, é que não existe uma seqüência pré-concebida de passos a serem tomados no caminho do autoconhecimento. Os oito passos do nobre óctuplo caminho do budismo são todos reflexivos, e podemos começar por qualquer um deles, ou pelos oito ao mesmo tempo. Eles são: 1) compreensão correta; 2) pensamento correto; 3) palavra correta; 4) ação correta; 5) meio de vida correto; 6) esforço mental correto; 7) atenção correta, e 8) concentração correta. São passos inseparáveis entre si, e não sucessivos.

O caminho não está, pois, em linha reta. Não consiste em obediência. Cada caminhante deve ter em primeiro lugar sua meta clara, e então abrir caminho. O poeta espanhol Antônio Machado ensinou: “Caminante, no hay camino – el camino se hace al andar”. Não há um caminho único e igual para todos. Cada passo é sempre o primeiro passo, e define a substância dos passos seguintes. A condição mais importante da caminhada é que os passos sejam dados com integridade e por decisão própria.

Faze o que é correto, e com o tempo isso te será agradável”, ensinavam os pitagóricos. De fato, vale a pena fazer um esforço para melhorar nossos hábitos, e os resultados são melhores quando o esforço é feito a partir de uma concepção ampla, firme e universal da vida.

Cinco Ilusões Freqüentes na Espiritualidade Superficial

Uma dose razoável de realismo e uma certa experiência de vida nos mostrarão que estamos mais ou menos rodeados por todos lados de uma estranha mistura de verdade e ilusão. E essa mistura ocorre também dentro de nós.

De um certo ponto de vista, podemos dizer que “a ilusão é uma tinta ou camuflagem cuja função é encobrir a verdade apenas de quem não está pronto para ela” [2].

Há ilusões coletivas que pairam no ar: podemos absorvê-las inconscientemente. São falsidades culturais mais ou menos estabelecidas, mas que é possível identificar, analisar e descartar. Vejamos, como exemplos, cinco delas:

1)“Há apenas paz e amor no caminho espiritual.” O pensador zen-budista Shundo Aoyama escreveu que a velhice, a doença e a morte − assim como a felicidade, a infelicidade, o ganho e a perda − são todos fatores importantes no caminho em busca da sabedoria.

2)“Temos a obrigação de experimentar sempre sentimentos maravilhosos durante nossas meditações”. Na verdade, como ensinou Charlotte Joko Beck, “a meditação não é ocasião para bem-aventurança e relaxamento, mas um forno para queimar nossas ilusões egoístas”.[3] Quando sentamos, imóveis, para buscar a verdade interior, podemos ser assaltados por dúvidas, ansiedades e outras movimentações da ignorância. Dessa tensão surgem um atrito e um fogo que queimam as ilusões do nosso eu pessoal, tornando-o digno de contemplar a verdade.

3)“A caminhada espiritual é apenas pessoal e subjetiva, nada tendo a ver com os outros ou com o mundo externo”. O monge zen Thich Nhat Hanh considera que “os instrutores espirituais que não dão atenção aos problemas do mundo, como fome, guerra, opressão e injustiça social, não compreenderam bem o significado do budismo”. Porém, em teosofia, como no budismo, o importante é combater as causas e não os meros efeitos externos da ignorância.

4)“Nossos pensamentos e emoções são separados do nosso corpo físico”. Uma grande quantidade de derrotas e fracassos resulta da visão do caminho espiritual como algo que nega o corpo físico, ao invés de conhecê-lo e usá-lo adequadamente como um instrumento da caminhada. A alimentação, a respiração, a circulação do sangue, o trabalho do rim e do fígado, os relaxamentos e as tensões musculares são retratos dinâmicos que expressam, no mundo físico, aquilo que ocorre na alma. Por sua vez, os hábitos, posturas e processos corporais também influenciam as atividades mentais e emocionais.

5)“O caminho espiritual é feito de fé e de crença”. Grave engano. A crença em algo que não podemos verificar por nós mesmos reduz a nossa capacidade de perceber a realidade e fecha nossa mente para o que é novo. Os caminhos que levam à paz interior são feitos de perguntas e de tentativas. A convicção é um péssimo critério para julgar a verdade.

Os autoritarismos bem intencionados, religiosos ou não, plantam falsas certezas e exigem “fé” e “confiança” de seus seguidores. [4] Os sistemas corretos de liderança, baseados na comunhão fraterna, fazem da transparência e da vigilância coletiva a sua característica central. A verdadeira fé e a verdadeira confiança surgem de dentro para fora. Elas não são resultado de propaganda ou de pregação, e não têm medo do exame crítico, mas, ao contrário, testam sua força enfrentando de boa vontade os desafios da vida. Robert Crosbie, o fundador da Loja Unida de Teosofistas, escreveu:

“A teosofia não impõe coisa alguma, mas convida a um exame atento”.

Há muitos exemplos de ilusão, é claro – dentro e fora de cada cidadão. Os caminhos que levam à paz interior são, na prática, maneiras pelas quais cada um de nós decide aceitar a destruição dos seus mitos particulares e adequar sua vida prática à lei da verdade.

O Pacifismo Ingênuo

Quando examinamos algumas das ilusões “espirituais” comuns na primeira parte do século 21, há um item que merece um relativo destaque. Trata-se do mito pacifista segundo o qual todo conflito é inútil, e a única atitude recomendável é a ausência de combate, e até a ausência de esforço, por parte do aprendiz espiritual.

A obra “Três Caminhos Para a Paz Interior” descreve essa atitude como uma negação infantil do conflito:

“O pacifista ingênuo faz de conta que todo conflito é inútil ou ilusório, e com isso evita tomar uma posição clara. Nega seus próprios sentimentos de rancor, que passam a fazer parte da sua ‘sombra’ inconsciente. Pensa, por exemplo, que ‘nazismo e democracia são a mesma coisa’, e que a injustiça social ou a corrupção na política não devem ser combatidas ‘porque, afinal, fazem parte do mundo externo ilusório’. Ele prefere não perceber que há no mundo externo um doloroso conflito entre verdade e ilusão, sinceridade e mentira; que esse conflito externo é influenciado e também influencia o que ocorre na alma humana, pois é, na verdade, parte dela.” [5]

Fechando os olhos para a realidade externa, o pacifista superficial desiste de usar o discernimento. Pensa que o caminho espiritual consiste em nunca dizer uma palavra áspera e manter sempre um sorriso nos lábios. Ele repete os escribas e fariseus criticados por Jesus – que eram como sepulcros caiados, limpos por fora, mas cheios de substâncias podres por dentro, segundo Mateus, 23.

O pacifista superficial trata de imitar da melhor maneira possível o suposto comportamento externo e o olhar sublime dos santos, tal como aparecem nos retratos das igrejas. Esse enfoque evita comodamente proteger a verdade contra a mentira ou a justiça contra a opressão, alegando que “a iluminação espiritual transcende as ilusões dualistas”.

A Mitologia da Religião Convencional

As religiões dogmáticas se alimentam da credulidade humana, e se apóiam em mitos que lhes dão aparência de legitimidade. O ensaio de Sigmund Freud intitulado O Futuro de Uma Ilusão descreve os mitos religiosos dos últimos séculos como algo que não foi inteiramente inocente, da parte de certas “lideranças espirituais”, mas sim desenhado para dominar multidões através do dogma.

É bom que se diga que Jesus, Buda e outros grandes instrutores foram hereges em seu tempo e jamais fundaram religiões baseadas em crença cega e ritual.
A lógica do poder e o apego à rotina engolem e destroem o quanto podem da sabedoria divina. Normalmente, depois de um grande instrutor, surge uma religião burocratizada, com seus numerosos mecanismos corporativos. A tradição institucionalizada produz a traição ao espírito do ensinamento original. O movimento teosófico moderno não é uma exceção à regra, mas há hoje um pequeno núcleo de teosofistas − espalhados por quinze países − que mantém viva a proposta original de trabalho, formulada entre 1875 e 1891.

Falando dos tempos já passados em que a religião da credulidade dominava absoluta, Freud, o polêmico criador da psicanálise, avalia:

“É duvidoso que os homens tenham sido em geral mais felizes na época em que as doutrinas religiosas dispunham de uma influência irrestrita; mais morais, certamente não foram. Sempre souberam como externalizar [como tornar algo exterior, situado fora do ser humano] os preceitos da religião e anular assim suas intenções. Os sacerdotes, cujo dever era assegurar a obediência à religião, foram ao seu encontro nesse aspecto. A bondade de Deus põe uma mão refreadora à sua justiça. Alguém peca; faz depois um sacrifício ou se penitencia, e fica livre para pecar de novo. (...) Assim, concluíram: só Deus é forte e bom; o homem é fraco e pecador. Em todas as épocas, a imoralidade encontrou na religião um apoio não menor que a moralidade.” [6]

As religiões patriarcais – que cultuam um deus-pai ameaçador e justificam a morte e a violência – constituem para Freud uma neurose coletiva, uma psicopatologia:

“Assim, a religião seria a neurose obsessiva universal da humanidade; tal como a neurose obsessiva das crianças, ela surgiu do complexo de Édipo, do relacionamento com o pai.(...)” [7]

Ao definir como ilusões neuróticas as poderosas religiões monoteístas do século 20, Freud não encarava o termo religião no seu sentido original e etimológico, que vem do latim religare e significa a religação do mundo humano com o mundo divino.

A nova religiosidade, que surge hoje livre das ilusões institucionalizadas, é um processo que se constrói com base em alguns princípios básicos e universais, no bom senso e na experiência direta de cada um, mas não na mera crença.

O cidadão do século 21 busca a sabedoria em uma caminhada coletiva e solidária, em comunhão com outros seres. Mas isso não autoriza a construção de dogmas. A comunhão visa a troca de experiências úteis e também a ajuda mútua – duas coisas moralmente belas e indispensáveis em qualquer etapa ou aspecto da vida.

Desse modo, a nova religiosidade do século 21 pode abandonar esse nome e ser chamada de ciência. Ou de psicologia. Ou simplesmente de filosofia da espiritualidade não-dogmática. Porque ela não está presa a nomes ou rótulos, mas é uma realidade viva, dinâmica, mutável na forma, que pode ser denominada de maneiras diferentes.

A Pedagogia de Paulo Freire

A espiritualidade não-dogmática não aceita crenças ou recomendações cegas, mas é, ao invés disso, um processo vivo de aprender e de ensinar.

