sábado, 29 de junho de 2013

VIVENCIANDO: TAI CHI CHUAN com Bethli Li


Venha passar um fim de semana na Fazenda RETIRO DO CAMPO
praticando Tai Chi Chuan e exercícios terapêuticos chineses em 
perfeita harmonia com a natureza e fortalecendo sua energia 
interna (CHI).

DATAS: 27 e 28 de Julho de 2013
*O encontro se iniciará no sábado e vai até às 14h00 do domingo.

FACILITADORA: Bethli Li
INSCRIÇÕES: Rua Vigário Dantas, 236 - Fundinho - Uberlândia/MG ou pelo email vvilelam@gmail.com

-> NÃO É NECESSÁRIO SER PRATICANTE E NEM TER CONHECIMENTO PRÉVIO - Turmas para alunos e também para iniciantes.

INVESTIMENTO:
                     ATÉ 05/07   ATÉ 12/07   ATÉ 19/07  ATÉ 22/07   DIA 26/07
BELICHES   R$ 220,00    R$ 225,00   R$ 230,00   R$ 240,00   R$ 250,00
CAMA SOL. R$ 235,00    R$ 240,00   R$ 250,00   R$ 260,00   R$ 270,00
CAMA CAS. R$ 280,00    R$ 285,00   R$ 290,00   R$ 300,00   R$ 310,00
* PARA DIVIDIR EM 2 X + 10% EM QUALQUER DATA E MODALIDADE 
** Inclui a hospedagem,todas as refeições e atividades.

LOCA: FAZENDA RETIRO DO CAMPO
* O roteiro do caminho será encaminhado após confirmação.

REALIZAÇÃO: Instituto Seva (www.institutoseva.blogspot.com)

domingo, 23 de junho de 2013

LUAL DA SUPER LUA DE CRISTAL E SOLSTÍCIO DE INVERNO


Hoje a Lua se encontra no Perigeu Lunar, pois esta o mais próximo possível da Terra devido a sua elíptica, esta 14% maior e 30% mais brilhante do que o normal.


Aproveitando sua irradiação e influencia física e energética faremos o ritual pela paz, pelo amor, pela harmonia e prosperidade.

Irradiaremos esta mesma luz em nossas vidas e planeta, manifestando durante os cantos e ritual nossa conexão com o micro e macro cosmos.


Mergulharemos nossas mentes nesta maravilhosa energia, potencializaremos nosso campo bioeletromagnético e energia amorosa, focando no conhecimento maior para toda a humanidade, abrindo os portais para que possamos todos verdadeiramente experiênciar o amor, a paz e prosperidade nesta nova era.
Já adentramos na era de aquário, muito se espera que aconteça nas semanas e anos vindouros.  Sabemos que nossos pensamentos estão se manifestando com muita rapidez em nossa realidade física, portanto devemos ficar super atentos a todos os nossos pensamentos, estes devem estar conectados com a natureza positiva, harmoniosa e criativa, sendo portadores da luz e refletores deste manancial divino. 
Estamos passando por um momento de grande limpeza e transformação na terra, os velhos paradigmas estão se desarmando e perdendo sua força gradativa e velozmente, todos os sistemas serão reciclados e uma grande onda de despertamento atingira todos aqueles que ainda estão adormecidos em referencia ao verdadeiro propósito de alma.

Estejam conscientes que na noite da super Lua, potencializaremos as nossas energias amorosas que fluirão por todo o planeta. Vamos envia-la a todos os confins da terra, a todos os seres de todos os reinos para que todos juntos façamos o movimento ascendente rumo à liberdade e despertamento, que todos sejam libertos das amarras do medo, da insegurança, de todos os meios impostos para que esqueçamos quem realmente somos e para o que realmente viemos.

Nas energias do Solstício de Inverno e as irradiações desta lua Mágica, irão nos impulsionar nesta jornada de crescimento, trazendo a confiança de que somos filhos da fonte criadora e que dela virá todo o manancial energético e intuitivo para fluirmos dentro dos novos padrões vibracionais de amor, paz e harmonia.


