quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Universo Holográfico

O SEGREDO POR TRÁS DA MATÉRIA


O homem é condicionado, desde seu nascimento, a pensar que o mundo em que vive é uma realidade absolutamente material. Assim ele cresce sob o efeito deste condicionamento e constrói toda a sua vida baseado neste ponto de vista. As descobertas da ciência moderna, entretanto, revelaram a completa diferença entre a realidade significativa e o que é presumido.


Toda a informação que recebemos de nosso mundo exterior nos é transmitida por nossos cinco sentidos. O mundo que conhecemos consiste do que nossos olhos vêem, nossos ouvidos ouvem, nossos narizes cheiram, nossa língua saboreia e nossas mãos sentem. O homem depende, desde o nascimento, destes cinco sentidos. Assim ele conhece o mundo exterior apenas da forma com que é apresentado por estes cinco sentidos.


Actualmente, pesquisas científicas sobre os nossos sentidos revelaram fatos bem diferentes daquilo que denominamos de “mundo externo”. E estes fatos trouxeram à luz um importante segredo sobre a matéria de que é feito o “mundo externo”.


Um pensador contemporâneo (Frederick West) assinala as declarações de alguns cientistas afirmando que “o homem é uma imagem, toda experiência é temporária e ilusória, e este universo é uma sombra”, parecem estar sendo comprovadas pela ciência em nossos dias.


Para melhor captar este segredo por trás da matéria, devemos nos relembrar de como captamos a informação da realidade que nos provê com a mais extensa informação de nosso mundo exterior.

COMO VEMOS?

A visão activa ocorre progressivamente. No momento da visão, partículas luminosas, denominadas fotões, viajam do objecto observado até o olho e passam pelo cristalino onde são refractados e focados na retina, no fundo do olho. Aqui, os raios luminosos são transformados em sinais eléctricos e transmitidos, por neurónios, até o centro da visão na parte posterior do cérebro.

A visão realmente ocorre no centro da visão no fundo do cérebro. Todas as imagens que vemos durante a vida e todos os eventos que experimentamos são na realidade experimentados neste pequeno e escuro lugar.

Vamos reconsiderar alguns conceitos, cuidadosamente. Quando dizemos “nós vemos”, na realidade vemos o efeito dos raios atingindo os olhos, convertidos em sinais eléctricos e formados no cérebro. Quando dizemos “nós vemos”, na realidade observamos os sinais eléctricos em nosso cérebro.

A propósito, há um outro aspecto a considerar. O cérebro está “selado” para a luz e está sempre em completa escuridão. Assim, não é possível ao cérebro constatar a luz, por si mesmo. Podemos explicar este interessante fenómeno com um exemplo. Vamos supor que à nossa frente está uma vela acesa e nós vemos sua luz. Durante o período em que vemos a luz da vela, o interior de nosso crânio e o cérebro estão em completa escuridão. A luz da vela jamais ilumina directamente nosso cérebro e nosso centro de visão. Entretanto, nós vemos um mundo luminoso e colorido dentro de nosso cérebro sem luz.

O mesmo se aplica a todos os nossos outros sentidos, som, tacto, sabor e olfacto, que são percebidos no cérebro como sinais eléctricos. Desta forma, o cérebro, durante nossa vida, jamais se confronta com a fonte original da matéria existente fora de nós, mas apenas com uma cópia eléctrica da mesma, formada dentro de nosso cérebro.

Neste ponto, somos iludidos a pensar que estas cópias são instâncias da realidade material fora de nós.

O MUNDO EXTERIOR EM NOSSO CÉREBRO

Estes fatos físicos nos fazem chegar a uma indiscutível conclusão. Tudo aquilo que vemos, ouvimos, tocamos e sentimos como matéria, o mundo e mesmo o universo, são realmente apenas sinais eléctricos em nosso cérebro.

Por exemplo, vemos um pássaro em nosso mundo exterior. Mas na realidade este pássaro visto não está realmente em nosso mundo exterior, porém em nosso cérebro. As partículas de luz reflectidas pelo pássaro alcançam o nosso olho e, de lá, são convertidos em sinais eléctricos. Estes sinais são transmitidos por neurónios para o centro da visão no cérebro. O pássaro que vemos é, na realidade, o resultado da interpretação de sinais eléctricos em nosso cérebro. Se o nervo conduzindo a informação fosse desconectado, o pássaro desapareceria subitamente. Da mesma forma, os sons do pássaro são também formados em nosso cérebro. Se o nervo conduzindo os sinais eléctricos do ouvido ao cérebro fosse desconectado, não haveria qualquer som.

Colocando de forma simples, o pássaro, a forma do pássaro que vemos e o seu som que ouvimos é apenas a interpretação, efectuada pelo cérebro, de sinais eléctricos.