Mesmo sem usar em momento algum o rótulo de espiritual ou de religioso, o pensador brasileiro Paulo Freire propõe em suas obras sobre pedagogia uma atitude mais eficaz diante do aprender e do ensinar.

Sua abordagem é de grande utilidade para a arte de viver corretamente. Ele escreveu:

“Outro saber necessário à prática educativa, e que se funda na mesma raiz que acabo de discutir – a da inconclusão do ser humano que se sabe inconcluso – é o que fala do respeito devido à autonomia do ser do educando. Do educando criança, jovem ou adulto. Como educador, devo estar constantemente advertido com relação a esse respeito, que implica igualmente o respeito que devo ter por mim mesmo. Não faz mal repetir afirmação várias vezes feita nesse texto – o inacabamento de que nos tornamos conscientes nos faz seres éticos. O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros. (...) O professor que desrespeita a curiosidade do aluno, o seu gosto estético, a sua inquietude (...) o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que ‘ele se ponha no seu lugar’ ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento do seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, esse professor transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência.” [8]

O pensamento de Paulo Freire permite examinar melhor os mitos e as ilusões do chamado movimento esotérico. Algumas pessoas têm a impressão de que a espiritualidade é algo que se transmite mecanicamente de quem sabe para quem não sabe. Deste ponto de vista, aquele que tem o conhecimento deve ser ativo no processo, e quem não sabe deve ser apenas passivo e receber a ação, obedecendo cegamente. Essa premissa é falsa. Quando ela é aceita, a caminhada é feita sobre a base da ilusão.

Desde o início, aquele que sabe mais deve se colocar como um auxiliar daquele que sabe menos. Aquele que sabe menos é, na verdade, o centro e o autor do processo de aprendizagem, e não pode ser artificialmente colocado na periferia da sua própria caminhada.

O Papel do Bom Senso na Busca

É possível dizer que o nosso “estado de vigília” é, na verdade, feito de sonhos. E que, mesmo quando pensamos estar acordados, na verdade nos relacionamos sobretudo com as imagens que temos das coisas, como em um sonho. Temos poucos momentos de lucidez total, em que vemos as coisas como elas são e dentro de um horizonte muito mais amplo que o curto prazo pessoal.

O ser humano dorme, do ponto de vista da espiritualidade mais elevada. Ele ainda não despertou para um modo mais maduro de ver o mundo. Sua visão do mundo é feita de sonhos ou mitos criados por ele mesmo, ou que ele aceita como se fossem realidade, porque lhes foram apresentados e impostos como tal. Ele os chama de “realidade”, mas, desde outro ponto de vista, as mesmas descrições do mundo podem ser reconhecidas como imaginação ou fantasia.

Como encontrar, então, o caminho da verdade? E como avançar por ele?

Estas duas perguntas são sempre atuais. Não há um modo simples de responder a elas. Mas sabemos que, para trilhar o caminho do autoconhecimento, é necessário ter bom senso. Para quem deseja achar a verdade, existe uma filosofia antiga e multidisciplinar que ensina a conhecer simultaneamente a si mesmo e ao universo. É preciso que o indivíduo seja seu próprio mestre, e que seja o aluno da sua consciência, isto é, um discípulo leal da “voz da razão” em seu próprio interior. É ouvindo essa voz que ele se libertará das armadilhas da ignorância e dos mitos que a sustentam, quer eles tenham sido criados por si mesmo ou por outrem.

Em relação à presença da voz da razão na consciência individual de cada ser, Freud escreveu, usando a palavra “intelecto” no seu sentido clássico, de “inteligência elevada”:

“A voz do intelecto é suave, mas não descansa enquanto não consegue uma audiência. Finalmente, após uma incontável sucessão de derrotas, obtém êxito. Esse é um dos poucos pontos sobre os quais se pode ser otimista a respeito do futuro da humanidade, e, em si mesmo, é de não pequena importância.” [9]

Aquele que cria as ilusões deve eliminá-las, e esse é o caso de cada um de nós. O momento em que vamos considerar necessário melhorar nossa dieta, praticar exercícios ou ler e meditar diariamente sobre assuntos teosóficos só pode surgir como algo natural. Não deve ser resultado de imitação, de obediência ou de sujeição a uma autoridade externa.

Se não descobrirmos a sabedoria dentro de nós, de nada adiantará buscar fora. Mas quando descobrirmos a paz dentro de nós mesmos, qual a necessidade de procurá-la ansiosamente no mundo externo?

O essencial é invisível aos olhos, mas pode ser encontrado dentro de nós.

Depois que isso acontece, doamos da nossa paz ao mundo sem que ela perca a sua força dentro de nós, assim como uma chama acende outra chama sem perder coisa alguma da sua própria luz.

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NOTAS:

[1] Poema número IX em “Cânticos”, de Cecília Meireles, Editora Moderna Ltda., SP, 1983.

[2] “Três Caminhos Para a Paz Interior”, Carlos Cardoso Aveline, Ed. Teosófica, Brasília, 2002, 191 pp. Veja o final da p. 132.

[3] Citado em “365 Zen Daily Readings”, edited by Jean Smith, obra de 392 páginas publicada por HarperSanFrancisco em 1999, Nova Iorque, EUA, ver p. 105.

[4] Sobre as cinco ilusões citadas, veja o livro “Três Caminhos Para a Paz Interior”, obra citada, pp. 135-138.

[5] “Três Caminhos Para a Paz Interior”, obra citada, pp. 34-35.

[6] “O Futuro de Uma Ilusão”, Sigmund Freud, Ed. Imago, RJ, 1997, 87 pp., ver p. 60.

[7] “O Futuro de Uma Ilusão”, obra citada, p. 69.

[8] “Pedagogia da Autonomia”, Paulo Freire, Ed. Paz e Terra, ver pp. 65-66. Outro trecho importante dessa obra está à p. 59 (“Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado”). Todo o capítulo um, “Não Há Docência Sem Discência”, propõe uma relação entre educador e aluno – “mestre” e “discípulo” – em que o clima deixa de ser propício para as ilusões, mas, em compensação, dá lugar a um realismo prático e a uma capacidade de duvidar respeitosamente que aumentam muito a eficácia da busca da verdade. Um simples exame do Índice dessa obra mostrará como encontrar enfoques fundamentais sobre o papel da esperança, da alegria, da generosidade, da curiosidade, da liberdade, da autoridade e do saber escutar, no processo de aprendizagem.

[9] “O Futuro de Uma Ilusão”, obra citada, p. 83.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Vamos Re-encantar o Mundo!


Jovens e adultos, crianças e velhos de coração vivo, recusamos acreditar que a vida tenha que ser tão besta como nos tem sido apresentada. Um mundo em que todos têm que rosnar uns para os outros, e cumprir metas cinzentas, que ninguém sabe quem estabeleceu – nem a que levam.

Acontece que o suco da realidade está além do que pode ser reduzido a peso, medida, preço. Isso é só o esqueleto. Viramos um mundo de roedores de ossos. Queremos mais que isso. Podemos mais!

Salvar Galileu e queimar Giordano Bruno deu numa civilização manca. Mas nós não embarcamos na viagem dos céus vazios e silenciosos (Nietzsche). Assumimos nossa porção índia e suas lições, e estamos vendo que o Universo é inteligente, e que todos os seres se comunicam em existência e em sentido. Tudo tem alma, sentido, consciência, intenção. Tudo dialoga com o ser humano, se este quiser escutar.

Encantamento! Não, não falamos de simulacros, de sonhos enlatados disneyanos pintados em paredões sem vida, nem de telinhas fosforescentes numa vida-prisão. Falamos de consciência aguda do Momento e do Lugar. Você frente a frente com as coisas, cara a cara com a Vida. Vendo mundos em grãos de areia, e um céu numa flor do mato (William Blake).

Sábio é quem com tudo se espanta (André Gide). Gente como Goethe e Aristóteles via aí o princípio de toda Ciência; você acha bobagem?

Olhos de criança ávida de conhecer o mundo! Todo Ser Humano é capaz de se encantar... e de em seguida reencantar o mundo. Com mãos de Amor!

É sério: só com profissionais encantados teremos mundo onde valha a pena viver. Não só os artistas e cientistas. Para o professor, é óbvio, essa é a primeira condição. Mas não basta o DELÍRIO RESPONSÁVEL, precisa chegar ao hardcore dos que fazem este mundo: engenheiros, advogados, administradores... Até que o sonho realize cidades menos irracionais, até que os funcionários dos três setores suicidem essa violência estéril chamada burocracia, até o último juiz enxergar que condicionar Justiça a "excelências" e "meritíssimos" é opressão indigna de subsistir num mundo digno de subsistir. Até que todas as relações humanas tenham rosto humano de novo.

Felicidade, sim!, como objetivo da sociedade! Economia, Desenvolvimento, Técnica, Poder como meios, jamais como razão das nossas escolhas. Servos da felicidade de todos os seres.

O que é preciso... é cultivar nosso jardim (Voltaire). Ser Humano e Natureza parceiros, mundo e vidas construídos como Arte. Dançar ao produzir... e dançar por dançar! Uma Ética nascida não de regras, mas da percepção do brilho nos olhos do outro. Humor, sempre – mas nunca sem Amor.

Mirantes em toda parte como investimento: afinal, sou do tamanho do que vejo, e não do tamanho da minha altura (Fernando Pessoa). A cidade está produzindo multidões sem visão – e a solução não está em “líderes sábios”, pois podemos ser um povo inteiro de sábios. Visão e maravilhamento para todos!!!

Não, não adianta disfarçar: jamais haverá encanto verdadeiro enquanto for privilégio de poucos! Basta da falsidade do tal "princípio do proveito próprio" (Adam Smith), com sua mãozinha tão invisível quanto vendida, que construiu o inferno atual. Somente a ação altruísta é verdadeiramente humana! E diferente do engano oitocentista que ainda nos sufoca, a colaboração foi sempre mais decisiva para a evolução que a competição.

ENCANTAMENTO PARA TODOS pode salvar você do tiroteio: muros e grades jamais.