Vânia Vilela





sexta-feira, 21 de junho de 2013

SOLSTÍCIO DE INVERNO 20/21 de Junho de 2013.

Mensagem do Arcanjo Metatron
Canalizada por Anna Merkaba



Queridos Filhos da Luz,

Em poucos dias do seu tempo terrestre, haverá um grande evento que ocorrerá no céu, acima de sua Gaia. O alinhamento dos planetas permitirá que o sol aumente as suas energias para que sejam liberadas e enviadas à Terra, do cosmos, da Fonte, de Andrômeda e de tudo o que é, a fim de melhorar ainda mais as suas vidas.

O evento a que estamos nos referindo é o que vocês chamam de SOLSTÍCIO DE INVERNO (aqui no Hemisfério Sul e Solstício de Verão no Hemisfério Norte). E este momento se refere ao AMOR. Sim, de fato, queridos filhos da Luz, tendo concluído um ciclo, vocês agora são capazes de respirar com mais facilidade.

Amor... o amor puro, eterno, incondicional dos raios cósmicos, irão aquecer e acariciar o planeta e cada um de vocês no Planeta Terra, na poderosa luz violeta. O amor em sua forma mais pura preencherá os seus corações e permitirá uma limpeza e liberação muito necessárias para cada um de vocês.

Queridos filhos da Luz, tudo o que foi e que será limpo do seu sistema, permitirá estar aberto totalmente para novos fenômenos que ocorrerão em seu ser. A maior parte de vocês experienciará sensações intensificadas quando se tratar do seu amor romântico, do amor entre pais, amigos, irmãos, etc., mas, principalmente, haverá um foco no tipo romântico do amor como vocês entendem que há em seu mundo terreno.

Aqueles que ainda não encontraram a sua outra metade começarão a sentir uma agitação das emoções dentro deles, um anseio de ir a algum lugar novo, onde eles nunca estiveram antes. Lá, eles começarão a experienciar vários encontros que, eventualmente, irão levá-los à sua alma gêmea, a alma gêmea que eles realmente estavam esperando.

Oh, sim, queridos filhos da luz, vocês estão agora entrando em uma nova fase, a fase do amor. Agora é o momento de estar alegre, brincalhão, animado e experimentar o estado de estar apaixonado, de amar e de ser amado por todos.

O amor é o tema central deste solstício de inverno.

Tenham em mente, queridos filhos, que a maior parte do efeito será de natureza pessoal. No entanto, o mundo será afetado por todos vocês e, assim, é extremamente importante que se lembrem de compartilhar o amor que preenche o seu coração e alma com o resto da humanidade.

Sim, quando vocês experienciarem o amor, qualquer tipo de amor, vocês irão irradiar o amor e ser o amor, suas vibrações então irão elevar aqueles que os rodeiam. Enviem conscientemente amor a eles.

Muitos de vocês estarão encontrando também as suas CHAMAS GÊMEAS.

Sim, este é o momento das reuniões das chamas gêmeas. Vocês completaram um ciclo incrível e trabalharam arduamente para se purificarem, e permitir que as novas energias entrem em seu ser. Aqueles que estiverem realmente preparados encontrarão as suas chamas gêmeas, os seus companheiros de alma, e os seus grupos de alma.

Em uma escala global

Em uma escala global, vocês verão mais e mais pessoas se aproximando para a cura e a transmutação.

Finalmente, os seres humanos começarão a compreender que eles são todos iguais; aqueles que estão lutando pela sua liberdade e aqueles que estão tentando manter a liberdade deles estão realmente todos na mesma equipe e, assim, com as novas energias amorosas que fluirão no planeta com um raio violeta do sol, muitos despertarão para a ideia de que eles não estão para lutar, mas para compreender, serem pacientes uns com os outros e permitirem ao outro, a liberdade que todos eles querem ter.

Muito acontecerá neste dia e semanas após o Solstício.