Outro ponto a ser considerado é a sensação de distância. Por exemplo, a distância entre você e esta tela. É apenas uma sensação de espaço formada em seu cérebro. Também, objectos que parecem estar muito distantes na visão de um indivíduo, são, na realidade, imagens plasmadas em um ponto dentro do cérebro.

Por exemplo, alguém que observe as estrelas, assume que elas estão a milhões de anos luz distantes dele. Na realidade, as estrelas estão dentro dele. É a visão em seu cérebro.

Enquanto você lê este texto, você assume que está em um ambiente, mas, na realidade, o ambiente está em você. Você, vendo seu corpo, o faz pensar que está dentro dele; entretanto você deve observar que seu corpo também é uma imagem formada em seu cérebro.

Até agora falamos de um mundo exterior, de um mundo de percepções formadas em nosso cérebro. Do que nós vemos. Entretanto, como nunca podemos alcançar o mundo externo, como podemos estar certos de que este mundo externo realmente existe? Definitivamente, não podemos. A única realidade com que lidamos é o mundo de sensações nas quais vivemos em nossa mente.

Nós acreditamos na existência de objectos somente porque os vemos e tocamos e eles são reflectidos para nós, por nossas percepções. Entretanto, nossas percepções são somente ideias em nossa mente. Assim, objectos que captamos por percepções não são nada além de ideias e estas ideias existem apenas em nossa mente.

E se tudo isto existe apenas em nossa mente, isto significa que nós somos iludidos por decepções, quando imaginamos um universo e objectos com existência fora de nossas mentes.

Imaginar a matéria como tendo uma existência fora de nossa mente é na realidade uma decepção. As sensações que observamos podem estar vindo de uma fonte artificial. É possível ver isto com um exemplo.

Primeiro vamos supor que podemos retirar o cérebro de nosso corpo e mantê-lo vivo em uma caixa de vidro. Vamos adicionar um computador com toda sorte de informações e finalmente vamos enviar todos os sinais eléctricos (dados) que temos de luz, som, sabor, tacto e olfacto para este computador. Vamos conectar, então, este computador aos sensores de sentidos de nosso cérebro com conectores, e vamos enviar-lhe os dados previamente gravados nesse computador.

Quando nosso cérebro perceber estes sinais ele vai “ver”, “sentir” e “viver” as cenas que lhe apresentamos. Deste computador também podemos enviar sinais eléctricos referentes a imagens e cenas criadas. Por exemplo, podemos mandar sinais referentes ao que percebemos e sentimos enquanto estamos sentados em nossa mesa de trabalho. Neste estágio, o cérebro pensará que é um homem de negócios sentado em seu escritório.

Este mundo imaginário continuará enquanto a estimulação vinda do computador persistir. Nós nunca nos daríamos conta de que somos apenas um cérebro. É de fato muito simples, para nós, sermos enganados acreditando que percepções sem qualquer causa material sejam reais. Isto é precisamente o que ocorre em nossos sonhos.

O MUNDO EM SONHOS

Para você, realidade é tudo aquilo que pode ser tocado com as mãos e visto com os olhos. E nos sonhos também podemos tocar com as mãos e ver com os olhos. Mas, na realidade, você não tem mãos e tampouco olhos e tampouco existe algo que possa ser tocado ou visto. Tomando o que você percebe no sonho pela realidade material, você está preparado para ser enganado.

Por exemplo, uma pessoa profundamente adormecida em sua cama pode ver a si mesma em um mundo totalmente diferente, em seu sonho. Ela pode sonhar que é um piloto que comanda um grande jacto. E, mesmo, pode despender muito esforço para comandar o avião. De fato, esta pessoa não se afastou um único passo de sua cama. Em seus sonhos, ela pode viver em diferentes cenários e se encontrar com amigos, conversar com eles, comer e beber em conjunto. Somente quando a pessoa desperta de seu sonho é que ela se dá conta que tudo foram apenas percepções.

Se somos capazes de viver facilmente em um mundo irreal durante nossos sonhos, o mesmo pode ser também verdadeiro para o mundo no qual vivemos. Quando despertamos de um sonho, não há razão lógica para não pensar que entramos em um sonho mais longo que denominamos de “vida real”. A razão pela qual consideramos nossos sonhos como fantasia e o mundo como real, nada mais é do que o produto de nossos hábitos e preconceitos. Isto sugere que podemos também ser despertados de “uma vida na terra”, que acreditamos estar vivendo neste momento. Exactamente da mesma maneira que somos despertados de um sonho.

QUEM PERCEBE ?

Após todos estes fatos físicos, levanta-se a pergunta primordial. Se todos os eventos físicos que conhecemos são essencialmente percepções, o que é nosso cérebro? Já que nosso cérebro é matéria, como nosso braço, perna ou qualquer outro objecto, ele também deve ser uma percepção, como todos os outros objectos.