Sabemos como. Balas não voam sozinhas: seres humanos apertam gatilhos – porque seu olhar só aprendeu a ver monstros e carros reluzentes. Mas no meio do tiroteio colhemos flores – e plantamos. Contra a Cultura do Medo usamos a Magia da Verdade, e fazemos ver que nenhum ser humano é apenas monstro – nem dentro nem fora dos carros. Ainda no meio do caos recuperamos o poder de encantar-se com estrelas, botões de flores, botões de gente.

Devolver às mentes as imagens seqüestradas do Bom, do Belo, do Justo, do Verdadeiro. Não, não é babaquice: ao cinismo tratamos com sua própria receita: mandamos embora, pois nunca nos deu nada que valesse a pena. Que acima de tudo se devolva a cada Ser Humano o seu direito máximo: a chance verdadeira de desenvolver livremente seus potenciais. Sobretudo, é claro, no nível do SER, porém sem negar a justíssima, enquanto modesta, importância do Ter.

ENCANTAMENTO PARA TODOS pode salvar você e seus filhos do tiroteio: muros e grades jamais.

Sabemos como. Apóie este impulso e demonstraremos sua realização – no tempo que você quiser: um dia, dois anos, três décadas, uma civilização.

Começar a reencantar-se e a reencantar o Mundo: quem pode é VOCÊ!

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Este foi um manifesto da Campanha "O REENCANTAMENTO DO MUNDO", lançada pela TRÓPIS em São Paulo.

sábado, 8 de maio de 2010

Nosso Lar

Baseado na obra de Chico Xavier

Ao abrir os olhos, André Luiz sabe que não está mais vivo - embora sinta fome, sede, frio, ele percebe que não pertence mais ao mundo dos encarnados. Ao seu redor, uma planície escura, desértica, tenebrosa, marcada por gritos e seres que vivem à sombra. As dúvidas e as dores intesificam-se. Que destino seria esse? A trajetória deste médico bem-sucedido pelo mundo espiritual é a historia de Nosso Lar. Após o sofrimento nessas zonas purgatoriais, ele é levado para a cidade que intitula o filme. Novas lições e conhecimentos, marcados ainda por momentos de dor e sofrimento, estão no caminho deste homem, que enquanto aprende como é a vida em outra dimensão, tamb´me anseia em voltar à Terra e rever a família. Só que, ao conseguir ver seus entes queridos, André Luiz percebe a grande verdade - a vida continua para todos.



domingo, 11 de abril de 2010

GUERREIROS DO ARCO-ÍRIS

Por Gustavo Gallo Bolzani


Segundo Carl Gustav Jung, os mitos são manifestações dos arquétipos, eles são expressões do inconsciente coletivo e podem revelar dramas internos e inconscientes da natureza da psique. Além de expressar simbolicamente dramas coletivos vividos pela humanidade, um mito pode ter caráter profético. Ao longo da história humana as profecias serviram de grande impulsor e inspirador para reformas no espírito humano e nas ordens sociais vigentes.

Há um mito indígena da tribo dos Cree que retrata bem a realidade atual, e parece estar se cumprindo.

"Havia uma velhinha, chamada 'Olhos de Fogo', que profetizou que um dia, por causa da ambição dos homens brancos (ou Yo-ne-gis), chegaria uma época em que os peixes morreriam nos regatos, os pássaros cairiam do ar, as águas estariam escurecidas e as árvores não mais existiriam. A humanidade, como a conhecemos, teria cessado de existir.

Teria chegado a época em que os guardiões das lendas, estórias, rituais das culturas e mitos, e todos os costumes dos povos tribais ancestrais seriam necessários para nos restaurar a saúde. Eles seriam a chave para a sobrevivência da humanidade. Eles seriam os 'Guerreiros do Arco-Íris'. Haveria chegado um tempo de despertar quando todos os povos de todas as tribos iriam formar um novo mundo de Justiça, Paz, Liberdade e reconhecimento do Grande Espírito.

Os "Guerreiros do Arco-Íris iriam espalhar estas mensagens e ensinar a todos os povos da Terra (Elohi)". Eles iriam ensinar ao mundo como viver o "Caminho do Grande Espírito". Eles iriam dizer como o mundo de hoje se voltou para longe do "Grande Espírito" e que teria sido por isso que a Terra estava doente".

É chegado o tempo!! É tempo de ação, o novo mundo profético que nos aguarda, a salvação da humanidade está em nossas mãos, em nossas ações.

Agora é o tempo, agora é o único tempo. O futuro depende do que é feito agora, neste minuto, enquanto lemos este texto.Saiam de suas casas, levem a mensagem aos nossos irmãos, digam não aos valores instituídos, vamos mudar nossos hábitos, nossos valores, nossas metas.

O mundo não suporta mais a humanidade tal como está. O homem age como um câncer sobre a Terra, se reproduzindo e consumindo tudo o que encontra pela frente, e na tentativa desesperada de se perpetuar não percebe que está acabando com as condições para a sua própria vida.

Não espere que o cinturão de fótons bata em sua cabeça e mude tudo do dia para a noite, a revolução é interna, é primeiramente pessoal, para atingir o coletivo. O momento é agora!

Sejamos os Guerreiros do Arco-Íris.

"Seja a mudança que deseja ver no mundo".
(Mahatma Gandhi)

Espirais

"A vida é como uma espiral e não como uma linha reta. Passado e futuro se encontram em um infinito presente"

A espiral é a essência do mistério da vida. Assim como se centra, ela também para, se encontra, se retorce e, então, desce e sobe novamente em graciosas curvas. O tempo se retorce em torno de si mesmo, trazendo os ecos e vibrações enquanto que os caminhos vivos da espiral passam próximos um do outro. A vida corre por estradas sinuosas, os seres se encontram em determinados pontos de suas caminhadas, se entrelaçam, se afastam, partem, retornam às origens. O ponto de partida também é o ponto de chegada trazendo-nos a questão do retornar sempre, reencontrar-se e se renovar.

As espirais também circulam dentro de nós, a energia circula em espiral, é onde a matéria e o espírito mais perfeitamente se encontram, e o tempo, por ele mesmo, não existe. Os nativos lembram as diversidades da vida e dos caminhos, e não compreendem o mundo de forma linear, o seguir em frente em uma única direção como se a vida fosse uma linha reta traçada entre um ponto de início e um de término. O destino é sempre ir além. O grande desafio de todo ser, por natureza um guerreiro trilhando as estradas das espirais da vida, é essa busca, é o retorno, é a partida, é caminhar em círculos/ciclos assim como caminha a natureza, pois somos parte dela. É fazer girar a roda do tempo, não nos prendendo em nenhum ponto em específico porque, assim, podemos vislumbrar os mais diversos pontos que compõem a espiral.

Sobre as formas espiraladas e circulares, Alce Negro, dos Oglala Sioux coloca o seguinte: "Tudo que o poder do mundo faz é feito em círculo. O céu é redondo, e tenho ouvido que a terra é redonda como uma bola, e assim também o são as estrelas. O vento, em sua força máxima, rodopia. Os pássaros fazem seus ninhos em círculos, pois a religião deles é a mesma que a nossa. O sol nasce e desaparece em círculo em sua sucessão, e sempre retornam outra vez ao ponto de partida. A vida do homem é um círculo, que vai da infância até a infância, e assim acontece com tudo que é movido pela força. Nossas tendas eram redondas como os ninhos das aves, e sempre eram dispostas em círculo, o aro da nação, o ninho de muitos ninhos, onde o Grande Espírito quis que nós chocássemos nossos filhos".

Para os antigos celtas essa é toda a essência do mistério da vida. O circular, o espiralado. O tempo, uma das triplas linhas tão importantes para o imaginário celta, se retorce em torno de si mesmo. Os astecas achavam que certas flores que tinham em seu centro espirais, eram a alegria do mundo, mostrando o ciclo do sol, quando nasce e se põe, as estações, solstícios, ciclos assim como a vida dos homens. Os orientais falam da kundalini, do fluxo de uma energia em espiral, dos redemoinhos energéticos que perambulam nossos corpos.

Como vórtex de energia, as espirais encontradas em vestígios antigos expressavam um entendimento do cosmos, da energia vibrante, da vida, ou o seu contrário. Tradicionalmente, os ancestrais compreenderam que espirais no sentido horário representavam o nascer, o sol, a vida, o mundo de cima, a transformação pelas experiências exteriores. Para o sentido anti-horário, representavam a lua, a morte, o outro mundo, o mundo de baixo, o mundo dos sonhos e alucinações, intuição, as experiências transformadoras vindas do nosso interior. Para os hindus, o que no nosso mundo terrestre era no sentido anti-horário, para a esquerda, no mundo de baixo, no outro mundo, correspondia ao sentido horário. Hoje sabe-se que esses simbolismos expressam as funções cerebrais, o lado esquerdo do cérebro regula o lado direito de nosso corpo, o lado direito regula o lado esquerdo do corpo. Nem bom, nem mal, apenas diversidades que compõe o universo, uma perfeita simbiose, uma perfeita composição de energias.

Se vermos vários locais sagrados dos antepassados, desde o paleolítico, em qualquer parte do mundo, notaremos sempre a compreensão circular e espiralada. A espiral é a energia vital, é a energia em movimento, é a própria jornada.

Mensagem dos Anciãos da tribo Hopi (Oraibi, Arizona - 2001)


Vocês têm dito às pessoas que essa é a décima primeira hora. Agora você deve voltar e dizê-las que esta é A HORA. E há coisas a serem consideradas:

Onde você está vivendo?

O que está fazendo?

Quais são seus relacionamentos?

Você está na relação certa?

Onde está sua água?

Conheça seu jardim

É a hora de falar sua verdade. Crie sua comunidade. Sejam bons uns com os outros. E não olhe pra fora de você à procura de um líder.

(O ancião juntou as mãos, sorriu e continuou:) Esta será uma boa época!

Existe um rio que está fluindo agora muito rapidamente.Ele é tão grande e rápido, que algumas pessoas ficarão com medo.Elas vão tentar se agarrar às margens, vão sentir como se estivessem sendo despedaçados, e vão sofrer intensamente.

Saibam que este rio tem seu destino.

Os anciãos dizem que precisamos nos soltar das margens e nos empurrarmos para o meio do rio.

Mantenha seus olhos abertos e suas cabeças acima da água.

E eu digo: olhe para quem está lá com você e celebre.Nessa hora da história, não devemos considerar nada pessoalmente, muito menos nós mesmos, pois no momento em que o fizermos, nosso crescimento espiritual e nossa jornada se interromperão.