Tenham em mente que os seus pensamentos estão se manifestando com muita rapidez em sua realidade, neste momento no tempo, e assim pedimos que todos os seus pensamentos permaneçam de natureza positiva, carinhosa e atenciosa somente.

Isto não quer dizer que não haja eventos cataclísmicos, pelo contrário, o amor permitirá que o medo em cada alma retroceda. Isto permitirá que o medo seja impulsionado novamente para o seu lugar. Mas como cada alma lidará com este novo amor em seu coração e sua libertação do medo, irá variar muito.

As energias do Solstício de Inverno irão apoiar a sua liberdade, as energias irão apoiar a sua saída da caixa da ilusão, mas cabe a cada um, ou caminhar em direção à luz com confiança, ou se recolher novamente no medo e se fechar para o amor.

Mensagem para aqueles que estarão em meditação nos dias 20 e 21 de Junho de 2013:

Quando estiverem prontos para começar a sua meditação em grupo do Solstício, pedimos que se reúnam em um círculo de luz e espalhem as suas vibrações em todo o círculo, de mãos dadas.

Visualizem que no meio do círculo há um pilar de luz e todos vocês estão iluminando este pilar de luz com a sua intenção.

Uma vez que o pilar esteja iluminado, vocês devem imaginar que ele está brilhando intensamente, dentro e fora, enquanto enviam a energia para o interior de Gaia e para o cosmos, envolvendo toda a Terra e cada ser consciente que reside no planeta, neste exato momento.

Enviem o seu amor e luz aos locais que mais precisam deles.

Aqueles que estão com raiva, aqueles que ainda estão adormecidos, aqueles que não compreendem, enviem-lhes todo o amor que possam possivelmente sentir e imaginem isto no olho de sua mente.

Aguardem um período maravilhoso, pois a Era de Aquário já começou, uma nova era está ao seu lado.

Muito já foi feito pelos trabalhadores da luz e agora é o momento para que todos vocês se aqueçam nas frequências dos raios cósmicos do sol.


Fonte: http://sacredascensionmerkaba.wordpress.com/
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
Grata Regina!

domingo, 2 de junho de 2013

ARDVI SURA ANAHITA


Ardvi Sura Anahita, Senhora poderosa e imaculada, que purifica o ventre das mulheres e o sêmen
dos homens, que auxilia as mulheres nos seus partos e coloca leite nos seus seios, abençoe as
águas que fluem em todos os lugares para garantirem nossa sobrevivência e prosperidade.

Anahita, cujo nome significava ”A força imaculada da água” era uma antiga deusa persa, adotada no panteão zoroastriano e tornandose a mais popular das sete principais divindades (junto com Mithra e Ahura Mazda). Ela era a deusa regente da água, Lua, noite, das estrelas (principalmente Vênus), do amor, da abundância, f e r t i l idade e s e xua l idade , maternidade e nascimento, Criadora e Guardiã da vida e Senhora da vitória nas guerras. 

Anahita personificava as qualidades físicas e metafóricas da água (úmida, forte, imaculada), especialmente o poder fertilizador que fluía da sua fonte sobrenatural nas estrelas e ela regia todas as águas: dos rios, córregos, cachoeira, lagos, mar, chuva, o orvalho e o líquido amniótico. Devido às suas qualidades maternais, Anahita presidia na concepção e geração das crianças (purificando o sêmen, fortalecendo o útero e abençoando o leite) sendo, portanto, a padroeira das mulheres e crianças, uma das muitas manifestações da Grande Mãe das tradições orientais. 