Um exemplo vai clarear mais este assunto. Vamos imaginar que estendemos os nervos que atingem nosso cérebro e o colocamos fora de nossa cabeça onde podemos ver com nossos olhos. Neste caso, seriamos capazes de ver nosso cérebro e tocá-lo com os dedos. Neste caso, podemos perceber que o cérebro nada mais é do que uma percepção formada pela sensação da visão e do tacto.

Então qual é a vontade que vê, ouve, sente e percebe todos os outros sentidos, se não é o cérebro? Quem vê, ouve, toca e percebe o sabor e o aroma? Quem é este ser que pensa, raciocina, tem sensações e, mais, diz EU e MIM.

Um dos importantes pensadores de nossa época, Karl Pribram (Holographic Paradigm, p37) também coloca a mesma pergunta: Desde os gregos, os filósofos pensam sobre os “espíritos na máquina”, o pequeno homem dentro do pequeno homem. Onde está o “EU”, a pessoa que usa o cérebro? Quem é que se dá conta da acção do conhecimento? São Francisco de Assis dizia: “Procuramos aquele que vê”.

Na realidade, o ser metafísico que usa o cérebro, que vê e sente, é a alma (espírito). O que denominamos de mundo material é o agregado de percepções vistas e sentidas pela alma. Assim como os corpos que possuímos e o mundo material que vemos em nossos sonhos não possuem uma realidade física, o universo que ocupamos e os corpos que possuímos tampouco têm realidade material.

O ser real e absoluto é a alma. A matéria consiste meramente de percepções vistas pela alma. Sim, mesmo se iniciamos com ferrenha oposição, afirmando que matéria é real, as leis da física, química e biologia, nos levam todas ao fato de que a matéria consiste em uma ilusão e à inevitável actualidade do conceito de uma “matéria metafísica”.

Este é o segredo por trás da matéria.

Este fato é tão definitivo que alarma alguns cientistas materialistas que pensam ser a matéria o absoluto. Um escritor científico diz em seu livro O Universo e Einstein que “em concordância com a afirmação dos filósofos de redução de toda a realidade objectiva a um mundo paralelo de percepções, os cientistas começaram a se consciencializar da alarmante limitação dos sentidos humanos”.

Todos estes fatos nos conduzem a uma importante e significativa pergunta. Se as coisas que aceitamos ser o mundo material são na realidade formadas por percepções, transmitidas à nossa alma, então qual a fonte destas percepções?

Respondendo esta pergunta, devemos considerar o fato de que a matéria não tem apenas uma existência autónoma, porém é uma percepção. Assim, esta percepção deve ter sido causada por algum outro poder. O que significa que tem que ter sido criada. Mais ainda, esta criação tem que ser contínua. Se não fosse uma criação contínua e consistente, então o que nós denominamos “matéria” desapareceria e seria perdida. Isto pode ser parecido a uma televisão, onde uma imagem é mostrada enquanto o sinal da antena é mantido contínuo. Se a transmissão interrompe, a imagem na tela também desaparece.

O SER REAL E ABSOLUTO

Então, quem faz nossa alma ver o planeta Terra, corpos, plantas, nossos corpos, e tudo o mais que vemos? É muito evidente que existe um Criador Superior, que criou todo o universo material. Este é a soma de todas as percepções e continua sua criação sem interrupção. Como este criador mostra uma tal magnífica criação, ele seguramente tem o poder e direitos eternos sobre ela. Todas as percepções que ele cria são criadas por sua vontade e ele domina a tudo que criou, em qualquer instante.

Este criador é Deus (em todas as denominações), o Senhor dos céus e da terra. O único ser absoluto é Deus. Tudo afora Ele, são sombras de seres que Ele criou. Esta realidade é explicada da seguinte maneira pelo grande estudioso islâmico Iman Rabani: “Deus… A substância dos seres que Ele criou é o inexistente.. Ele criou tudo no âmbito dos sentidos e ilusões… A existência do universo é no âmbito dos sentidos e ilusões, e não é material… Na realidade, nada existe fora com excepção do Glorioso Ser, que é Deus”.

Nos quatro cantos deste universo, formado por percepções, está Deus, o único ser real. Assim, o ser mais próximo ao homem é Deus. Aonde quer que estivermos, Deus estará connosco.

Enquanto você lê este texto, o ser mais próximo a você é Deus que cria tudo o que você vê em todos os instantes. Enquanto Deus nos fizer ver imagens e nos prover com sensações relacionadas a este mundo, continuaremos a viver neste mundo. Quando Ele cessa com as imagens e sensações pertencentes a este mundo, mostra-nos o anjo do "despertar" e nos dá percepções de uma dimensão diferente, significando que passamos para outros planos de existência.

Criar todas estas coisas é simples para Deus, que nos mostra a evidência de seu eterno poder e infinita sabedoria.

Vejam o documentário "O Segredo por tras da matéria" - e as partes seguintes disponíveis no You Tube



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