O caminho do Lobo Solitário terminou. Unam-se.

Bana a palavra "luta" de suas atitudes e vocabulário.

Tudo o que fizermos agora precisa ser feito de maneira sagrada e em celebração.

Nós somos aqueles por quem temos esperado.

Pérolas do Caminho Sagrado


A sabedoria que se "perdeu" com a matança indiscriminada dos Índios norte-americanos é incalculável. Podemos ver em suas tradições um amálgama do Hermetismo, Hinduísmo, Taoísmo, Budismo, Cristianismo e Espiritismo DE PRIMEIRA:


"Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos. Tudo está ligado, como o sangue que une uma família. Tudo está ligado. Tudo o que acontece à terra acontece aos filhos da terra. O homem não teceu a rede da vida, ele é só um dos seus fios. Aquilo que ele fizer à rede da vida ele o faz a si próprio".


Chefe Seattle (1856)


"Vocês devem ter notado que tudo o que o índio faz movimenta-se em círculo ou tem forma de círculo. O Poder do Mundo trabalha sempre de forma circular e tudo tende a ter a perfeição do círculo. O céu é redondo e a terra também, bem como as estrelas. O vento rodopia e os pássaros constroem seus ninhos de forma circular; as leis deles são semelhantes às nossas. Até mesmos as estações seguem uma grande roda nas suas mudanças, voltando sempre ao ponto de partida. A vida do homem é um círculo: de uma infância à outra. E assim é em tudo onde o poder se movimenta".

Alce Negro (1863-1950) Xamã Oglala Sioux



"Os pensamentos são como flechas, uma vez lançadas alcançam o seu alvo. Seja cauteloso ou poderá um dia ser sua própria vítima".


Provérbio Navajo



"No princípio de todas as coisas, Tirawa, o Criador, deu a sabedoria e conhecimento aos animais. Ele enviou certos animais para contar aos homens os mistérios das estrelas, do sol e da lua. Para Tirawa todas as coisas no mundo são duais. Em nossas mentes nós somos dois, bom e mal. Com nossos olhos nós vemos duas coisas, coisas que são bonitas e coisas que são feias... Nós temos a mão direita que golpeia e traz mal, e nós temos a mão esquerda cheio de generosidade, e que sempre está mais próxima ao coração. Um pé pode nos conduzir a pelo mau caminho, o outro pé pode nos conduzir ao bom. Assim são todas as coisas".

Letakos Lesa (Águia Noturna) Chefe Pawnne



"Não basta falar sobre a paz, é preciso pensar, sentir, agir e viver em paz".


Provérbio Shenandoah


"Eu sou o vento que viaja de uma direção para outra, carregando e distribuindo as sementes da vida. Feito a neve, as minhas sementes desaparecem na terra reaparecendo sob uma nova forma. Eu sou o grito do recém nascido que sente a primeira dor da separação. Eu sou o grito de toda a vida que alcança o mistério da verdadeira consciência. Eu sou o eterno. Agora da criação, eu Sou o Espaço através do qual viaja o tempo. Através de mim você experimenta os dons da reflexão, esperança, sabedoria e assim você poderá conhecer a si mesmo. Conhecer-se como Criador e criatura, menor que um grão de poeira e tão grande quanto o Deus que você louva".

Chefe Archie Fire Lame Deer



"Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderar. Não ande na minha frente, talvez eu não queira seguí-lo. Ande ao meu lado, para podermos caminhar juntos".


Provérbio Ute


"O que importa se uma vasilha é preta e outra é branca se o desenho delas é perfeito e servem para a mesma finalidade?".


Provérbio Hopi


"Todos os pássaros, até mesmo os da mesma espécie, não são semelhantes, e o mesmo ocorre com outros animais e com os seres humanos. A razão que o Grande Espírito não fez dois pássaros, ou animais, ou seres humanos idênticos é porque cada um foi colocado aqui por Wakan Tanka para ter uma individualidade independente e confiar em si mesmo".


Atirador, dos Sioux Teton


"...tudo na terra tem um propósito, cada doença uma erva para curar , cada pessoa uma missão a cumprir. Esta é a concepção dos índios sobre a existência...".


Christine Quintasket (índia Salish) 1888-1936



"Você deve viver sua vida do início até o fim, pois ninguém mais pode fazer isto por você".


Provérbio Hopi


"Lembre-se que seus filhos não são sua propriedade, eles foram apenas confiados à sua guarda pelo Grande Espírito".


Provérbio Mohawk


"Não julgue seu vizinho até andar duas luas nos mocassins dele".


Provérbio Cheyenne


"As leis dos homens mudam de acordo com o seu conhecimento e compreensão. Apenas as leis do Espírito permanecem sempre as mesmas".


Provérbio Crow



"Quanto mais esperto o homem se julga, mais precisa de proteção divina para defender-se de si mesmo".


Provérbio Seneca

"A Terra é a Mãe de todos e todos os homens deveriam ter direitos iguais para se nutrir d'Ela. Esperar que um homem nascido em liberdade possa aceitar ser confinado ou proibido de ir aonde quiser é tão impossível quanto esperar que os rios corram ao contrário".


Joseph (1830-1904) Chefe da tribo Nez Percé

"Nós não queremos riquezas, só queremos criar direito nossas crianças. Riquezas não nos fariam bem nenhum bem. Nós não podemos leva-la conosco para o outro mundo. Nós não queremos riquezas. Nós queremos paz e amor".


Mahpiua Luta (Nuvem Vermelha), Chefe dos Sioux Oglalas Teton

"Soube que pretendem colocar-nos numa reserva perto das montanhas. Não quero ficar nela. Gosto de vagar pelas pradarias. Nelas me sinto livre e feliz; quando nos estabelecemos, ficamos pálidos e morremos. Pus de lado minha lança, o arco e o escudo, mas me sinto seguro na sua presença. Disse-lhes a verdade. Não tenho pequenas mentiras ocultas em mim, mas não sei como são os comissários. São francos quanto eu? Há muito tempo, esta terra pertencia aos nossos antepassados; mas quando subo o rio, vejo acampamentos de soldados em suas margens. Esses soldados cortam nossa madeira, matam nosso búfalo e, quando vejo isso, meu coração parece partir; fico triste... Será que o homem branco se tornou uma criança que mata sem se importar e não come o que matou? Quando os homens vermelhos matam a caça, é para que possam viver e não morrer de fome".


Satanta, chefe dos Kiowas


"Quando povos entram em choque, é melhor para ambos os lados reunirem-se sem armas e conversar sobre isso, e encontrar algum modo pacífico de resolver".


Sinte-Galeshka (Cauda Pintada), dos Sioux Brulés

"De Wakan Tanka, o Grande Mistério, vem todo o poder. Por causa de Wakan Tanka é que o homem sagrado tem sabedoria e poder para curar e fazer feitiços sagrados. O homem sabe que todas as plantas que curam são dadas por Wakan Tanka; por isso elas são sagradas. Assim também o búfalo é sagrado, porque é um presente de Wakan Tanka. O Grande Mistério deu aos homens todas as coisas para comer, vestir e o bem-estar. E ao homem ele deu o conhecimento de como usar essas dádivas, como encontrar as plantas sagradas que curam, como caçar e cercar o búfalo, como conhecer a sabedoria. Pois tudo provém de Wakan Tanka, tudo. Ao Homem Sagrado é dado na juventude o conhecimento de que ele será sagrado. O Grande Mistério o faz saber disso. Por vezes, são os Espíritos que lhes falam. Os Espíritos não aparecem apenas em sonhos, mas também quando o homem está desperto. Quando um Espírito chega, pareceria como se um homem estivesse lá, mas quando este "homem" acabou de falar e se põe a andar de novo, ninguém pode ver onde ele vai. Assim são os Espíritos. Com os Espíritos, o Homem Sagrado pode dialogar intimamente e lhe ensinar coisas sagradas. O Homem Sagrado vai para uma tenda solitária e jejua e ora. Ou vai para a solidão das montanhas. Quando retorna aos homens, ele lhes conta e ensina o que o Grande Mistério lhe mandou falar. Ele aconselha, cura e faz feitiços sagrados para proteger as pessoas de todo mal. Grande é o seu poder e muito ele é reverenciado; seu lugar na tenda é de honra".


Maza Blaska (Pedaço de Ferro Liso), Chefe Oglala Sioux

"As tradições de nossas pessoas são passadas de pai para filho. Para ser Chefe é considerado que ele seja o mais instruído, o líder da tribo. Porém, o Xamã tem mais inspiração. É ele que está em comunhão com espíritos... Ele cura o doente com as suas mãos, preces, encantamentos e cantos divinos. Ele infunde vida nova no paciente, ao executar a sua prática mágica com o seu coração puro e imaculado...".


Sarah Winnemucca (índia Paiute) 1844-1891

"A preparação para a cura requer um período especial de jejum, oração, renúncia, agradecimentos, sacrifício, exercícios devocionais. O propósito é vencer as paixões da carne e fortalecer o espírito. A abstinência e o rigor físico limpam o corpo e a concentração mental purifica a mente, alinhando assim a matéria e o espírito. Desta forma a mente individual pode entrar em contato com o poder de cura do Grande Espírito".


Wooden Leg (séc. 19) Xamã Cheyenne

"Quando compreendermos profundamente a verdade dos nossos corações saberemos louvar, amar e agradecer ao Grande Espírito".


Provérbio Oglala Sioux

"Você consegue experimentar o poder e não se perder no processo? Dizem que poucos completam sua jornada de iniciação... Muitos param ao longo do caminho e ficam satisfeitos em ser curandeiros. Tornam-se donos de si mesmos. E há os que caem na armadilha do poder. Perdem-se ao longo do caminho".


Don Antonio Morales Baca (Paq'o Kero) 1902-1985


Por fim, homenageando também a sabedoria de nossos irmãos do Sul:


"Todos os homens e mulheres tem um futuro, mas poucos têm um destino".