As pesquisas arqueológicas comprovaram que a Deusa Mãe foi a primeira divindade reverenciada pela humanidade, desde o período paleolítico e continuando nas eras seguintes. Antigas estatuetas da Deusa Mãe foram encontradas em Susa, Irã, datadas do quarto milénio a.C.; o culto original iniciado no platô iraniano foi espalhado pelas migrações das tribos arianas para a Mesopotâmia, Síria e Anatólia. Da figura inicial de uma Deusa Mãe surgiram as suas manifestações como padroeira da fertilidade, procriação, agricultura e abundância, associadas com a Lua, certos planetas e constelações. Pela conexão com a Lua eram enfatizadas as qualidades fertilizadoras, geradoras e maternais, enquanto a associação com Vênus realçava os dons artísticos e amorosos. Os navegantes sumérios levaram consigo o culto da Deusa Mãe para o Mediterrâneo, enquanto a expansão ariana o levou para Índia, Ásia central e Europa. 

O culto de Anahita se originou na Babilônia, sendo uma amalgamação de uma divindade indo-iraniana (o espírito das águas que fluíam do monte sagrado Hara) e das grandes deusas do Oriente próximo. O povo arménio a chamava de “Grande Senhora Anahita, doadora de vida e de gloria para o nosso povo, benfeitora da humanidade”, lhe ofertando galhos verdes, novilhas, carneiros e potros brancos. Suas bênçãos conferiam fertilidade e prosperidade ao país e os reis eram coroados nos seus templos pelas rainhas, para assim receber sua bênção e proteção. Os gregos a associaram com Athena, Ártemis, Héstia e Afrodite Urânia, enquanto no Oriente médio era equiparada com Anat. Da Arménia seu culto alcançou diversas regiões do leste de Ásia, se tornando preponderante na Pérsia no tempo de Zoroastro. Após a conquista da Babilônia pela Pérsia, pode ser observada a influência e a mescla de elementos dos mitos das deusas da Mesopotâmia Ishtar e Nana, seu culto adquirindo novas características guerreiras e marciais. Em alguns mitos Anahita aparece como consorte de Mithra, antes de desaparecer do culto dele no império romano.

Anahita foi cultuada com vários nomes em diversos lugares; as deusas Anaitis, Anat, Atargatis, Asherah, Astarte, Ishtar, Al-Lat, Cybele, Ártemis, Athena e Afrodite têm em comum certas características herdadas de Anahita e alguns atributos, principalmente os ligados à água, fertilidade, amor, nutrição, gestação, nascimento, cura, guerra e magia. Algumas destas deusas são associadas com o planeta Vênus (a estrela vespertina e matutina), outras têm como título “Rainha do céu” ou “Senhora da água”. Devido à semelhança dos nomes, a deusa equiparada mais frequentemente a Anahita foi Anath, uma deusa canaanita e fenícia, irmã virgem do deus Baal - ou sua consorte-, reverenciada como deusa da natureza, regente da terra, guerra, amor e desejo; ela era representada cavalgando um leão e segurando uma flor na mão. Posteriormente seu culto se espalhou até o antigo Egito, onde era descrita como uma donzela armada e cavalgando um corcel veloz ou como deusa guerreira, portando lança, machado e uma coroa com penas de avestruz. A versão grega de Anahita como Anaitis favoreceu seu culto na Ásia menor e no Mediterrâneo enquanto os persas identificaram Ártemis de Éfeso com sua amada Anahita. Reflexos do culto de Anahita se encontram no arquétipo da deusa eslava Mokusha, reverenciada em diversos lugares até o século dezesseis cujo nome significava ”umidade” sendo regente das águas. 

Outras comparações podem ser feitas com a deusa hindu Sarasvati, regente dos rios, da pureza da força vital e da fertilidade, que auxiliava as mulheres nos partos e que era também guerreira destemida; com a deusa romana Juno no seu aspecto de Juno Mater Regina, deusa soberana, guardiã das mulheres e crianças e com a nórdica Freyja, ao mesmo tempo deusa da sexualidade, magia, riqueza e regente da guerra.