Provérbio Andino




CÓDIGO DE ÉTICA DOS INDÍGENAS NORTE-AMERICANOS


Existem muitas variações deste código pela internet, a maioria com atribuições anônimas. A fonte mais antiga que podemos achar, no momento, para o Código de Ética é de 1982, da Four Worlds Development Project (Universidade de Lethbridge, Alberta), fundado por Phil Lane Jr, um membro das nações Yankton Dakota e Chickasaw. Outra versão mais elaborada foi publicada pelo "Inter-Tribal Times" em outubro de 1994. Como o código é uma tradição oral, sujeita a variações, vejamos a versão mais antiga, de 1982:

1. Dê graças ao Criador toda manhã após acordar e toda noite antes de dormir.

2. Busque a força e a coragem para ser uma pessoa melhor.

3. Mostrar respeito é uma lei fundamental da vida.

4. Respeite a sabedoria das pessoas reunidas em um Conselho. Uma vez que você dá uma idéia, ela não mais pertence a você; pertence a todo mundo.

5. Seja verdadeiro a toda hora.

6. Sempre trate seus convidados com honra e consideração. Dê sua melhor comida e confortos para seus convidados.

7. A mágoa de um é a mágoa de todos. A honra de um é a honra de todos.

8. Receba estranhos e pessoas de fora amavelmente.

9. Todas as raças são filhas do Criador e devem ser respeitadas.

10. Servir outros, ser de valia à família, comunidade, ou nação é um dos propósitos principais para o qual as pessoas foram criadas. A felicidade verdadeira vem para aqueles que dedicam suas vidas para o serviço aos outros.

11. Observe moderação e equilíbrio em todas as coisas. Saiba das coisas que levam ao seu bem-estar e das coisas que levam a sua destruição.

12. Escute e siga a direção dada pelo seu coração. Espere esta direção de muitas formas: Em orações; Em sonhos; Em solidão; E nas palavras e ações de Anciões e amigos.


"Yata Hey"

domingo, 28 de março de 2010

A intervenção de ETs nos processos de cura espiritual

A mais nova organização não governamental ufológica brasileira, o Instituto Galileo Galilei de Pesquisas Avançadas Sobre Vida Extraterrestre (IGG), nasceu em maio passado com uma missão ao mesmo tempo fantástica e ambiciosa: ir além do que as organizações do gênero foram até hoje. Tendo em mãos os resultados destas seis décadas de investigação da presença alienígena na Terra, a nova ONG adota uma nova e revolucionária forma de se fazer Ufologia. O objetivo do IGG é buscar, encontrar e estabelecer relacionamento com formas de vida e de inteligências avançadas que visitam a Terra. Para tanto, a entidade usará, de maneira organizada e concatenada, todas as modalidades de conhecimento já adquiridas por nossa espécie, acadêmicas ou não, porque considera que o segredo para se atingir seus objetivos possa estar justamente na transdisciplinaridade dos meios usados. Neste aspecto, a Ufologia que se pratica hoje será “apenas” uma das ferramentas do novo processo.

Está implícito entre as propostas do Instituto Galileo Galilei de Pesquisas Avançadas Sobre Vida Extraterrestre (IGG) o que será preciso para seus integrantes desempenharem e obterem sucesso na tarefa, e o fator primordial é mente aberta, porém segura e consciente, com a flexibilidade e o bom senso para a percepção das várias facetas dos fenômenos decorrentes e relacionados aos UFOs, em todo o contexto da evolução cognitiva humana. Além de ter a compreensão de que esta evolução gradativa vem apontando a iminência de um contato final e aberto entre civilizações deste e de outros mundos, que esta já vem ocorrendo de modo velado há muito tempo. Em tais condições, é fundamental o emprego de tantas disciplinas e conhecimentos – ortodoxos ou não – que, somados, possam oferecer mais recursos para se conhecer as intenções das espécies cósmicas que nos visitam. A procura por estes “fornecedores de conhecimento” se dará, sobretudo, nas disciplinas científicas mais afins à Ufologia, mas não será restritiva a elas, uma vez que todo tipo de saber é válido.

O Instituto Galileo Galilei de Pesquisas Avançadas Sobre Vida Extraterrestre (IGG) procurará agregar estudiosos que lidam ou possuem conhecimentos sobre entidades terrestres e não terrestres, materiais e não materiais, dentro do conceito da multiplicidade de mundos onde a vida inteligente é perceptível nos seus vários níveis de possibilidades. A nova proposta também leva em consideração o fato, já demonstrado, de que as diversas dimensões físicas e matemáticas teorizadas no passado pela ciência são hoje uma realidade. Que a existência do cosmos e seus complexos meios de transformação da matéria, entremeados por incontáveis regras e possibilidades, são a prova desta multidimensionalidade da existência. Falta-nos tão somente a ligação definitiva entre o que já se sabe e o que ainda se precisa saber, que podemos chamar de “nova ciência”.

Nos seus lampejos de profundo raciocínio, Albert Einstein não só já entendia esta realidade como também, da forma que lhe era própria, tacitamente já previa a necessidade da ciência buscar novas formas de entendimento da existência humana. Num breve discurso sobre sua visão do mundo, o grande cientista do século passado disse que “O espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe sem a religiosidade cósmica. Mas o sábio, bem convencido da lei de causalidade de qualquer acontecimento, decifra o futuro e o passado submetidos às mesmas regras de necessidade e determinismo. A moral não lhe suscita problemas com os deuses, mas simplesmente com os homens”.

Algumas espécies de seres extraterrestres estariam interagindo com médiuns para auxiliá-los no tratamento de enfermidades humanas

Por tudo o que constitui a ambiciosa, mas realista, missão do Instituto Galileo Galilei de Pesquisas Avançadas Sobre Vida Extraterrestre (IGG), algumas pessoas do universo científico ortodoxo brasileiro, assim como outras de áreas holísticas, já foram atraídas pela idéia e se mostraram tão abertas quanto necessárias à nova entidade, pela quantidade de experiências e conhecimentos acumulados na área de sua atuação. Uma delas, que trafega com desenvoltura entre ambos os segmentos, é a doutora Mônica Medeiros, 51 anos, médica cirurgiã formada pela Universidade de Campinas (Unicamp), em 1983, com especialização na Universidade de Illinois, em Chicago, entre 1988 e 1990, quando se tornou membro da Sociedade Internacional de Cirurgia. A doutora Mônica tem 24 anos de experiência, dos quais 13 como gerente médica de convênios. É servidora pública concursada, selecionada em primeira chamada pelo Ministério da Saúde. Em hospitais de São Paulo, ocupou o cargo de chefe de equipes de cirurgia do trauma e, atualmente, trabalha em prontos socorros municipais na região de Taboão da Serra.

Mais do que medicina convencional

Além da experiência profissional cotidiana, a doutora Mônica passou por situações inusitadas em seu processo de formação pessoal, que a fizeram aumentar substancialmente a visão de seu ofício. Tais experiências fazem parte de um grupo de ocorrências que sempre geraram polêmica nos meios acadêmicos. São as chamadas curas inesperadas, improváveis e até milagrosas, casos que ainda não possuem explicação dentro da medicina praticada nos hospitais, sendo originários ou provocados por causas desconhecidas. Ultimamente, tais episódios têm sido estudados e encarados como fatos, não sendo mais sistematicamente ignorados ou atribuídos a fatores de ordem psíquica. São práticas relativamente novas no Ocidente, sendo mais voltadas a técnicas terapêuticas orientais, e em alguns casos abordando fatores da parapsicologia e de origem espiritual.

As novas terapias fazem uso de técnicas como acupuntura, imposição das mãos, como o Reiki e o Johrei, às vezes com auxílio de entidades desencarnadas, passes mediúnicos, conceitos sobre vida após a morte, reencarnação e outras técnicas de percepção, estudo e manipulação bioenergética. A doutora Mônica é praticante de tais métodos, chamados de “medicina integrativa”, assim como um número cada vez maior de profissionais da área. É importante ressaltar que esta inovadora disciplina não faz uso exclusivo dos sistemas citados, considerados não usuais por profissionais da área hospitalar, e, portanto, desaconselhados por muitos. Pelo contrário, a prioridade do tratamento inicial integrativo é feito através da medicina convencional. Não se obtendo os resultados esperados, entra em ação, então, esta segunda parte. Ressalte-se também que a medicina integrativa já é praticada em grandes instituições, como na Universidade do Arizona, e, aqui no Brasil, nos hospitais Albert Einstein e das Clínicas, ambos em São Paulo, todos eles com excelentes resultados.

P:Doutora Mônica, como começaram seus contatos com entidades extrafísicas e como elas foram se desenvolvendo?

R:A mediunidade está presente em quase todos os membros de minha família e tive a felicidade de nascer num lar onde estas manifestações eram compreendidas. Minha lembrança mais antiga está ligada ao meu avô paterno, João, que era o centro do meu universo aos cinco anos. Como qualquer criança da época, à tarde eu dormia. Numa dessas tardes, sonhei com meu avô num caixão. Acordei chorando e, infelizmente, ele veio mesmo a falecer 30 dias depois. Sentia muita falta dele e, para minha alegria, poucas semanas depois de seu desencarne, ele começou a me visitar à noite. Foram poucos encontros, mas diminuíram a tristeza que sua ausência me causava. Na última noite em que ele veio, disse-me que não poderia mais me ver por um tempo, mas que um amigo dele viria para continuar a conversar comigo. Poucas noites depois, acordei de madrugada com minha tia Iracema dormindo na cama ao lado da minha, quando vi um ser todo branco com grandes olhos cinzentos, em posição que hoje entendo ser a de um iogue, como se estivesse voando acima do pé de minha cama.

P:O que a senhora imaginou que fosse aquela figura e que sensações teve ao vê-la?

R:Achei que fosse o Gasparzinho, porque lembrava muito o personagem dos gibis da época. Ele levantou a mão como os índios faziam para saldar nos filmes do Rin-tin-tin, e me disse que era o tal amigo do meu avô. Disse, ainda, que iria continuar minha preparação. Entre muitas coisas, me mostrou as cidades da Terra num futuro próximo, com viadutos e prédios imensos de vidro, incríveis para mim naquele tempo, e os eventos que poderiam ocorrer no planeta a partir de determinada época. Foram muitas noites seguidas de encontro com meu amiguinho Gasparzinho – eu o chamava assim –, que muitas vezes me mostrou uma estrela no céu, dizendo que era sua casa. No último encontro, ele me perguntou se eu queria mesmo ser médica. Conforme minha família, eu dizia isso desde os meus três anos. Ao ouvir de mim que sim, disse-me que eu deveria construir um hospital para os pobres. Falou, então, que precisava ir embora e que eu jamais me esqueceria das coisas que ele me mostrara. Para minha surpresa, pela primeira vez, meu amiguinho atravessou a janela de meu quarto e desapareceu. Nunca mais o vi ou soube dele. Meses depois, logo que um primo nasceu, acordei sendo deitada em minha cama por um ser baixinho, cinzento, de olhos grandes a quem chamei de "Amiguinho".