Representações de Anahita

Nas suas representações Anahita aparecia ora como uma linda donzela com um diadema de ouro e carregando um jarro com água, ora como Mãe dourada, protetora do seu povo, nutrindo e protegendo-o dos inimigos. Suas estátuas – como pode ser visto em uma do primeiro século a.C. descoberta na Turquia - a representam vestindo um manto dourado e bordado, preso com um cinto de ouro, enfeitado com trinta peles de lontra e com uma flor de romã entre os seios. A sua coroa de ouro tem oito raios e dezenas de estrelas e ela usa brincos, colar e sapatos com enfeites de ouro. Anahita se deslocava em uma carruagem dourada, puxada por quatro cavalos brancos, representando o vento, a chuva, as nuvens e o granizo. Seus animais sagrados eram a pomba, a ovelha, a lontra (cuja pele reflete matizes douradas e prateadas) e o pavão. Com o passar do tempo, Anahita foi adquirindo cada vez mais características da deusa Ishtar, recebendo o título mesopotâmico de “Senhora”, sendo identificada com o planeta Vênus e a sua carruagem puxada por leões. 

Diferente de outras deusas leoninas, os leões de Anahita são mansos e bebem água de uma vasilha colocada sob as rodas da carruagem, realçando assim a conexão da deusa com a água. Com a chegada do islamismo no século sete, o zoroastrismo perdeu sua posição de religião dominante no Irã, seus adeptos foram convertidos e os templos de Anahita transformados aos poucos em mesquitas. Porém mesmo na era pós-zoroastriana, o imperador Artazerzes II (que regeu entre 404-358 a.C.) dedicou inúmeros templos e estátuas para Anahita, que continuou sendo reverenciada em diversas cidades como uma poderosa e amada
deusa, antes que o seu culto fosse diminuindo e substituído aos poucos pelo dos deuses Mithra e Ahura Mazda. Nas escavações dos templos de Anahita na Pérsia (agora em ruinas) nas paredes foram achados adornos em prata e ouro, além de inúmeras jóias de ouro incrustadas com pedras preciosas, que tinham sido ofertadas à deusa e que escaparam das profanações e saques dos exércitos do Alexandre, “o Grande”. Em
Lorestan foram achados objetos datados do primeiro milênio a.C. como diversas argolas de bronze e cobre,
tendo nas extremidades placas de prata gravadas com a figura e o nome da deusa. O achado mais importante foi de uma estatueta feminina de argila de 19 cm, adornada com pulseiras, brincos e colar de esmeraldas, enquanto em várias moedas a cabeça da deusa aparecia envolta em um halo de luz. Em Bishapur, no lugar do templo e palácio construídos por Artaxerxes, existia um canal que trazia água do rio Shapur e o distribuía ao redor do complexo de escadas e paredes, passando sob o templo e dando assim a
impressão duma ilha nascendo das águas abençoadas da Deusa. Sob as ruinas dos templos de Anahita foram encontradas fontes encrustadas nas rochas e o som sagrado das suas invocações era chak-chak, significando “gotejar” na língua persa. Fontes gregas mencionam a existência de um templo dedicado a Anahita em Ektabana, a antiga capital do império persa, construído de troncos de cedro cobertos com placas e blocos de prata e ouro. O altar deste templo foi destruído pelo imperador Alexandre, revoltado pela morte do seu fiel amigo, que não tinha sido curado pela deusa. Saques posteriores foram feitos pelos exércitos gregos, mas em 210 a.C. quando o rei Antiochus, “o Grande”, chegou no lugar, as colunas do templo ainda eram revestidas com ouro e prata e o chão coberto com pilhas de placas destes metais, arrancadas das paredes, mas abandonadas. 

Por personificar a fertilidade da água, ela era a padroeira da procriação e dos nascimentos e o hieros gamos
”casamento sagrado” fazia parte dos seus rituais. Filhas das famílias nobres eram entregues aos templos para
servirem por algum tempo como hierodulas ou “prostitutas sagradas”; na Babilônia as jovens da nobreza
ofertavam à Deusa sua virgindade. Os ritos sexuais e a prostituição sagrada que aconteciam nos seus templos visavam purificar a concepção e a geração de filhos abençoados por ela. 

Com o passar do tempo, o enfoque dos rituais de Anahita passou a ser o seu aspecto marcial como deusa padroeira da guerra e doadora das vitórias. Os guerreiros e chefes das tribos faziam grandes sacrifícios de animais brancos invocando a sua proteção e ajuda. Após os sacrifícios havia uma ceia comunitária com farto consumo da carne e de uma bebida ritualística – haoma - que induzia um estado alterado de consciência para favorecer a comunhão com os deuses. Nas escavações de um templo em Turcomenistão foram encontrados resíduos de uma bebida fermentada contendo a planta éfedra e vasilhas com restos de ópio. Na
época do Zoroastro nos rituais de proteção e louvação, a bebida haoma era abençoada com encantamentos
especiais, para afastar os maus espíritos e preparar o caminho para o contato com os deuses.

Com a chegada do zoroastrismo (em torno de 600 a.C). a importância ancestral de Anahita foi diminuindo e ela foi relegada à condição de espírito guardião das águas. Mesmo assim, havia um hino dedicado a ela como “a deusa encarregada pelo deus supremo Ahura Mazda (“O Senhor sábio”) para zelar sobre toda a criação”. Nesta condição, ela recusava os pedidos dos guerreiros sanguinários e protegia apenas aqueles que eram íntegros e puros de coração, excluindo os mentirosos, traidores, covardes, corruptos, agressores, malvados, perjúrios, portadores de deficiências físicas ou marcas de nascença (considerados pecadores). Era invocada pelos guerreiros para lhes conferir coragem e pelos sacerdotes e magos para receberem sabedoria e intuição. 

Os mazdeístas (fieis do deus Ahura Mazda) cultuavam os vegetais de cujos lenhos extraíam o fogo, sendo a mais importante haoma, a figueira, tida como a Árvore Sagrada de seus frutos diziam obter o sumo que afugentava a morte. Em seu aspecto religioso, mas assim mesmo simbólico, o mazdeísmo tinha como principal culto o do Fogo. No ritual o sacerdote, no meio de um círculo formado de homens e mulheres, friccionava uma haste vertical, extraída da árvore sagrada, no orifício de uma madeira colocada horizontalmente no solo. Neste orifício, derramava-se manteiga clarificada e, após demorada fricção, da haste vertical surgia o Fogo Sagrado, considerado expressão da Luz e da Vida que retornava ao coração do Sol, o eterno Fogo do Espaço. Durante o ritual, a haste vertical expressava Atar, o poder positivo, masculino e a haste horizontal, Anahita, a passividade feminina ou a Água.

O encontro com ela se converteu em um único fim da existência dos místicos, que viviam à espera do instante da união, uma união sagrada simbolizada pela morte, o momento misterioso e supremo quando se fundiam com a sua amada deusa, sabendo que a aniquilação física conduzia à felicidade eterna. Esta concepção se assemelha ao mito das Valquírias da mitologia nórdica, as deusas guerreiras que decidiam a vitória nos combates, escolhiam os homens destinados a morrer e escoltavam os escolhidos para Valhalla, levando-lhes a bebida inebriante que lhes garantia a imortalidade. 

A reverência à agua era o foco do culto de Anahita, pois dela dependia a fertilidade da terra, que garantia a
sobrevivência de animais e seres humanos; nos seus altares os fieis derramavam água de fonte ou chuva e pediam suas bênçãos.

Anahita também era regente da magia e seus sacerdotes - os Magi - deram origem aos termos magus e magia; eles recitavam textos secretos nas suas reuniões e ofertavam encantamentos sagrados para a deusa na lua nova e em datas especiais.

O Avesta (conjunto de livros sagrados dos antigos persas) descrevia a deusa Anahita como uma deusa extraordinariamente alta e forte, de aspecto impressionante, admiravelmente bela e cheia de joias. Suas sobrancelhas eram assemelhadas a espadas e arcos, seu olhar com lanças e seus cílios parecidos com adagas. Feroz e ameaçadora; terna e sedutora; muito difícil e misteriosa, e extremante provocadora.

Fonte: Mirella Faur
 

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