P: Então a visão de seres passou a ser comum em sua vida desde a infância?

R: Sim, e passei a falar com minha avó e tias sobre aquele e outros amiguinhos que voavam muito alto no céu e, naturalmente, meus parentes me levaram para um tratamento de desobsessão, na Federação Espírita de São Paulo. Mas minha clarividência e premonição foram se acentuando e criando problemas, porque eu estudava num colégio católico. Assim, na União Brasileira do Espiritismo, presidida pelo doutor Estanislau Franco, tive minha mediunidade fechada por muitos anos. Ao iniciar meu curso de medicina na Unicamp, comecei a ver espíritos no hospital. Mesmo assim, optei por minha formação profissional, somente voltando a pensar no exercício da mediunidade depois de retornar da minha especialização, em Chicago.

P: Sua sensitividade teve algo a ver com sua escolha profissional?

R: Francamente, não. Amo a ciência médica e a arte de curar. Não me imagino fazendo nada diferente de estar junto de quem sofre e procurando ajudar. Sempre desejei ser útil, e medicina e mediunidade têm tudo a ver com esta premissa. Mas, para ser honesta, de uns anos para cá penso muito no por que de ter escolhido a cirurgia, se especialidades como nefrologia, endocrinologia e cardiologia têm mais o meu perfil. Recentemente, numa regressão realizada por uma psicanalista paulistana especializada em abduzidos, que procurei porque estava tendo flashes de lembranças perturbadoras com grays [Cinzas], vi-me criança e de mão dada com um ser do tipo chamado Zylock, outro amiguinho meu da infância. Desde então, entendi que fui “programada” para ser cirurgiã. Naturalmente, minha especialidade dá respaldo científico aos trabalhos do Doutor Espanhol, um espírito de luz responsável pela corrente médica da Casa do Consolador, e da Shellyana, originária das Plêiades. Mas, principalmente, dá credibilidade a meu exercício mediúnico, porque sou muito cética. Não acredito em crer por crer. A fé, em minha concepção, tem que ser lúcida e resistir a perguntas.

P: A senhora teve algum problema profissional de compatibilidade entre as duas atividades, uma vez que, quando são praticadas em conjunto, normalmente não são vistas com bons olhos pelo Conselho Regional de Medicina?

R: Não, não há porquê e faço questão de separar as coisas. Jamais imponho a meus pacientes minhas crenças. Nem as menciono, ainda que utilize meus conhecimentos energéticos para ajudar sempre que necessário. Na Casa do Consolador, não prometo curas, não dou consultas, sequer permito que me chamem de “doutora” lá, porque não acredito em formalismo. Sempre escrevemos em nossos impressos que o atendimento espiritual não exclui o médico material. Meus superiores sabem de minhas atividades mediúnicas, já se valeram delas algumas vezes para tratamento. Não desmereço meus colegas e respeito o Código de Ética Médica.

P: Explique melhor como surgiu a Casa do Consolador e com que objetivos?

R: No centro médico onde me desenvolvi não havia ênfase em estudar e pesquisar. Assim, junto a outros companheiros e familiares, resolvemos fundar um grupo de estudo com as seguintes premissas: igualdade entre todos nós, busca incessante da verdade, horizontes amplos que não fossem estreitados por dogmas e prática da caridade espiritual e material, tanto quanto possível. No começo, tínhamos o atendimento da corrente do Doutor Espanhol, a Umbanda, desobsessão e escola de médiuns. Refiro-me à Umbanda original, como foi introduzida pelo médium Zélio de Moraes, em Niterói, no século passado, sem a miscigenação com o Candomblé. Com o tempo e a necessidade de crescermos em conhecimento, veio o Reiki e, com ele, os extraterrestres. Agora, a pedido destes, veio também o xamanismo.

P: Como é possível diferenciar um espírito desencarnado terrestre de um espírito ou ser de outra dimensão, que se diz extraterrestre?

R: A vibração deles é completamente diferente. A princípio, a temperatura do ambiente cai vertiginosamente, mas não se tem a habitual sensação de medo peculiar a entidades trevosas, que podem provocar a mesma reação térmica. Para quem é clarividente, é fácil, porque os aspectos biológicos são diferentes, mesmo nas raças humanóides extraterrestres. Mas mesmo para quem não é, a percepção fluídica indica a origem diferente deles. A energia é mais rápida e intensa, como se nos tocasse mentalmente de uma forma superior. Quando estamos na presença de um espírito de luz, como dizemos, nos sentimos agasalhados, aconchegados. Isso não é percebido na presença de um extraterrestre de hierarquia superior. Talvez porque eles tenham uma presença emocional diferente da qual estamos habituados. Não que não sejam amorosos, mas não possuem a mesma freqüência com que essa energia que chamamos de amor se apresenta neste planeta. Além disso, a voz deles é bem metálica. Pessoalmente, a distinção que faço é energética. Com o tempo e a habituação, a sensação térmica tende a diminuir muito, embora não desapareça, mas a percepção vibratória diferenciada permanece.

P: Como e quando começou sua aproximação da entidade extraterrestre que se apresenta como Shellyana para promover trabalhos de cura?

R: Em setembro de 2003, em uma viagem a Phoenix, Arizona, em uma vila da etnia Hopi, minha irmã Regina e eu nos deparamos com um ser desencarnado de aparência indígena que vestia um traje branco com a Constelação de Órion desenhada no peito. Ele nos saudou com a mão direita e nos disse que iria começar nossa iniciação. Tivemos sonhos esquisitos, mas ficou por isso mesmo. Em novembro daquele mesmo ano, na leitura do evangelho lá em casa, na hora da mensagem do mentor, um ser que se apresentou como Visnhar, dizendo-se originário de uma estrela distante, passou-nos uma mensagem de introdução de seres das estrelas que gostariam de trabalhar conosco. O interessante é que todos o viram e o descreveram da mesma forma.

P: A senhora nunca tinha tido contato com este ser antes?

R: Não, e Visnhar se tornou uma presença freqüente, mas apenas nos evangelhos. De qualquer forma, combinamos de nada falar sobre isso na Casa do Consolador, para evitar problemas. Já em março de 2004, na preparação que os médiuns fazem para o trabalho de Umbanda, quando fui fazer a prece para subirmos para o salão de atendimento, senti um envolvimento muito forte e não consegui impedir – o que não é normal para mim – uma mensagem de alerta de um ser que se identificou como Akenathon, e que terminou dizendo se tratar de um ser das estrelas. Não comentamos o assunto e subimos. Para meu terror, quando eu ia começar a falar aos assistentes sobre o trabalho daquela noite, ele voltou e fez a mesma coisa. Dias depois, tomando banho em casa, com a porta do meu banheiro aberta para poder acudir minha tia Iracema, um encanto de 85 anos, dependente física, escutei minha cadela beagle latir e uivar de forma diferente. Desliguei o chuveiro, me enrolei na toalha e saí correndo para ver o que estava acontecendo. Deparei-me com um ser humanóide feminino.

P: Como era esta nova entidade que lhe apareceu?

R: Tinha uns 2,3 m de altura, pele clara, olhos imensos claros, boca muito pequena, usando um traje cinza. Ela me saudou com a mão direita e eu disse a frase mais inteligente de minha vida: “Abdução de toalha, não!” Ela, sem sorrir, me disse se chamar Shellyana e que era das Plêiades. Vinha me propor, nas palavras dela, “uma forma de cura para meu povo em troca de minha divulgação da presença do povo dela aqui e o porquê disso”. Como eu concordei, ela me disse que tinha que atender a três pré-requisitos. Primeiro, não comer carne de forma alguma, o que foi fácil, já que eu quase não comia. Segundo, não ingerir qualquer bebida à base de cola [Coca-Cola, Pepsi-Cola etc], que era meu vício. E terceiro, falar deles onde fosse chamada, se eles concordassem. Nosso trabalho vem, então, desde essa época. Isso quase destruiu a Casa, porque os médiuns mais velhos e experientes acharam que eu estava obsediada ou maluca. Estes médiuns se afastaram, bem como boa parte dos assistentes. Em dezembro, na Festa da Praia, que realizamos todos os anos, no primeiro sábado, Akenathon havia me dito que eles iriam se mostrar para todos. Estávamos em 189 pessoas em Peruíbe, no litoral de São Paulo, por volta da meia-noite, já encerrando o trabalho, quando vimos muitas naves no céu. Se mostraram em movimento coordenado, com formação de sinais que afastavam qualquer possibilidade de serem balões ou outros artefatos terrestres. Fomos 189 testemunhas por longos e maravilhosos minutos de que eles eram realidade e não uma loucura minha. Eles salvaram a Casa e, hoje, quem lá trabalha convive com eles e quem freqüenta, também.

P: Existem outros seres extraterrestres ativos na Casa do Consolador, além dela?

R: Sim, e vários deles trabalham lá hoje, tanto nas cirurgias que chamamos de transdimensionais, através do doutor Américo Canhoto e de Alfredo Nahas, como no suporte sem acoplamento, como o antariano Yamacay, por exemplo, nos trabalhos de xamanismo.

P: Quando a senhora incorpora ou recebe influências da pleiadiana Shellyana, para prestar atendimento médico-espiritual, está sempre consciente, em transe mediúnico ou em um estado intermediário entre ambos?

R: Minha mediunidade de incorporação é semiconsciente, o que significa que estou ciente de tudo o que acontece durante o transe mediúnico, mas que retenho bem pouco do ocorrido, depois dele. Dá-se o mesmo com a Shellyana, mas com uma diferença importante, nosso acoplamento não apenas permite como ela me incentiva a atuar energeticamente. Assim, tomo parte bem ativa e aprendo novas técnicas energéticas de cura. É mais uma simbiose mental-energética.

Um planeta do aglomerado estelar das Plêiades, na Constelação do Touro, seria a origem de Shellyana, a entidade extraterrestre que auxilia as curas na Casa do Consolador

P: Qual a diferença entre as cirurgias espirituais “convencionais”, digamos assim, e o trabalho da Shellyana?

R: É bem distinto o tipo de procedimento. Nas cirurgias espirituais realizadas pelo Doutor Espanhol existe uma atuação no perispírito do paciente, no órgão perispiritual doente, cujo reflexo no corpo físico caracteriza a doença. As técnicas cirúrgicas são bem parecidas com as utilizadas na terceira dimensão, ainda que sejam utilizados “instrumentos espirituais” que ainda não dispomos aqui. Além disso, existe um limite que é o karma do paciente. Já a cirurgia transdimensional, executada sob o comando de extraterrestres, se dá a nível atômico, ou subatômico, uma vez que eles movimentam a energia parada nos corpos multidimensionais, atuando diretamente sobre os elétrons. Ao energizarem a região lentificada, que é a doença, induzem a uma sensação de cura muito rápida e esta energia extra permanece tanto quanto o paciente se permite. Contudo, em ambos os casos, o paciente é convidado à autocura através do autoconhecimento.

P: Existe alguma interação entre as entidades que atuam na área de cura na Casa do Consolador e aquela que se apresenta como Shellyana?

R: Total interação. O Doutor Espanhol, por exemplo, tem grande integração com a Shellyana e vice-versa. Atualmente, temos percebido a utilização de certos instrumentos dela nas cirurgias dele. Um arcturiano chamado Kelps, que acopla uma abduzida já tratada por Gilda Moura [Consultora da Revista UFO] e a Ângela Cristina De Paschoal, fez um treinamento em medicina dos terrícolas com o Doutor Espanhol, e eles operam juntos até hoje.

P: Qual é o limite de eficiência que pode ser esperado pela cirurgia espiritual, ou outras que só podem ser entendidas do ponto de vista metafísico?

R: Ela cura deformidades congênitas, traumatológicas, câncer etc. Ou não existem limites? O limite está no paciente, ou melhor, em seu karma. Nós fomos treinados para crer na dor como forma de expiação. Usamos a doença em nossas programações existenciais, cada reencarnação, como forma de depurarmos nosso campo energético. Enquanto crermos que a dor é o caminho mais fácil para nossa redenção, seremos escravos dela. O despertar da consciência nos mostra outro caminho para a evolução: o trabalho em prol do bem maior. Assim, temos presenciado, nestes 16 anos, inúmeras curas de doenças auto-imunes, de doenças metabólicas graves em crianças, de casos comprovados de câncer e de problemas corriqueiros, como varizes, problemas de coluna, vitiligo, miopia etc. Também temos visto pessoas que mudam de doença porque não mudam a forma de pensar-sentir-agir. Os limites, bem como as curas, são a soma das partes: paciente-entidades-médiuns.

P: Em patamares energéticos idênticos, existe diferença entre uma cirurgia espiritual realizada por um ser extraterrestre e um ser dito extradimensional?

R: A diferença está no recurso técnico utilizado, que é essencialmente energético, se levarmos em conta que tudo é plasmado. O Doutor Espanhol é um ser de grande evolução e respeitado pelos nossos amigos extraterrestres. Foi o grande responsável pela Casa do Consolador ter se tornado o que é. Conforme a Shellyana, ele poderia viver em planetas de dimensões superiores, como ela, sem qualquer dificuldade. Mas aqui, ele tem as limitações planetárias.

P: Qual é o caso mais surpreendente que a senhora poderia revelar para os leitores, em que ficou evidente um processo de cura durante os trabalhos desenvolvidos na Casa do Consolador?

R: São tantos! Mas posso citar, como um exemplo, o caso do Rogério, hoje trabalhador da Casa, que sofreu uma secção da medula espinhal lombar em decorrência de um acidente automobilístico. Ele chegou à Casa paraplégico e sem esperanças. Hoje, depois de diversas cirurgias com o Doutor Espanhol, anda com o auxílio de uma bengala e atua como médium e professor da escola de médiuns, além de suas atividades profissionais. Outro caso interessante ocorreu quando estava conversando com minha irmã ao telefone, quando ela disse ter sentido um “jato quente” na cabeça. Sua voz ficou pastosa e ela perdeu a coerência. Pedi a ela que chamasse minha sobrinha e corri para lá com outra amiga médica. Levamos cerca de 12 minutos para tal. Encontramos a Regina com desvio da boca, perda de força muscular no lado esquerdo do corpo e perda da cognição. Chamamos a ambulância e o Doutor Espanhol, que a operou. A ambulância demorou bastante para chegar, e quando chegou, minha irmã estava conversando com dificuldade para encontrar palavras, mas já conexa. Havia recuperado a força, a sensibilidade de seu corpo e a boca voltara ao normal.

P: Foi necessário algum exame posterior para que se determinasse a causa do ataque?

R: Foi feita uma ressonância magnética no dia seguinte, que mostrou uma área de infarto, mas incompatível com o quadro clínico dela.

P: Algum outro caso para nos relatar?

R: Sim. Temos três pacientes que estavam na fila do transplante, de rins e fígado, e que, após algumas cirurgias com a Shellyana, já não estão mais, tendo recuperado a função renal ou hepática parcialmente, ainda que sem explicações médicas para tal. Há um garotinho que não tem uma parte importante do cérebro, o corpo caloso, que comunica os dois hemisférios cerebrais. Ele era totalmente hipotônico, sem cognição e um caso sem esperanças para os excelentes profissionais paulistanos que o assistiam. O pior eram as três a cinco convulsões diárias que ele sofria. Após a primeira cirurgia extrafísica, ele parou de convulsionar. Hoje, cerca de um ano depois, ele esta dando os primeiros passos, beija a mãe, joga os brinquedos longe e se põe em pé para buscá-los. Faz manha e birra, mas está se comunicando e os médicos que ainda o assistem não encontram explicações, embora a mãe lhes diga o porquê da melhora. Mas lá na Casa estão centenas de pessoas com suas histórias, que podem ser melhores para relatar as curas que tiveram. Aliás, sempre sugiro que falem com elas, porque é sempre bom ouvir da fonte.

P: Existem outros médicos, além da senhora, participando das atividades desenvolvidas na Casa do Consolador, que são testemunhas de tudo que acontece lá? E nos hospitais em que a senhora trabalha?

R: Sim, na Casa trabalham o doutor Canhoto, já citado, e o doutor Alberto Minami. E muitos outros freqüentam nosso espaço, como pacientes. Meu colega profissional no hospital também é testemunha ocular das curas.

P: Qualquer entidade proveniente do plano espiritual pode executar cirurgias como as que a senhora descreveu? Ou seja, não precisa ser médico lá “do outro lado” também?

R: Ora, em tudo precisamos ter desenvolvimento de conhecimento. Assim, é natural que se deva ter conhecimento de métodos de cura, bem como de anatomia, fisiologia e patologia para atuar nesta área. Mas temos tantas encarnações que me parece natural compreender que não é obrigatório ter sido médico ocidental para tal. Não podemos nos esquecer dos espíritos de luz de eras antes do advento da medicina ocidental, ou até mesmo da oriental. Contudo, creio que o conhecimento é obrigatório para que se possam atingir os objetivos de cura ou mitigação do sofrimento.

P: A senhora fala muito em transmutação e desdobramento. O que são?

R: Literalmente, transmutação é a mudança de um elemento em outro, ou seja, é mudança a nível atômico. Todos os seres vivos que aqui permanecerem, necessariamente, terão a mesma mudança atômica, que se refletirá a nível genético. Já o desdobramento é a projeção para além do corpo físico, do perispírito. Pode ser consciente, ou seja, pela vontade e esforço próprio ou inconsciente, muito mais freqüente e comum. A maioria das abduções se dá nesta segunda condição.

P: No 36º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica, ocorrido em maio, em Curitiba, a senhora atendeu e conseguiu estancar uma hemorragia brutal numa mulher idosa que participava do evento, e que expeliu pela boca mais de meio litro de sangue, em uma cena espantosa. O que a senhora fez, considerando as precárias condições de atendimento na ocasião, para que aquela pessoa, quase morta, se recuperasse de maneira tão rápida e saísse andando do centro de convenções?

R: Primeiramente, não posso aceitar um mérito pessoal que é de muitos. Estávamos em cerca de 15 presentes atendendo aquela cena, cada qual com sua forma de ajudar energeticamente. Mas também havia entre nós vários extraterrestres, além da Shellyana. A soma fez o que foi chamado de “milagre” por alguns. Quando ouvi o pedido de socorro médico, por instinto, corri para o lugar, encontrando aquela senhora em estado gravíssimo de choque hemorrágico. Achei que ela iria morrer rapidamente. Pedi uma ambulância e sangue O negativo e todos a levamos para o sofá no saguão, onde poderíamos tentar salvar sua vida. De minha parte, apliquei Reiki, uma técnica que me foi ensinada pela Shellyana, que consiste em “desdobrar” minhas mãos e penetrar no corpo do paciente. Como vi uma úlcera gástrica com uma veia sangrando, pressionei o local com meu “dedo perispiritual”. Vi então um raio de alta voltagem, na cor anil, projetado pela Shellyana atingir a região do vaso e retirei meu dedo.

P:Todos que assistiram à recuperação tão imediata daquela senhora, em questão de minutos, ficaram mais espantados do que quando a viram expelir todo aquele sangue...

R: Entendo. A senhora estava realmente mal, e mesmo após o tratamento de Reiki ela continuava em choque. O doutor Paulo de Tarso, médico de Manaus que participava do congresso e me ajudou no socorro, a estava monitorando, mas nem aparelho de pressão tínhamos ali. Ele sentiu que o pulso da senhora estava muito fraco. Além do quadro hemorrágico, no transporte atabalhoado que fizemos dela até aquele local, a paciente vomitou mais uma vez e absorveu o próprio sangue, apresentando dificuldade respiratória, que o Paulo e eu percebemos e nos preocupou ainda mais. Ela estava parcialmente sentada, apoiada em meu corpo. A Shellyana me orientou para aplicar Reiki no tórax e no estômago dela. Vi seres com características incas, como são os venusianos, ao lado de outra participante do congresso, Ângela, igualmente atuando a nível perispiritual. De repente, era como se o sangue aspirado para o pulmão houvesse desaparecido, pois o som característico cessara. Ela recuperou rapidamente a consciência e o Paulo chegou a comentar que temia que ela fosse ter um acidente vascular cerebral pelo aumento intenso da pulsação e, conseqüentemente da pressão arterial. Quando a ambulância chegou, nossa amiga estava bem, com pressão arterial de 12 por 6, 92 de pulso, e 97% de saturação de oxigênio. Foi levada consciente e orientada para o hospital. E ainda achou energia para lamentar não ter tirado uma foto com o simpático astronauta brasileiro, que fazia sua palestra naquele instante...

P: O Marcos Pontes teve um susto gigantesco, como todos os presentes, aliás. Mas, após o seu atendimento inicial que estancou a hemorragia, a senhora foi encaminhada ao hospital. No dia seguinte, soubemos que os médicos que a atenderam lá, após uma endoscopia, verificaram uma cauterização no vaso causador do sangramento. Eles ainda declararam que a cirurgia que a paciente sofrera antes de chegar ao hospital foi bem sucedida. O que ocorreu, em termos médicos, entre a hemorragia e o exame no hospital? E há provas desta cura instantânea?

R: Nosso país carece profundamente de um sistema de informações. Desde a noite do acontecimento, tentei, em vão, conseguir informações da paciente e saber, pelo menos, para qual hospital ela havia sido levada. Não consegui descobrir nem na recepção do Hotel Lizon, onde ocorreu o congresso, nem no SAMU e nem na Prefeitura de Curitiba. No domingo, uma pessoa que estava com a paciente no evento relatou a mim e a vários participantes que a senhora estava bem, em casa, depois de ter permanecido em observação no hospital de destino. Comentaram sobre a endoscopia e a presença de uma úlcera cauterizada no estômago dela, que é um procedimento usual para hemorragias deste tipo. Dificilmente aquela pessoa que nos relatou isso, leiga, poderia inventar o resultado de uma endoscopia. A cauterização do vaso foi feita pelo “raio laser” anil da Shellyana, como costumo dizer. Isto é coerente e já vi este procedimento várias vezes. Contudo, o restabelecimento hemodinâmico apresentado por uma senhora idosa, sem recursos de expansores de plasma, nem drogas vasoativas está além de qualquer possibilidade hormonal do corpo humano. A explicação é extrafísica.

P: Soubemos também que, 20 dias depois do ocorrido, aquela senhora veio a falecer em decorrência de uma cirurgia necessária, feita duas semanas após o congresso de Curitiba.

R: Um comentário do projeciologista Wagner Borges, também presente no momento, bem como estava o ufólogo e estigmatizado italiano Giorgio Bongiovanni, foi de que ela parecia ter pouco tempo de vida física, ainda que tivesse sido salva naquela hora no congresso. Também tive esta sensação. Conforme informações colhidas, aquela senhora foi liberada do hospital e, no dia seguinte, voltou a se sentir mal, sendo levada de volta para lá. Na confirmação da úlcera, juntamente com uma hérnia de hiato, foi submetida à cirurgia e permaneceu na UTI por 18 dias, vindo a falecer por septicemia.

P: Há alguma relação de seu falecimento com o ataque sofrido durante o congresso de Curitiba?

R: Gostaria de ponderar o seguinte: o que teria acontecido com este excepcional grupo da Ufologia Brasileira, num momento de máxima exposição, se aquela senhora falecesse no meio de um congresso como aquele, com altas patentes militares no palco, um salão lotado de pessoas e até a presença da imprensa, incluindo uma equipe do programa Tribos? Foi devastador o quadro de uma senhora idosa com o peito e o rosto cobertos por sangue morrendo num evento sobre extraterrestres! Cheguei a pensar, como o brigadeiro José Carlos Pereira me disse também ter pensado, que ela havia recebido um tiro. Assim, a vida dela foi salva de forma incrível, com atuação de gente comum com vontade de ser útil ao bem maior, e de extraterrestres. Tanto aquela senhora merecia receber ajuda quanto os citados “três mosqueteiros” da Ufologia Brasileira – como a Shellyana os chama – não mereciam passar por isto. Creio que a atuação dos extraterrestres foi emblemática. Eles mostraram que podem nos ajudar a encontrar soluções para problemas que julgamos serem insolúveis. Mas, igualmente, que não alterarão nosso destino, pois isso compete apenas a nós.

P: Existe a possibilidade de entendermos o processo de cura através de intervenções extrafísicas, isso falando em termos de uma ciência mais avançada, que chamamos de “a nova ciência”?

R: Depende apenas de nossa vontade. Inteligência nós temos. Precisamos não ter medo de perder o poder do conhecimento supremo que, mesmo sem termos, julgamos ser possuidores. Somos muito mais do que apenas matéria, que é, na verdade, um corpo de prova. Somos energia que se manifesta ainda em corpos densos. A causa é extrafísica, o efeito é físico. Ora, por que, então, limitar a cura ao efeito, ignorando a causa? Creio até que já passou da hora. Afinal, curas extrafísicas ocorrem há milênios neste planeta. Só falta assumirmos que não somos onipotentes como nos julgamos.

P: A senhora é considerada uma das precursoras da Ufologia Holística no Brasil, por seu trabalho de cura. Sem sombra de dúvidas, é a maior divulgadora desta disciplina e da necessidade de se saber e aplicar mais tal conhecimento. Mas alguns ufólogos mais ortodoxos ainda refutam para tal prática. O que tem a dizer sobre isso?

R: Sou? Não fazia idéia disso! Sei que sou apenas uma parte infinitesimal num complexo programa de expansão de horizontes da atual raça humana para sua reintegração cósmica. Minha concepção de Ufologia vai além das evidências físicas, como fotografar naves, ir a lugares de pouso etc. Já temos provas mais do que suficientes da presença de ETs entre nós. Da pintura rupestre e inúmeros artefatos espalhados em museus no mundo inteiro, inexplicáveis para os conhecimentos científicos de seus supostos criadores, às maravilhosas filmagens trazidas por Jaime Maussán, feitas recentemente. Ainda assim, a ciência ortodoxa nega a existência de vida fora deste pequeno planeta. É tão tolo isso. Sempre me fixei no contato com as inteligências que constroem essas naves fantásticas. Como são, como vivem, por que vêm aqui, o que querem? Lógico que não estão aqui para tomar cafézinho conosco! Ainda mais lógico que suas aparições correspondam a um plano de estabelecerem contato. Contato com uma raça hostil, assustada e prepotente, mas que pode pôr em risco o Sistema Solar e, assim, a galáxia.

P: A senhora é daquelas que acredita que a raça humana tenha relevância para as espécies cósmicas que nos visitam?

R: Certamente. Temos, sim, relevância no contexto deles. Talvez, como crianças birrentas, mas, principalmente, como irmãos esquecidos de outros irmãos. Por isso, creio ser fundamental irmos além das evidências tridimensionais, porque a maioria destes visitantes não são assim. É imprescindível fundamentarmos nossos conhecimentos sobre eles, mas não podemos limitar estes conhecimentos ao plano físico. Seria tão pouco útil ao que todos nós almejamos quanto à negação da existência de vida fora daqui. Em planetas evoluídos, ciência e espiritualismo caminham juntos, somando-se. Aqui, isso precisa começar e não há campo mais propício do que a Ufologia.

P: Nos Estados Unidos, o estudo das abduções alienígenas, implantes e curas com participação de ETs está bem avançado. Cientistas de diversas disciplinas investigam casos de raptos com abduzidos. O californiano Roger Leir é um médico especialista em retirada de implantes, tendo publicado aqui o livro Implantes Alienígenas. A estudiosa Virgínia Aronson é outra a tratar do assunto, tendo também publicado no Brasil o livro Curas Médicas por ETs [Educare, Ano 2001]. Ambos têm grande aceitação pela Comunidade Ufológica Mundial. O que a senhora acha que falta para que este estudo mereça mais atenção e menos crítica na Ufologia Brasileira?

R: Falta interesse desta comunidade em saber a fundo a questão e, sobretudo, lucidez. Precisamos embasar este estudo em fatos reais. Não se pode negar o que se desconhece nem se ufanizar o que se pensa existir. Se buscarmos o equilíbrio, vamos dar um salto quântico. O interessante é que, nos Estados Unidos, a aceitação de cirurgias espirituais é muito mais discutida do que as cirurgias extraterrestres. Converso sobre isso com meus amigos de lá. Coisas que somente a cultura explica. Tenho muito receio da ufolatria e fico imaginando desavisados se vestindo de prateado e usando antenas como se os ETs quisessem ser uma religião. Não podemos ter medo de perguntar e muito menos de sermos argüidos sobre este assunto. Poucos países neste planeta têm as mentes inteligentes que aqui vivem. Por que não somar esforços sem preconceituar? Por que não admitir a possibilidade de que estes seres, tão mais avançados tecnologicamente que nós, possam estar com vontade de nos ajudar em nível de cura? Ora, o conceito de grade energética planetária a se conectar a cada grade energética de cada ser vivente aqui já nos facilita compreender o porquê deles estarem tão interessados em nos convencer da necessidade de autocura, como meio único de cura planetária. Se eles podem pensar assim, por que não aceitamos isso e não nos desarmamos? Por que não nos somamos? Não há o que temer se a meta é aprender. Mas precisamos abandonar os egos.

P: Com base nos seus contatos com extraterrestres, a senhora estima que poderemos um dia estabelecer contato aberto e definitivo com as civilizações mais avançadas que nos visitam?

R: Sim, mas sei que o contato não será, a princípio, em larga escala. Isso causaria pânico, suicídios, vandalismo etc. O contato já se dá e se dará com grupos preparados para tal, e com o objetivo de troca de informações e cooperação, cuja finalidade é o planeta Terra e, na seqüência, o Sistema Solar. Mas como é preciso que a ação se dê em nível global, o “Projeto Terra” – como alguns deles chamam – tem um cronograma em curso que prevê os avistamentos, as comunicações através dos círculos ingleses, cujo código ainda precisamos decifrar, e os contatos. Estes, inicialmente, se darão em nível extrafísico e, em futuro próximo, fisicamente. Precisamos ter em mente que nem todos os nossos visitantes são pacíficos e fraternos. Existem também os meramente científicos, cujo objetivo é a pesquisa, e os bélicos, que estão aqui há muito tempo. Mas a comunicação com a “comunidade cósmica” não tarda. Depende fundamentalmente de termos olhos para ver, ouvidos para ouvir e mente capaz de se projetar além da realidade tridimensional.

Fonte: Revista UFO 145.

 

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